O crematório Doutor Jayme Augusto Lopes, na Vila Alpina, irá passar por obras de melhorias e receberá dois novos fornos. A notícia foi confirmada pelo novo superintendente do Serviço Funerário, Renato Tamura (ex-subprefeito do Aricanduva), no último dia 18, em visita a unidade.
“Este crematório é muito procurado. Vem gente de outros estados e até de outros paises. Era preciso trocar dois dos quatros fornos, que eram os mesmos desde a inauguração da unidade (1974) e estavam inativos. Além do que, os fornos de hoje podem cremar seis corpos por dia, os novos 10. Também realizaremos melhorias no subterrâneo da unidade, onde é feita a cremação, inclusive nas geladeiras onde os corpos são conservados”, comentou Tamura.
O superintendente também falou do valor e do prazo para a finalização das obras. “Cada forno custa 1,3 milhão de dólares e estão sendo construídos por uma empresa americana que venceu a licitação. O prazo para a chegada deles no Brasil é de 90 dias, mas ainda terão que aguardar a liberação da Alfândega no porto de Santos. Então queremos fazer a reforma, com a verba de R$ 450 mil, durante este período”, explicou.
A verba para as melhorias foi obtida através de um oficio ao prefeito Gilberto Kassab encaminhado pela suplente de vereadora Edir Sales (DEM), que acompanhou Tamura na visita ao crematório. “Cada vereador tem direito a R$ 2 milhões por ano em emendas. Como somente os fornos já ultrapassariam este valor, está foi outra forma de conseguir a verba”, completou.
Mausoléu do cemitério será restaurado
Outro ponto que receberá melhorias é o Cemitério São Pedro (Vila Alpina), que terá o mausoléu da Força Expedicionária Brasileira restaurado, através de uma emenda do vereador Domingos Dissei (DEM), no valor de R$ 105 mil.
O local abriga cinzas de pracinhas mortos na Itália durante a Segunda Guerra MundialO projeto de reforma do espaço, que foi inaugurado em 1979, prevê a recuperação da estrutura de concreto, reparos nos túmulos, na cerca, no calçamento interno e externo, restauração da mesa do altar, apoio das placas dos sepultados e colocação de bancos e de uma cruz.
Superintendente fala sobre problemas no cemitério
Questionado pela Folha durante a visita do último dia 18 ao crematório, o superintendente do Serviço Funerário, Renato Tamura, explicou a situação de parte do terreno do cemitério de Vila Alpina, que desabou no início do ano passado e desde então, segue interditado.
“No local estamos tendo um problema no lençol freático, que é muito alto na aérea e acabou originando o desabamento. A princípio isolamos o trecho e realizamos a transferência dos corpos que estavam ali para outro lugar, sem custo nenhum para as famílias. Agora estamos elaborando um grande projeto para a reforma do terreno”, contou Tamura.