Uma semana depois do incêndio que destruiu 95 moradias na favela localizada nos baixos do viaduto Pacheco e Chaves, na Vila Prudente, a situação da área, assim como a das famílias desabrigadas, segue indefinida. Em meio a rumores de demolição do que restou no local para a criação de uma praça, já que o espaço é público e estava ocupado irregularmente, a Subprefeitura da região não confirma o que de fato será feito no lugar. Por enquanto, a única medida foi a interdição do trecho atingido. A possibilidade dos desabrigados receberem o auxílio-aluguel da Prefeitura, também não foi confirmada oficialmente pela Secretaria Municipal de Habitação.
No dia do incêndio, o subprefeito de Vila Prudente/Sapopemba, Roberto Alves dos Santos, foi até o local e conversou com as famílias afetadas, que passaram a se abrigar por conta própria na quadra de uma escola de samba também nos baixos do viaduto. Santos explicou que a Prefeitura colocava a disposição os albergues da região enquanto a situação não fosse resolvida e que o espaço onde eles estavam não tinha condições de ser utilizado como abrigo. Mas, os desabrigados rejeitaram a oferta e ainda permanecem na quadra.
Enquanto isso, a área incendiada continua interditada, assim como o acesso à estação Ipiranga da CPTM. Na tarde de anteontem funcionários da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras trabalhavam no local para criar uma passagem segura aos usuários de trem, porém só será liberada após vistoria da Defesa Civil. Foi ressaltado que a alternativa será provisória, enquanto a destinação da área não é definida.
A Folha cobrou durante toda a semana, um posicionamento da Subprefeitura de Vila Prudente/Sapopemba sobre o que será feito no local. Na tarde de ontem, a assessoria de imprensa do órgão informou que a área foi interditada por questões de segurança e ressaltou que a demolição, ou qualquer outra ação no local, ainda não está definida, pois depende de acordos com outros órgãos municipais.
Moradia na quadra de escola de samba
Enquanto não recebem um posicionamento oficial da Secretária Municipal de Habitação, boa parte das famílias desabrigadas segue morando de forma improvisada na quadra da escola de samba e contando com doações de alimentos e colchões. “Algumas pessoas foram para casa de parentes, mas a maioria permanece aqui. Tivemos uma reunião na Subprefeitura e ouvimos do subprefeito que vamos receber o auxílio-aluguel de R$ 300 por 30 meses. Mas ainda estamos no aguardo do fim do cadastramento das famílias para receber este beneficio”, comentou Francisco de Alencar Barreto, um dos lideres da comunidade.
Questionada, a Subprefeitura de Vila Prudente informou que houve uma reunião informal com os moradores, mas que qualquer auxílio cabe a Secretária de Habitação e não ao órgão.
A Folha também questionou a Sehab sobre o caso, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno do órgão.
“criação de uma praça”?
Oficialmente o local É uma praça, ou deveria ser.
Enquanto não houve qualquer movimento da prefeitura pra dar moradia às famílias, remover a favela e devolver a praça à sociedade – ela quase fechou o shopping novo que fica a poucos metros. Parece que é assim que querem a cidade: sem shopping e com favela.
Por fim, num dia seco de inverno com temperatura máxima bastante elevada, a favela entrou em combustão sozinha e a prefeitura não sabe o que fazer com os escombros, muito menos com as famílias, menos ainda com os usuários da Estação Ipiranga (que ainda têm de passar no meio da bagunça), e muito menos com os que trabalham no shopping ou o frequentam. Que papelão, em?
essa sub-vp/sub-sap nao esta nem ai com o pessoal atingido pelo incendio na comunidade, tanto e que ja faz duas semanas e ninguem tomou nenhuma providencia, acho que fosse na casa deles ja teriam tomados as devidas providencias, como se trata de gente pobre eles querem que esse povo se exploda, e tem mais eu que uso esse caminho para ir ao trabalho na av pres wilson, tenho que atravessar o viaduto de ponta a ponta, e ninguem nos informa quando vao liberar a area pra gente que precisa pegar o trem, esses politicos da regiao nessa hora somem do pedaço, so aperecem quando esta perto das eleiçoes para pedir voto, vamos dar o troco e nao votar nessa raça de incopetentes, acho que a sub deveria limpar aquela area e arrumar um lugar digno para que as familias ali existente podese ter onde morar, com segurança nao em barracos que moravam, ai vamos tirar os paleto da cadeira e trabalhar um pouco, que isso nao faz mal a ninguem, que volte a praça como era antigamente, e chega de enrolaçao, estamos de olho, tudo isso e uma vergonha.
Ontem 03/09 mais uma favela incendiou-se, parece que os incêndios é para acabar com as comunidades carentes, a prefeitura não abre dialogo com lideranças como o MDF na região de Vila Prudente/Sapopemba, não há politicas públicas na gestão Kassab, vai continuar a mesma coisa favela pegando fogo e Shopping sendo inaugurado sem alvará de funcionamento. São Paulo esta vendida para as grandes imobiliarias e construtoras, é o famoso Jeitinho Brasileiro.
Os senhores querem dizer que aquele logradouro vai voltar a ser uma praça, o que jamais deveria deixar de ter sido, não é mesmo?
Afinal de contas, tanto o invasor quanto aquele que se mata pra pagar um aluguel exorbitante e os impostos escorchantes tem o mesmo na hora do voto. E pra quem precisa, pouco importa de onde ou de quem vem esses votos.
NÃO sei se voçes sabem,mas essa area vai ser o final da linha 15 do monotrilho que fará conexão com a estação ipiranga da cptm!