O novo subprefeito da Mooca, o engenheiro Francisco Carlos Ricardo, 50 anos, trabalha na unidade desde 1991, quando o órgão ainda era chamado de Administração Regional. O tempo de casa e o currículo foram decisivos para a escolha. “Passei por vários setores do órgão, sempre quis conhecer os diversos serviços realizados aqui. Nunca almejei me tornar subprefeito, mas, estou preparado”, explica Ricardo, que terá a missão de administrar os distritos da Mooca, Tatuapé, Belém, Água Rasa, Brás e Pari.
O subprefeito é engenheiro elétrico de formação e ingressou na Prefeitura através de concurso público na gestão de Luiza Erundina. Aprovado, virou o supervisor técnico de manutenção da Regional Mooca. Cinco anos depois assumiu a supervisão de limpeza pública. “Neste cargo passei a me interessar pelas questões ambientais. Vi que todo o serviço, na verdade, envolve o meio ambiente. Então resolvi fazer pós-graduação em gestão ambiental”, destaca.
Ganhando destaque dentro do órgão, Ricardo foi nomeado Coordenador de Projetos e Obras em 2004, onde começou a trabalhar diretamente com os subprefeitos e com a comunidade. “Dentro das minhas funções, criei o Parque das Flores e ajudei a fazer o plantio de árvores e mudas em canteiros, avenidas e ruas”.
Sobre o foco da sua administração na Subprefeitura Mooca, além da preocupação com o meio ambiente, Ricardo pretende aproximar o órgão da comunidade. “Não sou político e não tenho partido. E isso pode me ajudar na proximidade com os vereadores da cidade, que representam a população e podem trazer os problemas e as soluções. Também vou deixar a porta aberta para a comunidade. Todos os subprefeitos ainda vão se reunir com o secretário e com o prefeito, mas, é obvio que o objetivo de todos é fazer com que a cidade cresça cada vez mais e não destruir tudo de positivo que já foi feito”, comenta.
Dentre os desafios que o novo subprefeito irá encontrar estão os ambulantes do Brás e da rua Tuiuti, no Tatuapé, e a qualidade do asfalto nas vias da região. “Vamos intensificar a fiscalização nos ambulantes irregulares e no comércio ilegal de produtos, mas, de maneira mais humanizada. Este trabalho é em conjunto com outros órgãos. Devemos procurar novas soluções para este problema”, explica. “A questão do asfalto é um desafio, já que, por exemplo, tenho R$ 34 milhões de verba, e somente para arrumar toda a pavimentação do bairro do Tatuapé seriam necessários R$ 100 milhões. Mas vamos trabalhar para atender os pontos mais problemáticos, com avaliação técnica rigorosa e com a ajuda da população”.
Ricardo, que é morador de Santana, na Zona Norte, afirma que conhece mais a região onde trabalha do que onde vive. “São muitos anos trabalhando diariamente aqui. De final de semana, quando saio para comer com a família no meu bairro, não sei nem onde ficam os restaurantes”, completa.