Os alunos do Centro Universitário Capital, na rua Ibipetuba, Parque da Mooca, voltam de férias na segunda-feira, dia 8, mas podem continuar sem aulas. O motivo é a possível paralisação dos professores devido ao não recebimento de salários, férias e outros benefícios. Segundo os profissionais de ensino da unidade, os vencimentos não são pagos há três meses e caso um acordo não seja firmado até amanhã, entrarão em greve.
A Folha conversou com um professor que está há 20 anos na instituição. “Assim que o problema começou aconteceram reuniões entre a reitoria e os professores. Todas às vezes foram estipulados prazos para a regularização, mas nenhum foi cumprido. O reitor informou que até o dia 11 de julho pagaria todos os professores, o que não se confirmou, protelando para o dia 14 de julho e depois mais uma vez para o dia 25. A última informação é de que não sabem quando os salários serão pagos. Isso é um desrespeito com os docentes e com os alunos que pagam as mensalidades”, declara.
Para os alunos a situação é vergonhosa. “O início das aulas estava marcado para o dia 1º de agosto, porém a Universidade sem nenhuma justificativa, adiou o retorno para o dia 8. Total falta de consideração com quem paga todos os tributos para estudar. Temos certeza que isso ocorreu por conta do problema com os professores”, declara uma estudante que procurou a reportagem.
“Como uma instituição que em 2011 completa 41 anos de existência e tem uma gama grande de cursos pode chegar nessa situação?”, questiona outra estudante. “Como os professores estão sem receber salários, sendo que o boleto da mensalidade chega ao meu endereço religiosamente todo mês?, completa.
Segundo o diretor do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro), Ricardo Rigo, que está à frente das negociações com a instituição, em assembléia realizada com 20 dos cerca de 70 professores da unidade foi decidido por unanimidade iniciar greve a partir de segunda-feira, dia 8, por tempo indeterminado. “A greve pode realmente ocorrer se até sábado (amanhã) a situação não for normalizada”, afirmou o diretor. “Chegamos nesse ponto após vários comprometimentos não cumpridos pelos responsáveis pela universidade. Nos prometeram a regularização e não fizeram. Há professores que já estão passando por necessidades. Isso não pode acontecer”, declarou.
Segundo o Sinpro, os docentes estão sem receber salários desde abril, férias, o adicional de 1/3, como determina a legislação, além da instituição não estar efetuando os depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
A Unicapital, através do departamento de marketing, encaminhou ao jornal nota informando que são prematuras quaisquer considerações sobre uma eventual greve. No posicionamento foi reiterado ainda que as eventuais questões serão sanadas de forma integral, responsável e com a maior brevidade possível, preservando os interesses de toda a comunidade acadêmica. Embora questionada, a unidade não informou quando os salários atrasados serão realmente pagos.
Não é de se estranhar já que alguns alunos tiveram quase 2 mêses de férias, o ensino deixa a desejar e alguns professores são uns completos incompetentes. Além da palhaçada que foi na hora da rematrícula. A Unicapital não possui bons corrdenadores.