Ecoponto São Lucas volta a ser alvo de grave denúncia

Desde o início do ano a Folha vem relatando as reclamações da vizinhança do Ecoponto São Lucas, na rua Florêncio Sanches. O principal alvo das críticas é a constante superlotação da unidade que, não raro, acaba gerando montanhas de entulho e lixo nas calçadas e que já chegaram até mesmo a invadir a pista, atrapalhando o tráfego de veículos.

Existe também denúncias, como já foi publicado pela Folha, de carroceiros que são vistos no local fazendo triagem de material para posterior revenda – o que é proibido e o ecoponto conta inclusive com zelador, pago pela Prefeitura, para impedir ações deste tipo. Outro episódio envolvendo a unidade ocorreu há cerca de dois meses, quando o espaço pegou fogo e foi levantada a suspeita de incêndio criminoso. Agora, a nova denúncia que chegou à redação, dá conta que um caminhão baú descarregou grande quantidade de resíduos de tecidos industriais dentro do equipamento – que não foi criado para receber este tipo de material.  

O flagrante aconteceu na manhã do sábado, dia 9 e o autor da foto ao lado, que por questão de segurança terá o nome mantido em sigilo, conta que quando o motorista do caminhão percebeu que o ato estava sendo devidamente registrado, fugiu do local em alta velocidade. Além da grave denúncia, o cidadão questiona a competência da administração desta unidade: “Fico indignado com essa situação, lembrando que esse ecoponto já foi alvo de outras matérias da Folha. Ninguém segue as regras neste local”. 

A Folha encaminhou a denúncia – junto com as fotos que mostram o grande volume do material no interior do espaço – para a Subprefeitura de Vila Prudente/Sapopemba que, através da assessoria de imprensa, se limitou a responder que: “trata-se de descarte irregular de entulho e lixo que, para ser autuado, precisa ser flagrado”. Foi afirmado ainda que “a limpeza externa e interna do Ecoponto foi providenciada”. Para finalizar, o órgão municipal lembrou que foram trocados os funcionários que tomam conta dos ecopontos e que os mesmos não têm poder de polícia para coibir tais ações, ou mesmo, enfrentar o pessoal que comete o delito. A reportagem rebateu a explicação, alegando que o material estava “dentro” da unidade e não nos arredores e que pela quantidade, o despejo deve ter demorado tempo suficiente para Polícia Militar ou a Guarda Civil Metropolitana ter sido acionada. No entanto, não recebeu resposta deste novo questionamento até o fechamento da matéria ontem.

Vale lembrar que os zeladores destes equipamentos são orientados a acionar a Polícia Militar ou a Guarda Civil em caso de irregularidades. Tal solicitação foi ressaltada inclusive pelo subprefeito de Vila Prudente, Wilson Pedroso, durante a visita que fez ao espaço em março, ocasião em que estava acompanhado pela reportagem da Folha.