Durante a reunião com a Folha na quarta-feira, dia 3, o gerente da Linha 15-Prata do monotrilho, Paulo Sérgio Meca, e o chefe do Departamento de Obra Civil do empreendimento, José Arapoty Prochno, também falaram sobre as atuais intervenções no viário da Vila Prudente. Eles garantiram que a capacidade de tráfego na avenida Anhaia Mello será restabelecida ao final das obras.
“Por contrato, o Metrô é obrigado a entregar o mesmo número de pistas de rolamento existentes na Anhaia Mello antes da chegada do monotrilho”, explica Meca. “Para a construção, desde o início, ocupamos uma faixa de cada lado da via. Isso foi necessário para a segurança da obra, para conseguirmos manobrar os equipamentos sem riscos para os veículos na avenida. Nossa diretriz foi sempre usar o menor espaço viário possível e tudo foi decidido em conjunto com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Quando a obra estiver concluída, os pilares vão ocupar apenas o canteiro central”, completa.
Sobre a interdição do cruzamento da Anhaia Mello com a rua Doutor Roberto Feijó, principal acesso de veículos à estação Vila Prudente do metrô, o chefe do Departamento de Obra Civil informou que o local permanecerá bloqueado após a inauguração do transporte. “Exatamente neste trecho estamos implantando o track switch (sistema de mudança de via) que vai atender a estação Vila Prudente. Isso exigiu a construção de pilares em sequência (enquanto no restante do percurso ficam distantes 30 metros um do outro). Isso vai inviabilizar a passagem de veículos”, explica Arapoty.
Ele também esclareceu porque o trecho, atualmente, tem duas pistas interditadas de cada lado da avenida. “Neste ponto está a galeria do córrego da Mooca, construída em 1974, que exigiu um tipo de fundação diferente de outros locais da Anhaia Mello. Tivemos que colocar estacas laterais e cobrir com uma viga por cima, para depois poder subir os pilares. Tudo para proteger a galeria”, explica Arapoty.
Outras intervenções
Na época da interdição da rua Dr. Roberto Feijó foi aberto pela CET um cruzamento na rua Virgílio, que também foi fechado em novembro e permanece bloqueado até então. Entretanto, os representantes do Metrô afirmam que a obra do monotrilho não interfere na reabertura da alternativa para os motoristas cruzarem a Anhaia Mello. “No trecho com a rua Virgílio não estamos realizando serviços, as pilastras já foram instaladas. A CET interditou o cruzamento por opção própria e não por solicitação do Metrô”, afirma Arapoty. “Acredito que o cruzamento estava gerando mais trânsito na Anhaia Mello, pois fica justamente no trecho onde ela está mais afunilada”, completa.
A liberação da alça de retorno da Anhaia Mello, localizada sob o complexo viário Senador Antônio Emygdio de Barros Filho, que está fechada há mais de dois anos, também depende exclusivamente da CET, de acordo com o gerente da Linha 15. “Os trabalhos do monotrilho no local já foram encerrados. Já informamos isso à CET”, destaca Meca.
A Folha também solicitou à CET entrevista com o responsável pelo departamento de trânsito da Vila Prudente. No entanto, o pedido não foi atendido até o fechamento desta edição. O órgão se limitou a encaminhar nota via e-mail informando que a estimativa para a liberação do viário segue calendário do Metrô. “Os bloqueios são liberados conforme a conclusão das obras”, afirma o texto. A reportagem vai reforçar o pedido de entrevista para a próxima semana.
Ciclovia é exigência na licença ambiental
Os representantes do Metrô também confirmaram a construção de uma ciclovia ao logo de todo o percurso do monotrilho. “É uma exigência da Secretária do Meio Ambiente que consta na licença ambiental do projeto. A CET é que vai desenvolver o projeto, ao Metrô caberá apenas a implantação que será feito junto com o projeto de paisagismo no canteiro central”, comenta Paulo Sérgio Meca.
O gerente da Linha 15 também informou que uma parte da ciclovia seguirá sobre o viaduto do complexo viário Senador Antônio Emygdio de Barros Filho, localizado na alça de acesso entre as avenidas Salim Farah Maluf e Anhaia Mello. “Já tínhamos interditado uma faixa do viaduto por conta das obras do monotrilho, mas, após terminarmos o serviço, a CET informou que o trecho continuará bloqueado, pois, no local passará a ciclovia, já que por baixo do viaduto não teria como os ciclistas circularem”, esclarece Meca.
Espero que as nossa autoridades no forneçam outra alternativa, não podemos ficar somente com a opção da Ibitirama !!!
Também estão faltando faixas de pedestre para atravessar a avenida. É inaceitável ter de andar quase 1 km em péssimas calçadas apenas para cruzar para o outro lado.
Gostaria de saber se o ponto de ônibus em frente ao Habib’s da Anhaia Melo, desativado há bastante tempo, será liberado após conclusão das obras do monotrilho.
É um absurdo a distância entre os pontos nesse trecho! Quem mora na região da Vila Prudente e depende de ônibus para se locomover está sendo muito prejudicado!
Também concordo com o comentário do colega sobre a falta de faróis de pedestres… tanto os pontos de ônibus quanto os faróis de travessia estão muito distantes um do outro!!!
Estão pensando no bem estar de quem mora em outros bairros, construindo o monotrilho… mas estão tirando o conforto de quem mora na Vila Prudente!!!
Até quando haverá esse descaso???