A Linha 15-Prata não atende passageiros desde 29 de fevereiro. Tudo começou dois dias antes, por causa do estouro do pneu de um trem e a queda de parte metálica na avenida Sapopemba. Após testes nas demais composições, o Metrô descobriu danos em outros pneus e a alternativa foi fechar o monotrilho até descobrir a causa e a solução do problema. A previsão era que a Linha 15 voltaria a funcionar gradualmente a partir de 23 de março e integralmente a partir de 14 de abril, mas o Governo do Estado resolveu adiar esse retorno. A justificativa foi a queda do número de passageiros em todo o transporte público da capital em razão da quarentena decretada por causa do novo coronavírus.
De acordo com a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o problema com os pneus já foi resolvido, mas não há data para a Linha 15 ser reaberta. O transporte no trecho entre as estações Vila Prudente e São Mateus continua através de ônibus gratuitos do sistema Paese.
Prejuízo milionário
Segundo estimativa do Governo do Estado, nos dias úteis em que ficou sem operar antes da quarentena, o monotrilho acumulou prejuízo diário de R$ 1 milhão. Informou que tomou providências para a penalização do Consórcio e vai entrar na justiça para cobrar o ressarcimento dos prejuízos da paralisação. Também pediu junto os órgãos competentes para tornar inidôneos os responsáveis pelo problema, impedindo-os de celebrar contratos públicos. A Bombardier fabricou os trens e o Consórcio CEML, formado pela própria Bombardier, além da Queiroz Galvão e da OAS, é responsável pela construção da via de monotrilho.