No final do ano passado a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) implantou o sistema de estacionamento rotativo, conhecido como Zona Azul, no entorno da praça do Centenário, em Vila Prudente. No local, além de prédios residenciais, há uma escola estadual, uma biblioteca pública, uma Unidade Básica de Saúde e um hospital municipal Dia, cujos equipamentos atraem grande número de pessoas, principalmente idosos no caso dos postos de saúde. A ação da Prefeitura causou indignação aos motoristas que necessitam parar nas vagas disponíveis nos arredores.
Para o morador da região, Claudio Henrique, o grande problema é a dificuldade encontrada na atual forma de cobrança da Zona Azul. Desde julho de 2016, ao invés de pagar por bilhetes de papel, os condutores podem estacionar em vagas rotativas comprando créditos por meio de aplicativos. O modelo de papel ainda é valido, mas, segundo os usuários, está difícil de ser encontrado. “Boa parte das pessoas que precisam parar no entorno da praça do Centenário são idosas e se dirigem às unidades de saúde. Quem não sabe mexer em um celular moderno ou não tem internet, não consegue mais validar a permanência dos carros nas vagas. Além disso, os lugares que ainda vendem talões de papel ficam muito longe. Há alguns dias parei meu carro na praça e fui até a lotérica na rua do Orfanato comprar o bilhete de papel e quando voltei já havia sido multado”, contou Henrique.
Questionada, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que a nova administração tem trabalhado para ampliar o acesso dos motoristas à Zona Azul Digital e destacou os locais na região citada que comercializam os bilhetes de papel, que são: rua do Orfanato números 915, 703, 411,229, 199; rua Ibitirama 1946 e 1200; rua Cavour 267.