Ligação da Henry Ford com a Anhaia Mello sem prazo

Enquanto o trânsito da Vila Prudente fica cada vez mais sobrecarregado e congestionado (leia Editorial), a Prefeitura continua sem prazo para tocar o projeto de ligação das avenidas Henry Ford e Anhaia Mello, na alça sob o viaduto Grande São Paulo. A melhoria viária é reivindicada pela Folha há quase 30 anos com o objetivo de desafogar o fluxo de veículos nas ruas Capitão Pacheco e Chaves e Dianópolis.

O final da Henry Ford é interditado por um ramal ferroviário particular que atendia os grandes galpões de fábricas na região. Com o passar dos anos foi perdendo a utilidade e atualmente recebe uma ou duas composições por dia, permanecendo ocioso por várias horas.

Desde 2003 existe parecer favorável da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para a ligação entre as vias. Em pronunciamentos anteriores, a CET informou ainda que a ideia é manter o duplo sentido de direção na Henry Ford, de forma que a ligação possa favorecer também o motorista que trafega pela Anhaia Mello e deseja acessar a avenida.

A ligação das avenidas está inserida na Lei da Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, já aprovada na Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) em janeiro deste ano. No detalhamento da Operação Urbana consta que além da conexão com a avenida Anhaia Mello, está previsto outro ramal ligando a Henry Ford à rua Guamiranga. A forma de transposição prevista da ferrovia não é através de passagem de nível, mas ainda será definida na elaboração do projeto executivo.

Cobrada novamente pela Folha sobre a questão, a Prefeitura, através da SP Urbanismo, informou que a Operação Urbana Bairros do Tamanduateí, aprovada pela Lei número 18.079/2024, está em fase inicial de implantação. Foi explicado ainda que “a empresa municipal tem conduzido os procedimentos necessários para instituir o Grupo de Gestão do plano urbanístico, que será responsável por definir as prioridades de investimentos na região e estruturar o leilão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPACs) para viabilizar as intervenções públicas previstas”. Mas, não foram dadas previsões de quando todos esses trâmites devem acontecer.