Vizinhança e atendidos reclamam de Centro de Acolhimento

No dia 7 de dezembro do ano passado, o prefeito João Doria, acompanhado de secretários e muitos servidores municipais, inaugurou o 11º Centro Temporário de Acolhimento (CTA) de sua gestão. A unidade, instalada em um amplo prédio na rua João Soares, 81, Água Rasa, foi considerado o maior da cidade até então devido ao número de vagas oferecidas  –  440 para pernoite e 50 para dia e noite. Segundo declarações do prefeito na cerimônia de inauguração, o equipamento ofereceria alimentação, espaço para dormir e, principalmente, formação profissional, capacitação e encaminhamento para o mercado de trabalho. No entanto, o cenário propagado ainda não condiz com a realidade, segundo pessoas atendidas. Além disso, problemas externos têm incomodado a vizinhança, que reclama do grande número de concentração de moradores em situação de rua nas redondezas, alvoroços, insegurança, entre outras situações.  

“Os morados vizinhos deste CTA estão amedrontados. Um bairro que sempre foi tranquilo agora é obrigado a ficar sempre em alerta. Não é questão de preconceito, mas sim de respeito. Muitos destes atendidos não podem permanecer na unidade durante o dia e, como não possuem uma ocupação, ficam pela redondeza e importunam a vizinhança. Todos os dias abordam os moradores do entorno e comerciantes como se fossem os donos do pedaço. Alguns são abusados e intimidam”, contou um antigo morador da rua João Soares que não quis divulgar seu nome como receio de represálias.

“Na teoria existem regras para entrada e saída das pessoas no CTA, mas, frequentemente, a movimentação é grande na madrugada. Há alguns dias aconteceu uma confusão e muitos atendidos começaram a gritar na porta da unidade quase 2h da manhã e foi uma grande correria na rua. Parecia um arrastão”, contou o aposentado Alberto Cunha, que reside em uma rua próxima e conseguiu acompanhar toda movimentação da janela de seu apartamento.

Quem também reclama é uma idosa que mora quase em frente ao CTA. “É intimidador sair e entrar em casa. A porta do abrigo e as calçadas vizinhas estão sempre ocupadas por homens. Ficam observando a minha movimentação e fico muito preocupada. Muitas vezes, tarde da noite, tocam a campainha de casa para pedir alguma coisa. Fico apavorada”, relatou.

Os atendidos

A reportagem da Folha conversou com alguns homens atendidos pelo Centro de Acolhimento, os quais apontaram algumas promessas da Prefeitura que ainda não foram cumpridas. De acordo com eles, por enquanto, a unidade funciona com apenas metade da capacidade. “Não sei ao certo o motivo, mas todas as noites há muitas camas vazias”, relatou um dos abrigados que pediu para não ter o nome identificado.

Outra questão apontada é em relação aos cursos profissionalizantes e capacitação anunciada. “Por enquanto as aulas ainda não começaram. Os funcionários disseram que em poucos dias os cursos iniciam. Os 50 homens que podem participar das atividades de convivência por enquanto estão sem ocupação. Eu posso entrar apenas a partir das 16h, mas como ainda não tenho o que fazer durante o dia, permaneço aqui do lado de fora até chegar o meu horário de entrada”, contou outro abrigado. “Até semana passada o CTA estava bem desorganizado. Não havia comida para todos e para dormir estava confuso, mas agora parece que está melhorando”, completou.

A Folha entrou em contato com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e aguarda um posicionamento.

O 21º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento ostensivo na região citada, informou que está atento aos acontecimentos nas imediações do CTA e o policiamento foi intensificado nas ruas João Soares, Serra de Jairé e Álvaro Ramos. Foi ressaltado que, através de levantamento, constatou-se diminuição do número de furtos e roubos na região em relação ao mesmo período do mês passado.

 

 

Calçada ao lado do rio Tamanduateí está intransitável

Andar pelas calçadas ao lado do rio Tamanduateí, na avenida Doutor Francisco Mesquita, Vila Prudente, tornou-se uma tarefa muito difícil e perigosa. Sem receber manutenção há muito tempo, os passeios estão totalmente irregulares, repletos de buracos, ondulações e desníveis. Em alguns trechos os pedestres são obrigados a utilizarem a ciclovia pintada na pista para conseguirem transitar.

Um dos locais mais problemáticos está na altura do número 1575 na pista sentido centro. “As calçadas estão repletas de rachaduras e nenhum órgão responsável demonstra preocupação. Pode parecer que esses passeios não são utilizados, mas isso acontece em razão das pessoas evitarem passar por eles. O risco de queda é eminente”, comenta o morador da rua Rio Salinas, Marcos de Assis.

Quem também está indignado com a situação da calçada é o ambulante Dener da Silva. “Quando as pessoas optam em andar ao lado do rio elas acabam caminhando pela ciclovia, pois está muito perigoso andar no passeio. Mas, como a ciclovia está praticamente apagada, as pessoas correm o risco de serem atropeladas. Já vi motoristas invadirem a faixa de ciclistas”, comentou o ambulante que trabalha em um farol das proximidades quase todos os dias da semana.

Questionado, o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE), responsável pela manutenção do rio Tamanduateí, informou que foi realizada vistoria no local e constatou que as obras de canalização do trecho citado foram concluídas em 1991 e, por isso, a manutenção de calçada e via de tráfego é de responsabilidade da administração municipal.

A Prefeitura Regional Vila Prudente informou que o engenheiro esteve no local e constatou o problema. Foi ressaltado que o órgão entrará em contato com o DAEE e colocar o local na programação para a realização dos reparos.

Asfalto Novo: via da região ainda não foi recapeada

Em outubro do ano passado o prefeito João Doria (PSDB) anunciou a realização da segunda etapa do programa Asfalto Novo. Embora a Prefeitura tenha ressaltado que seria o maior investimento em recapeamento da cidade na última década, a única via da região incluída na lista divulgada foi a Doutor Francisco Mesquita, em Vila Prudente, o que causou revolta nos moradores da região. No entanto, já se passaram três meses do anuncio e o recape da avenida continua o mesmo.

Assim que a segunda fase do programa foi divulgada a previsão anunciada pela Prefeitura era que o recapeamento de todas as vias incluídas seria finalizado até o fim de 2017, o que não aconteceu. A avenida Doutor Francisco Mesquita, em Vila Prudente, a única na região que foi contemplada, ainda não recebeu o novo pavimento e, segundo a Prefeitura Regional Vila Prudente, o serviço deve acontecer apenas em fevereiro. De acordo com a administração municipal, está programado o recapeamento para toda extensão e nos dois sentidos da avenida.

Segundo a Prefeitura, o investimento total nesta segunda etapa do Asfalto Novo será de R$ 350 milhões e mais de três milhões de metros quadrados de vias receberão novo pavimento. Foi ressaltado que foram priorizadas, entre as principais vias da cidade, as que estavam com o asfalto mais deteriorado.

Na área da Prefeitura Mooca nenhuma via foi relacionada. A Vila Prudente e a Mooca já haviam ficado de fora da primeira etapa do programa anunciada em abril do ano passado pelo prefeito, embora muitas ruas e avenidas necessitem de um novo pavimento.

Segundo a Prefeitura, do total de R$ 350 milhões, R$ 210 milhões são provenientes do Fundo de Multas, R$ 100 milhões do Tesouro Municipal e os outros R$ 40 milhões serão investidos pela São Paulo Transportes (SPTrans) no recape de corredores de ônibus. Consta ainda que a Sabesp fará o recapeamento de 400 mil metros quadrados de vias.

Esta é a primeira vez que recursos do Fundo de Multas são usados para esta finalidade no município. Em novembro de 2016, uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) passou a prever a possibilidade de destinação das quantias arrecadadas com as atuações de trânsito para “pavimentação, recapeamento, tapa-buracos e recomposição de pista e acostamentos”.

Parque Vila Ema: promotor questionará processo de doação de área

O promotor do Meio Ambiente e Urbanismo do Ministério Público Estadual (MP), Dr. Geraldo Rangel, recebeu na tarde da última quarta-feira, dia 17, representantes do Movimento em Prol do Parque da Vila Ema. No encontro, o promotor explicou as ações do MP em andamento, recebeu informações sobre os processos e mostrou os novos encaminhamentos para a implantação do parque púbico na área da Avenida Vila Ema esquina Rua Batuns, onde a Tecnisa pretende erguer quatro torres residenciais.

Antiga chácara de imigrantes alemães, a local abriga 477 árvores, algumas reconhecidas como espécies raras, além de nascentes de água. “A incorporada não tem como aprovar seu projeto de construção, pois a área não é edificante”, afirmou o ex-deputado Adriano Diogo. Ele participou da reunião a convite dos membros do movimento. “O terreno tem decreto estadual de proteção da vegetação dos anos 80 e a rua Batuns não tem largura suficiente, conforme a lei, para comportar empreendimento desse porte. Existe um impasse”.

O promotor explicou as medidas que colocou em prática desde que assumiu esse caso. “Solicitei informações à Secretraia do Verde e Meio Ambiente quanto a questão da preservação das árvores, mas até o momento não houve resposta”, disse. “Ainda solicitei junto à Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento cópia do indeferimento do processo do projeto de construção e vou reiterar o pedido”. O projeto teve dois indeferimentos e aguarda decisão em definitivo.

O coordenador do movimento, Fernando Sálvio informou que a imprensa divulgou que a Tecnisa fez uma proposta de permuta para a Prefeitura. “Não temos conhecimento do teor da proposta, se é uma permuta de áreas ou concessão de outorga onerosa, conforme prevê o Plano Diretor Estratégico”, relatou.

Sálvio também informou que em julho a área teve a renovação do Decreto de Utilidade Pública (DUP). “De acordo com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente o terreno por ter curso da água é passível de ser APP (Área de Proteção Permanente), conforme resposta ao ofício da vereadora Juliana Cardoso deste ano”, acrescentou.

Antes de passar a ata para assinatura dos presentes, o promotor explicou que vai pedir cópia do processo de doação do terreno para tomar ciência das negociações. (Colaboração / André Kuchar)

 

 

 

 

Poda drástica de árvore causa revolta na Mooca

Mais uma vez a árvore existente em frente ao número 304 da rua Rui Martins, na Mooca, considerado um dos bairros com menor área verde por habitante na cidade, foi podada de forma drástica e sem autorização da Prefeitura Regional. A ação, ocorrida no último final de semana, revoltou a vizinhança e membros do grupo Muda Mooca, que planta árvores de forma voluntária na região.

“Esta é a segunda vez que esta espécie é podada desta forma. Há cerca de três anos já haviam depenado a mesma árvore e agora mais uma vez cometeram este crime ambiental grave”, relatou o advogado e fundador do grupo Muda Mooca, Danilo Bifone. “Assim que constatei o que havia ocorrido acionei a Guarda Civil Metropolitana (GCM) Ambiental, mas, como não houve flagrante, o autor deste delito não pôde ser detido e punido”, completou Bifone.

A desinformação e ações de interesse próprio são os responsáveis por este tipo de crime ambiental, segundo Bifone. “Grande parte da população não associa a arborização urbana à melhoria da qualidade de vida. Precisamos das árvores para a melhoria do meio ambiente. A população de São Paulo respira um veneno invisível diariamente, mas muitos preocupam-se em reclamar das folhas que caem nas calçadas e enxergam as árvores como um inconveniente”, declarou Bifone, inconformado com o corte. “Ao realizar uma poda é preciso ter em mente que estamos cometendo uma agressão a um organismo vivo, que possui estrutura e funções bem definidas e processos próprios de defesa contra seus inimigos naturais. Assim, a escolha do tipo de poda, a técnica de corte e a época da intervenção são decisões que contribuem para o bom desenvolvimento da árvore ou condená-la a morte lenta. Só quem está autorizado a fazer poda é a Subprefeitura, a Eletropaulo e, em casos de emergência, os bombeiros e a defesa civil”, finalizou.

Quem também ficou indignada com a ação foi a dona de casa Wilma Rezende, que reside na rua Rui Martins há 50 anos. “Esta árvore existe há quase 10 anos e, além de ser linda, proporcionava uma grande sombra nos dias de sol. Espero que ela não morra e consiga crescer novamente. O que fizeram foi um absurdo”, comentou a vizinha.

A Prefeitura Regional Mooca confirmou que a poda foi realizada sem a devida autorização e o caso será encaminhado à Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente para que tome as providências administrativas.

A árvore fica próxima à entrada de uma igreja. A reportagem tentou contato com os responsáveis pela igreja, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.

 

 

Proprietários de veículos poderão parcelar multas de trânsito atrasadas 

A partir desta segunda-feira, dia 15, proprietários de mais de 2 milhões de veículos poderão parcelar multas de trânsito atrasadas na cidade de São Paulo.

O Programa de Parcelamento de Multas de Trânsito (PPM), que foi regulamentado por decreto no último sábado, dia  13, é o primeiro do gênero no País que desvincula a multa da placa do veículo e a transfere para o CPF ou CNPJ do proprietário, permitindo que os veículos sejam licenciados a partir do pagamento da primeira parcela.

O programa possibilitará que sejam parceladas quase 12 milhões de multas vencidas. Tanto pessoas físicas quanto jurídicas poderão solicitar o parcelamento.

Poderão ser negociadas dívidas decorrentes de penalidades cometidas até 31 de outubro de 2016. O período para o ingresso será de 90 dias, e quem aderir à medida terá o licenciamento liberado e poderá fazer a transferência do veículo para terceiros após o pagamento da primeira parcela. Atualmente, o munícipe não pode licenciar o veículo com multa pendente e, sem o licenciamento, fica impedido de circular com o veículo, ou vendê-lo.

O PPM possibilitará a redução de 100% dos juros sobre o débito principal e liberará o licenciamento ou transferência do veículo. Isto porque as multas serão desvinculadas da placa e atreladas ao CPF ou CNPJ, criando condições para que os proprietários possam se recompor financeiramente e quitar seus débitos. Pode participar, inclusive, quem já está com o nome inscrito na dívida ativa do município.

Podem aderir ao PPM tanto pessoas físicas quanto jurídicas. Para solicitar o parcelamento basta acessar o site https://ppm.prefeitura.sp.gov.br a partir de hoje portando CPF (para pessoas físicas) ou CNPJ (para pessoas jurídicas) do proprietário; Renavam do veículo e multas relacionadas a ele. Além disso é preciso criar uma senha web (quem ainda não possui), que dá acesso a serviços da Secretaria da Fazenda na internet. A senha pode ser criada no site http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/fazenda/servicos/senhaweb/. O desbloqueio da senha web é feito por certificado digital ou pessoalmente, em uma das Prefeituras Regionais ou na praça de atendimentos da Secretaria da Fazenda, no Vale do Anhangabaú.

Após a inserção dos dados, o site gerará um protocolo e uma guia de pagamento no valor da primeira parcela. Somente após o pagamento da guia é que o veículo terá o licenciamento liberado para regularização.

O número máximo para quitar a dívida com multas é de 12 parcelas e o valor mínimo de cada uma é de R$ 50 para pessoas físicas, e de R$ 300 para pessoas jurídicas. Se houver mais de um veículo em nome do mesmo proprietário, o parcelamento poderá ser conjunto. Somente o dono do veículo poderá aderir ao programa, e a dívida não poderá ser transferida a terceiros.

O prazo de adesão ao programa é de 90 dias contados a partir deste sábado, 13 de janeiro. Caso a primeira parcela não seja paga em até 45 dias corridos após a emissão da guia, o proprietário terá seu cadastro cancelado do programa, assim como a negociação das dívidas referentes às multas de trânsito. O licenciamento do veículo, neste caso, continuará bloqueado. O cancelamento do cadastro ao PPM também ocorrerá caso o proprietário deixe de pagar três parcelas, consecutivas ou não.

“Heróis do Bem”: grupo leva alegria para crianças em hospitais

São Paulo conta com um grupo de super-heróis que, ao invés de enfrentar vilões, tem a nobre finalidade de levar alegria e magia para crianças com câncer ou portadoras de necessidades especiais. Formado por cerca de 15 voluntários que se transformam em famosos personagens, o grupo Heróis do Bem foi criado em agosto de 2016 pelo representante comercial Rogério Ferroni, 43 anos, que nasceu, cresceu e vive até hoje no Belenzinho.

Ferroni, que é conhecido como o Capitão América brasileiro, começou esta ação solidária em 2015. “Minha esposa perdeu três bebês durante a gestação e na última vez, quando desci do centro cirúrgico, encontrei um menino passando em uma cadeira de rodas tomando soro e lembrei do Capitão América, da história dele, quando ele toma o soro e vira um super soldado. Nesse momento resolvi fazer o melhor Capitão América para as crianças com câncer e portadoras de necessidades especiais internadas em hospitais. Desde então não parei mais”, contou Ferroni.

Em uma de suas visitas ao hospital do Grupo de Apoio à Criança com Câncer (Graacc) encontrou outras pessoas com este mesmo espírito voluntarioso e que também interpretavam personagens. “Comecei a manter contato e tive a ideia de montar o grupo Heróis do Bem. Assim que falei sobre a ideia, todos se animaram e começamos a realizar ações juntos há mais de um ano”, explicou o Capitão América, que possui uma moto e um veículo personalizados que já são conhecidos nas ruas da cidade e principalmente na região.

Atualmente o grupo é formado por cerca de 15 voluntários que visitam alas pediátricas de hospitais, como Graacc, Sírio Libanês, Benficiência Portuguesa, Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (Itaci), a Associação de Apoio à Criança Deficiente (AACD), entre outros. O grupo realiza cerca de oito ações por mês e alcança aproximadamente mil pessoas, entre pacientes e funcionários.

Além do Capitão América, o Heróis do Bem conta com a participação de vários personagens famosos, entre eles, Homem-Aranha, Super-Homem, Batman, Mulher Gato, Mulher Maravilha, Darth Vader, Mario Bros, Harry Potter, Branca de Neve e Cinderela. Todos integrantes do grupo possuem suas profissões e abrem uma brecha na rotina do dia a dia para a ação voluntária.

“A maior recompensa é ver a alegria estampada no rosto destas crianças e seus familiares. Com a magia que levamos, conseguimos mudar o dia de todos. A realidade sofrida se transforma em encantamento”, explica Ferroni sobre a principal motivação para continuar.

Além de ações voluntárias em hospitais, o Heróis do Bem realiza palestras motivacionais para empresas e pode ser contratado para diversos tipos de eventos.  Mais informações sobre o grupo podem ser obtidas na página oficial www.facebook.com/HeroisDoBem/. (Gerson Rodrigues)

Rogério Ferroni, morador do Belenzinho, é o Capitão América oficial no Brasil e iniciou a ação solidária em 2015
Longas filas na região para vacina contra febre amarela
Fila na UBS Vila Prudente no início da tarde da quarta-feira, dia 10

 

Apesar dos distritos da Vila Prudente e do São Lucas não estarem classificados pela Prefeitura como áreas de risco de exposição à febre amarela, a corrida aos postos de vacinação está intensa na região e como poucas unidades de saúde estão recebendo a vacina contra a doença, longas filas se formam nas calçadas.

Sob o forte sol da tarde da quarta-feira, dia 10, a espera para conseguir tomar a dose era de três horas na UBS do Parque São Lucas, na rua Dr. Nogueira de Noronha. No mesmo dia, outra grande fila, sempre com várias crianças e idosos, era avistada do lado de fora da UBS Vila Prudente. Em ambos os postos, as atendentes avisavam que não haveria vacinação na manhã seguinte por falta de mais doses.

Enquanto isso, a reportagem constatou que a  UBS do Jardim Independência estava tranquila porque não está incluída na vacinação contra a febre amarela. “Saí do meu bairro para vir ao São Lucas e me deparo com essa fila enorme. Trouxe meus filhos e sobrinhos para tomar a vacina, mas não tem condições de ficar na calçada quase três horas com quatro crianças”, reclama Inês de Souza que antes passou na UBS do Jardim Independência e foi orientada a ir ao Parque São Lucas.

A Secretaria Municipal de Saúde esclareceu que Vila Prudente e São Lucas contam com unidades de referência para vacinar quem vai viajar para áreas de risco da doença, mas não integram a campanha de vacinação, e reforçou que, para quem não mora ou trabalha em regiões com recomendação de vacinação, a orientação é procurar as unidades apenas em casos de viagem.  A Secretária de Saúde ressaltou ainda que as áreas foram determinadas levando em consideração os corredores ecológicos e o risco de exposição à doença. (Kátia Leite)

Espera de três horas para conseguir tomar a vacina na UBS do Parque São Lucas
Ano novo e velhos problemas no cemitério

O Cemitério São Pedro, em Vila Alpina, continua assombrando quem precisa passar algumas horas no local. É bastante comum os munícipes saírem assustados com os diversos problemas de falta de manutenção e de segurança no equipamento funerário. O pior é que as queixas são sempre as mesmas e a Prefeitura não consegue garantir a paz no cemitério.

O morador da Mooca, Antonio Carlos Affonso, de 78 anos, foi ao velório do tio no sábado, dia 6, e em cerca de três horas que permaneceu no local conseguiu acumular várias reclamações, inclusive a de não encontrar um responsável para expressar as queixas pessoalmente no próprio dia. “Saí com a sensação de que os funcionários se escondem da gente porque sabem que vão ouvir reclamações. Por isso, resolvi ligar para o jornal”, comentou com a reportagem da Folha no início da semana.

Affonso relatou que teve que tapar o nariz para conseguir usar o banheiro masculino. “Fiquei abismado com a imundice e o mau cheiro nos banheiros. As mulheres da nossa família nem arriscaram usar o feminino, apesar do tempo que permaneceram no cemitério”, conta. Na sala do velório, mais descaso com os munícipes. “Na sala H tinha um ventilador cujo barulho parecia de uma hélice de helicóptero. Por causa do calor, era ruim deixar desligado, mas o barulhão era absurdo. Alguns parentes, em pleno velório, tiveram que tentar amenizar o barulho porque também não encontraram alguém da manutenção do cemitério”, comenta.

Ele conta ainda que há cachorros espalhados por todo lado e o único bar do local, não tinha água gelada para vender. Por fim, não bastassem todos os contratempos, Affonso, a esposa de 76 anos e mais alguns parentes foram abordados por dois homens, que aparentavam estar drogados, quando voltavam do enterro para o estacionamento. “Ficaram insistindo que tínhamos que dar dinheiro. Tive que falar bravo com eles para pararem de nos importunar e não vi segurança pelas imediações”, disse indignado. “Já chegamos ao cemitério derrotados pela perda de um familiar e ainda passamos por tudo isso. É muito absurdo”, completa.

A reportagem cobrou uma posição do Serviço Funerário do Município que alegou que “a atual gestão tem intensificado as vistorias e fiscalização dos serviços de zeladoria nos 22 cemitérios municipais”. Informou também que no sábado relatado foram realizados 15 velórios no Cemitério São Pedro, o que aumentou a demanda dos serviços de zeladoria e que as providências necessárias para manutenção dos equipamentos, dentre eles os ventiladores, estão sendo tomadas. A administração do cemitério relatou ainda que os funcionários estavam trabalhando normalmente e não foram procurados por qualquer munícipe, motivo pelo qual “estranharam o relato enviado pela reportagem”.

Em relação à segurança, o Serviço Funerário mencionou que o número de rondas periódicas nos cemitérios, agências, velórios e no crematório foram  intensificados por meio de uma parceria com a Guarda Civil Metropolitana (GCM). Somente  em 2017, foram 17.078 rondas, quase o triplo em todo o ano de 2016, que totalizou 6.926 rondas.

Há quase um ano, em fevereiro do ano passado, a Folha fez ampla matéria relatando as precárias situações dos banheiros e salas de velórios do Cemitério São Pedro. Em setembro, publicou outra extensa matéria sobre uma mulher que foi assaltada e agredida quando voltava do túmulo do irmão. Também houve casos de furtos de veículos no estacionamento da unidade. (Kátia Leite)

Reclamação de Zona Azul na praça do Centenário

No final do ano passado a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) implantou o sistema de estacionamento rotativo, conhecido como Zona Azul, no entorno da praça do Centenário, em Vila Prudente. No local, além de prédios residenciais, há uma escola estadual, uma biblioteca pública, uma Unidade Básica de Saúde e um hospital municipal Dia, cujos equipamentos atraem grande número de pessoas, principalmente idosos no caso dos postos de saúde. A ação da Prefeitura causou indignação aos motoristas que necessitam parar nas vagas disponíveis nos arredores.

Para o morador da região, Claudio Henrique, o grande problema é a dificuldade encontrada na atual forma de cobrança da Zona Azul. Desde julho de 2016, ao invés de pagar por bilhetes de papel, os condutores podem estacionar em vagas rotativas comprando créditos por meio de aplicativos. O modelo de papel ainda é valido, mas, segundo os usuários, está difícil de ser encontrado. “Boa parte das pessoas que precisam parar no entorno da praça do Centenário são idosas e se dirigem às unidades de saúde. Quem não sabe mexer em um celular moderno ou não tem internet, não consegue mais validar a permanência dos carros nas vagas. Além disso, os lugares que ainda vendem talões de papel ficam muito longe. Há alguns dias parei meu carro na praça e fui até a lotérica na rua do Orfanato comprar o bilhete de papel e quando voltei já havia sido multado”, contou Henrique.

Questionada, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que a nova administração tem trabalhado para ampliar o acesso dos motoristas à Zona Azul Digital e destacou os locais na região citada que comercializam os bilhetes de papel, que são: rua do Orfanato números 915, 703, 411,229, 199; rua Ibitirama 1946 e 1200; rua Cavour 267.