Projeto de parque no Jd. Independência avança


Por anos a fábrica da Linhas Corrente foi geradora de empregos e desenvolvimento na região. Com a saída da empresa do Jardim Independência, o terreno de quase de 180 mil m² ficou ocioso. Em 2002, os novos proprietários, o grande Grupo Zaffari, do Sul, manifestou a intenção de implantar um shopping com hipermercado no local. Mas, no fim do mesmo ano, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente suspendeu a autorização de obra para análise ambiental da vasta área que possui até um bosque. Sete anos depois, em 2009, a Prefeitura propôs a desapropriação total, através de um Decreto de Utilidade Pública.

Enquanto a Prefeitura não se decidia, o Governo do Estado acabou desapropriando metade do terreno, uma área de mais de 87 mil m², com a finalidade do Metrô construir o Pátio Oratório da Linha 15-Prata do monotrilho – já em funcionamento.  A parte que restou, cerca de 86 mil m², agora é alvo novamente de estudo para se tornar um parque público, mas com outro tipo de negociação. A empresa proprietária se prontifica a doar o terreno à Prefeitura em troca de potencial construtivo em outro ponto da cidade.

A Folha teve acesso ao processo do terreno em tramitação nas esferas municipais e a MZ Empreendimentos Imobiliários, um braço do Grupo Zaffari, defende que a Prefeitura já demonstrou interesse em preservar a área e também já ocorreram manifestações da comunidade em defesa do espaço. Consta ainda no processo que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) emitiu neste ano o Termo de Reabilitação, definindo que a área está apta para uso como parque público. Também é citado parecer da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente propondo aceitar a doação desde que o proprietário projete e construa o parque.

Conforme a Folha apurou, o projeto seguiu para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e a reportagem está pedindo mais esclarecimentos da pasta. A empresa proprietária afirma que, aprovada a proposta, pretende iniciar as obras em abril e entregar o parque ainda em 2020. No entanto, o próprio grupo sabe que dependerá de apoio popular para conseguir avançar com o projeto na agilidade desejada.