Trens do monotrilho colidem no Sapopemba

Na noite de ontem, dia 29, por volta das 23h, dois trens da Linha 15 – Prata do monotrilho colidiram na estação Jardim Planalto, que ainda não foi inaugurada. Partes metálicas das composições despencaram na altura do número 9.920 da avenida Sapopemba. Quatro equipes do Corpo de Bombeiros foram deslocadas para a ocorrência e de acordo com a Corporação, não houve vítimas. O Metrô informou que abriu sindicância para apurar as causas do acidente.

A Companhia explicou que os dois trens estavam vazios – a Linha 15 opera sem maquinistas – e colidiram durante uma manobra. Um dos vagões seguia para uma área não operacional quando bateu no que estava parado. Além de descobrir os motivos do choque, os técnicos do Metrô precisam resolver ainda a melhor estratégia para conseguir remover com segurança os dois trens da plataforma da estação. O monotrilho fica a 15 metros de altura o que complica ainda mais a operação.

A estação Jardim Planalto estava prevista para ser aberta junto com as estações São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói e Vila União em abril do ano passado. Na ocasião da inauguração das quatro estações, o então secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pellisioni explicou à Folha que a empresa contratada atrasou a obra e foi multada. Na época, a nova previsão divulgada para abertura era junho de 2018.

No fim do ano, por causa de mais atrasos no cronograma de obras, o Metrô rescindiu os contratos com a empresa Azevedo & Travassos e atualmente faz licitação para escolher nova empresa para concluir os trabalhos nas estações Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus.

Mais problema e operação lenta
Mesmo antes da colisão dos trens, a Linha 15 esteve envolvida em outra polêmica durante todo o dia de ontem e os trens circularam com velocidade reduzida em parte da manhã e da noite anterior no trecho entre as estações São Lucas e Vila União. Uma peça se soltou do equipamento de via alimentador de energia e algumas pessoas chegaram a afirmar que teria despencado na avenida Anhaia Mello.

O Metrô confirmou que equipes de manutenção substituíram a peça a 15 metros de altura – atividade que se estendeu durante a madrugada e início da manhã da terça-feira. Os trens precisaram circular em via única até as 9h e os usuários eram obrigados a trocar de composição na estação São Lucas. Porém o Metrô negou a queda de peça na Anhaia Mello alegando que a Linha 15 possui um sistema (telas) que retém objetos, impedindo que atinjam o viário abaixo dos trens. (Kátia Leite)

AACD reinicia atendimentos na Mooca

Após permanecer fechada por quase um ano, a unidade Mooca da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), que fica no complexo da Prefeitura na rua Taquari, reabriu as portas na última quarta-feira, dia 16. A cerimônia de retomada das atividades contou com a presença do secretário municipal da Pessoa com Deficiência, Cid Torquato, do novo subprefeito da Mooca, Guilherme Brito, além de lideranças da instituição.

O fechamento temporário da unidade aconteceu em fevereiro do ano passado devido as constantes falhas no fornecimento de energia, o que atrapalhava o andamento dos atendimentos. No complexo onde está instalada a AACD também estão situados o Clube Escola Mooca, uma unidade básica de saúde, uma biblioteca, duas escolas municipais e a sede da Subprefeitura e todos os equipamentos do complexo são abastecidos pelo mesmo sistema de energia.

Além da manutenção do sistema elétrico, a unidade foi contemplada com outras obras, como reparos gerais, pintura e substituição de luminárias.

Segundo a AACD, 175 pacientes já voltaram a ser atendidos na unidade. Quando foi fechada, cerca de 300 pessoas realizavam acompanhamento no equipamento. Com a retomada dos serviços, a previsão para este ano é que sejam realizados 42 mil atendimentos no centro de reabilitação, que funciona desde 1972 na rua Taquari.

A unidade Mooca oferece reabilitação de pessoas com deficiência física e mobilidade reduzida, atendendo as especialidades de fisioterapia, terapia ocupacional, fisioterapia aquática, fonoaudiologia, pedagogia, psicologia, fisiatra e conta ainda com apoio do serviço social. Atualmente, 49 profissionais trabalham no centro de reabilitação que realiza atendimentos de segunda à sexta-feira, das 7h às 19h.

O imóvel foi construído pela AACD em um terreno concedido pela Prefeitura de São Paulo. Há um convênio entre a Secretaria Municipal de Saúde e as unidades do Ibirapuera e da Mooca para atendimento aos munícipes. O encaminhamento dos pacientes é feito via SMS, onde o paciente precisa ir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para depois ser direcionado à AACD por meio de regulação.

 

Prefeitura desocupa prédio da antiga Padaria Amália


Terminou no fim de dezembro o prazo para as mais de cem famílias que viviam no imóvel da antiga Padaria Amália deixarem o local. A maioria atendeu a determinação e na manhã desta segunda-feira, dia 7, uma ação da Prefeitura, com amparo da Justiça, retirou as poucas pessoas que ainda estavam abrigadas no prédio. A movimentação do oficial de Justiça, das equipes da administração municipal e da Polícia Militar começou às 7h e no início da tarde, o imóvel já estava vazio e com as portas de acesso emparedadas para evitar novas ocupações (foto acima). Como restavam apenas cinco famílias, a ação foi pacífica, os moradores puderam retirar seus pertences e a Prefeitura fez as mudanças para os locais designados por elas.

O imóvel na esquina das avenidas Vila Ema e Salim Farah Maluf é de propriedade particular e foi ocupado em maio de 2016 por sem-tetos. Mas, o espaço já estava abandonado há vários anos e era alvo de reclamações da vizinhança pela precárias condições antes mesmo da invasão. Também acumula alta dívida com a Prefeitura.

Depois do incêndio e desabamento de um edifício invadido no Largo do Paissandu, região central, no ano passado; a Prefeitura criou um Grupo Permanente de trabalho para vistoriar as ocupações da cidade com o objetivo de evitar novas tragédias. Assim, mesmo sendo particular, a Prefeitura moveu ação para o prédio da antiga Padaria Amália com pedido de tutela de urgência. A Justiça acatou a solicitação do governo municipal, concedeu a liminar para desocupação do prédio e o proprietário foi intimado a realizar as obras necessárias para estabelecer a segurança da edificação.

A Secretaria Municipal de Habitação informou que chegou a cadastrar 150 famílias que viviam no prédio da avenida Vila Ema e os responsáveis passaram a receber auxílio aluguel no valor de R$ 400 mensais por um ano. Foi esclarecido ainda que as famílias podem se inscrever nos programas habitacionais e aguardar atendimento definitivo, respeitando a demanda já existente na cidade.

A reportagem conversou com as últimas famílias que permaneceram no prédio e a queixa foi que nem todas tiveram o auxílio aluguel aprovado. Uma das moradoras removidas nesta segunda-feira   alegou que não tinha para onde ir com os cinco filhos e a irmã menor que vive com ela. A Folha pediu esclarecimentos à Secretaria de Habitação de quantas famílias não tiveram o auxílio aprovado e os motivos, mas não obteve retorno.
A Prefeitura informou que cabe ao proprietário impedir que o prédio seja invadido novamente. (Kátia Leite)

Metrô vai contratar nova empresa para concluir o monotrilho

A Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô publicou no fim do ano, no Diário Oficial do Estado, o edital de licitação para contratar os serviços de conclusão das estações Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus, todas da Linha 15-Prata do monotrilho. Os trabalhos na linha estão paralisados desde a rescisão dos contratos com a empresa Azevedo & Travassos por causa de atrasos no cronograma de obras.

Além de concluir as estações, a empresa vencedora ficará responsável pela complementação da implantação da ciclovia e paisagismo sob o traçado do monotrilho na avenida Sapopemba.

A sessão de recebimento das propostas foi agendada para o próximo dia 29. Pelo cronograma, o Metrô espera concluir a contratação da empresa para iniciar a retomada das obras das estações no segundo trimestre. A previsão é encerrar os trabalhos ainda neste ano.

A estação Jardim Planalto estava prevista inicialmente para ser entregue junto com as estações São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói e Vila União em abril do ano passado. Na ocasião da inauguração das quatro estações, o então secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pellisioni explicou à Folha que a empresa contratada teve um atraso e foi multada. Na época, a nova previsão divulgada para abertura da estação Jardim Planalto era junho de 2018.

De acordo com o Metrô, a execução dos serviços estava a cargo da empresa Azevedo & Travassos, em dois contratos, que em setembro passado reduziu drasticamente o efetivo de trabalho nestas empreitadas, impactando no cronograma de entrega das estações. O Metrô rescindiu os contratos com a empresa e aplicou multas que ultrapassam R$ 7 milhões. (Kátia Leite)