Na edição do dia 17 de julho a Folha publicou matéria sobre a falta de investimento da Prefeitura no serviço de recape na região. Desde então leitores começaram a contatar o jornal indicando vias problemáticas repletas de buracos.
Uma destas ruas esquecidas pela Prefeitura era a Corumbaíba, na Água Rasa. Em quase um quilômetro de extensão a via contava com sete buracos. Os três mais perigosos estavam em frente aos números 300, 604 e 672. Na altura do número 672, além de surpreenderem os motoristas, com a passagem dos carros, grandes pedras soltas do asfalto eram espirradas contra os comércios e casas existentes no trecho. “Não posso mais deixar o carro em frente ao meu comércio. Tenho orientado os clientes a não pararem em frente a loja, pois as pedras do buraco estão atingindo os veículos. Está bastante perigoso”, contou uma comerciante instalada no trecho no último dia 21, quando a reportagem esteve no local.
No dia seguinte a Folha cobrou um posicionamento da Subprefeitura Mooca, a qual informou que realizaria uma vistoria no local e, caso constatado os problemas, seriam realizados os reparos imediatamente. Nesta semana a reportagem voltou à rua Corumbaíba e constatou que o serviço de tapa-buraco foi realizado, mas, mesmo assim, alguns pontos foram esquecidos. Um dos buracos restantes fica em frente ao número 349 da via. “Vieram aqui, remendaram de qualquer jeito e foram embora. Essa rua precisa é ser recapeada em toda extensão”, comentou outro comerciante, José Antônio.
Outra via que está com o asfalto ruim é a Manuel Onha, também na Água Rasa. Na altura do número 346 há um grande buraco que está prejudicando os motoristas. “Os condutores só percebem a existência do problema no asfalto quando chegam bem perto e acabam jogando o carro para a pista contrária para desviar, o que pode causar acidentes”, contou a aposentada Lina Aicart.
A Folha entrou em contato com a Subprefeitura Mooca e aguarda um posicionamento sobre a rua Manuel Onha.
Morosidade
Conforme a Folha mostrou, é fácil constatar a falta de investimento em recapeamento. Os números oficiais apontam a enorme diferença entre o governo de Fernando Haddad (PT) e o do seu antecessor, Gilberto Kassab (PSD). Enquanto a gestão passada divulgava periodicamente a listagem, por subprefeituras, de ruas para receber o novo asfalto, Haddad (PT) segue em ritmo bastante lento desde o início do mandato em janeiro de 2013. Até o final do ano passado, a atual administração refez, em média, cerca de 6 km de asfalto por mês na cidade, contra 23 km ao mês nos últimos dois anos (2011 e 2012) do governo de Kassab. Os dados estão no site da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, no campo Acesso à Informação.
Neste primeiro semestre, na área da Subprefeitura de Vila Prudente apenas duas vias receberam novo asfalto: a Doutor Camilo Haddad, no São Lucas, recapeada em abril entre as avenidas Anhaia Mello e Oratório; e a Américo Vespucci, na Vila Prudente, em toda extensão no mês passado. As duas somam apenas 11.200 m² de vias pavimentadas.
Na grande área da Subprefeitura Mooca – que engloba também o Tatuapé, Água Rasa, Belém, Brás e Pari – o investimento foi nulo. Em 2015, nenhum dos bairros recebeu o serviço de recapeamento.
Este problema não é especificamente da atual prefeitura, mas de longa data !!!
Fiz um pedido de recapeamento da Rua Barão de Juparana, há muito tempo, mas …. infelizmente não obtive resposta.
Como as calçadas são estreitas, a única opção para um cadeirante é andar na rua, mas com a atual situação do asfalto, fica também praticamente impossível um cadeirante conseguir fazer isto !!!
Já pedi inclusive apoio a Vereadora Edir Sales.
Será que um dia teremos ruas perfeitas ???
Este mal engloba toda a cidade de São Paulo, aliás todo o Brasil. Mas falando em Vila Prudente, uma das piores ruas é a que leva o nome do bairro e que termina na rua Montojó. É uma vergonha. Andando de carro, parece que estou fazendo trilha hardcore.