Alarmados com o anuncio do fechamento do Hospital Local Sapopemba, conhecido como Sapopembinha, no final deste mês, pacientes e funcionários da unidade se mobilizaram na manhã da última terça-feira, dia 11, em frente ao equipamento na rua Iamacaru. Segundo lideranças comunitárias, cerca de 200 pessoas participaram do protesto. “Todos têm receio de que o hospital feche e não reabra mais as portas”, comentou José Amaro da Silva Capoeira.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a unidade que atende 450 pacientes por mês será fechada para receber reforma estrutural que deve se estender até o segundo semestre do próximo ano.
O hospital é gerido pela Organização Social (OS) Fundação Faculdade de Medicina, cujo contrato com a Prefeitura termina neste mês. Os 115 funcionários estão sob aviso prévio e devem parar de trabalhar no próximo dia 20. A Secretaria de Saúde informou que após o término das obras será definido um novo gestor, uma vez que a Fundação Faculdade de Medicina decidiu concentrar suas atividades assistenciais apenasem equipamentos de saúde da Zona Oeste.
Inaugurado em dezembro de 2005 pelo governador Geraldo Alckmin, o hospital foi concebido com a proposta de servir como novo modelo de atendimento hospitalar, pois foi um projeto de custo menor, embora bem equipado e capaz de realizar pequenas cirurgias. O Sapopembinha é um hospital de pequeno porte, com 35 leitos e sem pronto-socorro, que recebe pacientes encaminhados pela central de regulação de vagas. A unidade atende as especialidades cardiologia, ortopedia, dermatologia, alergia e conta com uma clínica de terapia da dor.
Segundo o líder comunitário Capoeira, além de protestar contra o fechamento do hospital, outro motivo da manifestação foi de reivindicar a implantação do serviço de pronto atendimento, a emergência. “Se for reformado e ampliado como a promessa da Secretaria, seria importante incluir este serviço. Em casos de urgência as pessoas precisam se deslocar para muito longe”, declara Capoeira.