Os moradores de dois condomínios de prédios localizados na altura do número 900 da rua Taquari, na Mooca, não aguentam mais os transtornos causados pelo pátio da Subprefeitura Mooca, que fica na rua Jaibarás, atrás dos empreendimentos. Eles contam que o espaço, que abriga muitos carros e caminhões abandonados, não tem atenção da Prefeitura e, por conta disso, água e sujeira ficam acumuladas. A maior preocupação dos moradores é com a proliferação do mosquito transmissor da dengue.
A pedagoga Marina Mesquita Carvalho, 32 anos, que reside no primeiro andar do prédio mais próximo do pátio contraiu dengue há 15 dias. “Tenho total certeza que o mosquito foi proveniente do terreno da Prefeitura. Aqui no condomínio tomamos todas as precauções, que por ironia são exigidas pela própria Prefeitura. Mas ela mesma não faz a parte dela”, comentou Marina que precisou ficar uma semana internada. “Sentia muitas dores nos membros inferiores e a febre, mesmo com forte medicamento, não baixava. Foi preocupante”, completou dizendo que outra moradora também contraiu a doença.
Segundo o síndico do prédio, que não quis divulgar o nome, constantemente são registrados pedidos na Prefeitura para a limpeza do pátio, o que não tem surtido efeito. “Não adianta, só aparecerem esporadicamente. O espaço precisa ser conservado constantemente. A cada chuva novas poças de água surgem, o que é bastante perigoso”, relata o síndico que confirmou outro caso de dengue no condomínio. “Outros moradores já mataram alguns mosquitos que possuem as características do transmissor da doença”, completou.
Além da preocupação com a doença, moradores afirmam que ratos começaram a aparecer nas dependências do condomínio. “Antigamente não tínhamos esse problema, agora esses bichos têm aparecido. Achamos também que é por conta do pátio, que tem sujeira acumulada”, contou o síndico.
Resposta
A Subprefeitura Mooca informou que o pátio é acompanhado constantemente pelos servidores com a finalidade de impedir acúmulo de água de chuva. Foi ressaltado que neste ano ocorreram dois leilões para a retirada dos automóveis e carcaças do local, ocasião em que foram removidos cerca de 100 veículos. O órgão esclareceu também que o espaço recebe constante inspeção por meio da Supervisão de Vigilância em Saúde (SUVIS), sendo a última realizada no dia 17 de agosto deste ano, quando não foi registrada ocorrência. A SUB-MO informou ainda que uma nova vistoria será realizada até a próxima semana.