Na tarde da terça-feira, dia 17, candidata a vice da chapa de Fernando Haddad (PT) para a Prefeitura, Nádia Campeão (PCdoB), esteve no Círculo dos Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente, onde concedeu entrevista exclusiva à Folha e falou sobre a sua experiência política e o apoio ao ex-ministro da Educação.
Formada em engenharia agrônoma, ex-secretária de esportes do governo de Marta Suplicy e presidente estadual do PCdoB, Nádia acredita que tanto ela quanto Haddad possuem currículo suficiente para assumir a cidade. “Estou desde 1978 no partido, o que serve como uma escola para qualquer político. Também trabalhei na administração de São Paulo com a Marta e tenho conhecimento das melhorias que podem ser feitas. E o nome do Haddad foi uma boa indicação do PT para mudar um pouco o quadro político da cidade. Além disso, o Haddad tem muita capacidade. Tanto que em todo trabalho que fez subiu de cargo, tendo, também, destaque no Ministério da Educação. Temos projetos definidos e se ganharmos começaremos o governo já sabendo o que deve ser feito”, ressalta a candidata a vice.
Nádia não fugiu de assuntos polêmicos, como a saída de Luiza Erundina (PSB) e a falta de apoio de Marta Suplicy. “Sobre a coligação com o Paulo Maluf, que resultou na saída da Erundina como vice, acho essa aliança normal. O PP é um parceiro nacional do PT e tem força em São Paulo. Mas a Erundina tem o direito de não querer participar. Assim como a Marta tem o direito de ficar chateada por não ter sido indicada pelo partido como candidata, entendo ela. Só não acho correto não participar da campanha do Haddad, já que é um projeto do partido do qual ela faz parte, ainda mais com o calibre político que ela tem na cidade. Acho que a Marta deveria entrar em algum momento na campanha, participar do projeto, seria um gesto de nobreza dela”.
Para finalizar, a vice de Haddad não criticou a gestão de Gilberto Kassab (PSD) e de José Serra (PSDB), mas deixou claro que ainda há muito que fazer pela cidade. “Não tem como dizer que eles não fizeram nada. Fizeram sim. Mas foi insuficiente. Acho que a Lei Cidade Limpa, por exemplo, foi uma boa medida. Porém, ainda tem muita coisa que teria que ser melhorada e em oito anos eles não conseguiram arrumar. E nós vamos trabalhar para montar um grande governo, visando o que ainda tem que ser feito e melhorado”, completou Nádia Campeão.