Além de sofrerem com os constantes furtos das campas, de onde são levados santos de bronze, crucifixos e molduras de fotos; os freqüentadores do cemitério municipal São Pedro, na Vila Alpina, reclamam também da falta de manutenção do espaço. Em vários pontos da unidade funerária o mato está tão alto que dificulta o acesso aos jazigos.
A moradora da Vila Prudente, Miriam Capitani, que semanalmente acompanha a mãe ao cemitério para visitar a campa de sua irmã, afirma que é desrespeitoso ver o matagal tomar conta da unidade. “Já é triste termos que ir até o local, mas se deparar com todo aquele mato, que caracteriza abandono, é ainda mais doloroso”, reclama. “Minha mãe tem 73 anos e precisou passar no meio do mato para chegar onde minha irmã está sepultada. Ela começou a chorar muito ao ver aquela situação”, conta. Miriam lembra ainda que os donos dos jazigos são obrigados a conservar seus espaços, mas a administração do cemitério não faz a sua parte. “Nós temos que fazer a jardinagem nos jazigos, enquanto isso, a Prefeitura não consegue dar conta da conservação das áreas públicas. É uma falta de respeito com os cidadãos”, completa.
A reportagem da Folha esteve no cemitério na terça-feira, dia 4, e constatou a ausência do serviço de corte de mato. Flagrou inclusive locais onde as campas estão escondidas em meio ao matagal.
A reportagem questionou o Serviço Funerário do Município, que não se pronunciou até o fechamento desta matéria.
Realmente, o mato está tão alto que quase não pude achar a campa do meu pai. Gostaria de saber porque na área particular está tudo limpinho e no público abandonado?
Realmente o mato está bem alto, na campa que meu pai está enterrado só não está coberto pelo mato porque pagamos mensalmente para uma pessoa tomar conta. isso é uma vergonha até depois de morto tem que pagar, se minha família não fizer isso a campa fica abandonada.