Viaduto Alcântara Machado interditado nos finais de semana

A Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) informou que será necessária a interdição total do viaduto Alcântara Machado nos próximos finais de semana – a exemplo do que já ocorreu no sábado e domingo passados. A medida é necessária para dar continuidade às obras de recuperação estrutural do equipamento atingido por um incêndio na noite de 12 de setembro do ano passado.

As interdições ocorrerão sempre das 22h de sexta-feira até às 5h de segunda-feira, nos seguintes dias: 24 a 27 de janeiro; 31 de janeiro a 3 de fevereiro; e 7 a 10 de fevereiro.

Durante o bloqueio será realizado o macaqueamento da estrutura para substituição dos aparelhos de apoio – dispositivo entre o pilar e o tabuleiro que permite a movimentação do viaduto – de quatro colunas, além de quatro juntas de dilatação.

Após o incêndio, o tráfego de veículos leves e ônibus simples foi liberado em todas as faixas do viaduto no dia 18 de setembro. A circulação de caminhões e ônibus articulados continua proibida.

Trânsito

A engenharia de campo da CET vai acompanhar as interdições e orientar motoristas sobre as mudanças, visando manter as condições de segurança e fluidez do tráfego. O trânsito será canalizado para as pistas laterais da avenida Alcântara Machado, sob o viaduto.

Para evitar a região, os motoristas devem procurar rotas alternativas nos deslocamentos entre as regiões central e leste da cidade, optando pelas seguintes vias: rua da Mooca, avenida Paes de Barros, avenida Rangel Pestana, avenida Celso Garcia, avenida Salim Farah Maluf e Marginal Tietê.

Festival de grafite na obra do Museu do Ipiranga

A partir das 10h deste sábado, dia 25, 35 grafiteiros de destaque da arte urbana dão início à missão de mudar a cara dos 219 metros de tapumes que protegem a fachada do Museu do Ipiranga – em obras de restauração que devem se estender até 2022. O trabalho dos artistas no “Tapume! Festival de Graffiti” poderá ser acompanhado pelo público até às 19h.

Os artistas serão inspirados pelo tema “o visível e o invisível na História”, uma menção ao potencial do que o museu deve apresentar em sua reabertura. Durante a ação, o público será incentivado a tirar fotos e postar em suas redes sociais com a hashtag #festivaltapume. A melhor imagem será premiada com um shape de skate grafitado pelos artistas e uma camiseta.

A programação será embalada com muita música. Entre 10h e 14h, o DJ Julio Torres, que já tocou em festivais como Rock in Rio, Tomorrowland e Skol Beats, estará no comando com um set pensado especialmente para o evento, que vai do Hip Hop oldschool dos anos 1990 até o atual.

O Food Park, que acontecerá o dia todo na lateral do museu,  também terá bandas de rock paulistanas.

O “Tapume! Festival de Graffiti” acontece na avenida Nazaré (entre a rua dos Patriotas e a rua Conde Vicente de Azevedo).

Ações culturais

Durante o “Tapume! Festival de Graffiti”, também estão programadas oficinas gratuitas. Às 11h30, começa a oficina com o grafiteiro Guilherme Matsumoto, que assina seus trabalhos como XguiX. Com 20 vagas disponíveis, ela é voltada para adultos iniciantes que devem se inscrever em http://forms.gle/B7NbvNsgqcuTBMhM7. Às 15h, será realizada uma oficina com o grafiteiro Verde, voltada para crianças e adolescentes de 8 a 14 anos. Para garantir uma das 20 vagas, a inscrição deve ser feita em http://forms.gle/5TthwERngEnCfMJz5.

Também haberá a palestra Arte Urbana no Século XXI, ministrada às 10h, por Baixo Ribeiro, fundador da galeria Choque Cultural e coordenador do programa USP_Urbana. Serão oferecidas 50 vagas mediante inscrição prévia no link http://forms.gle/B5tsoGHxVx7cV37S9.

 

Moradores das casas atingidas por carreta vivem no improviso

Uma semana após o acidente com o caminhão-tanque, moradores dos imóveis atingidos ainda calculam os prejuízos e, aos poucos, tentam se reerguer.

O engenheiro Rafael Zanon Pimenta reside há nove anos, com a esposa e três filhos, na casa que foi mais atingida. Além do muro e do portão, uma moto, muitas ferramentas e outros equipamentos de trabalho foram danificados. “Ainda não tenho ideia do tamanho do prejuízo. Desde o ocorrido, não consegui voltar a trabalhar. Ficamos sem energia e água, mas demos um jeito de improvisar uma ligação no vizinho para nos virarmos por enquanto”, contou Pimenta à reportagem na manhã de quarta-feira, dia 22, quando uma equipe da Eletropaulo trabalhava no local para refazer as instalações de eletricidade nas casas afetadas.

Pimenta contou que a proprietária do caminhão se prontificou a ajudar na recuperação dos imóveis e na segunda-feira, dia 20, homens contratados por ela começaram a colocar uma cerca de madeirites nas residências para evitar invasões e fazer o trabalho de rescaldo. “Não dormi o final de semana inteiro. Como a minha casa estava totalmente exposta começaram a entrar e levar minhas ferramentas. Consegui inibir três homens em situações diferentes, mas com certeza roubaram algumas coisas que ainda não percebi por conta da bagunça”, relatou.

Quem também ainda não conseguiu retomar a rotina é o morador da casa ao lado, Alex Silva. Parte do portão, do muro, do telhado e o poste de energia de sua residência foram danificados com a colisão, além de seu veículo. “Eu e minha esposa estamos na casa da minha sogra desde o dia do acidente. Ainda não temos luz e nem água. Passei a relação dos meus danos à proprietária do caminhão, que ficou de nos ressarcir e ajudar a recuperar as casas. Mas, infelizmente, esse processo é demorado”, comentou Silva.

De acordo com os moradores afetados, a Defesa Civil do município esteve no local no dia do acidente e interditou uma das casas e outras duas de forma parcial até a remoção do caminhão, mas nenhuma equipe retornou ao local para averiguar a situação.

A Folha entrou em contato com a Prefeitura e cobrou um posicionamento da Defesa Civil, que ainda não se pronunciou. (Gerson Rodrigues)

Morador Rafael Pimenta mostra o estrago em sua residência