Escola estadual na Mooca é furtada de novo


A escola estadual Oswaldo Cruz, na Mooca, precisou suspender algumas aulas ontem devido à falta de energia provocada pelo furto de fios. O crime aconteceu na madrugada do sábado, dia 9. É a terceira vez em menos de dois meses que a unidade enfrenta a mesma situação.

Com cerca de 900 alunos dos ensinos Fundamental e Médio, a escola promoveu um “sistema de rodízio” na segunda-feira para tentar atender os estudantes. Algumas aulas foram suspensas e outras ocorreram em período reduzido nas salas que recebem iluminação natural.

No entanto, professores relataram à Folha que, devido à repercussão do caso e mesmo sem a energia restabelecida, a Secretaria de Educação determinou que nenhuma aula fosse suspensa a partir de hoje “Obrigaram os profissionais a trabalharem e os alunos a estudarem no escuro. Há salas que possuem pouca iluminação natural, o que torna inviável darmos aula. Teremos que procurar formas de adaptar essas aulas, o que pode acabar prejudicando o conteúdo”, contou um professor. Conforme a reportagem apurou, dos 400 alunos do período da manhã, apenas 80 foram para a escola hoje.

Para não prejudicar o preparo da merenda que é distribuída aos alunos, funcionários conseguiram improvisar com um imóvel vizinho a transmissão de energia para a cozinha. Nas duas vezes anteriores em que a escola foi alvo do mesmo crime, os alimentos precisaram ser encaminhados para outras unidades para não estragarem.

Questionada pela Folha, a Secretaria de Educação do Estado informou que lamenta ocorrido e o valor para o reparo do serviço será de R$ 15 mil, que será iniciado ainda nesta semana. Foi ressaltado que todo conteúdo perdido pelos alunos será reposto. Sobre a segurança, o órgão afirmou que possui parceria com a ronda escolar e foi criado um Gabinete Integrado de Segurança e Proteção Escolar (Gispec), que conta com servidores da educação e da Polícia Militar para o planejamento das estratégias de segurança.

A reportagem questionou também a Secretaria de Segurança Pública sobre a existência de alguma investigação e em relação ao policiamento ostensivo, principalmente durante madrugada, quando ocorreram os três crimes. O órgão esclareceu que o caso está sendo investigado pelo 18º Distrito Policial – Alto da Mooca, que está realizando diligências para identificar os autores do crime. Foi ressaltado que o policiamento ostensivo e preventivo na região em questão é reorientado com base nos indicadores criminais. A Secretaria acrescentou ainda que, desde o início do ano, mais de 10 toneladas de fios e cabos produtos de roubo e furto foram apreendidas e 67 criminosos presos por esta prática no Estado, além disso, operações acontecem com constância em ferros velhos e demais locais de venda de metais para combater a prática. (Gerson Rodrigues)