Prefeito da Mooca buscará integração com as secretarias municipais

Diferente de outros nomes que já ocuparam o cargo de subprefeito (hoje prefeito regional), Paulo Sergio Criscuolo, 66 anos, tem forte ligação com a Mooca e região. Criscuolo nasceu, cresceu, e sempre morou no bairro com intensa participação na vida social da comunidade. É conselheiro do Juventus e do Parque Sabesp Fiori Gigliotti. Quando moço atuou no futebol de várzea, brilhando como vigoroso centroavante. Segundo ele, não foi apenas a sua história local que o fez ser indicado para o cargo. Sua experiência em funções públicas administrativas também contribuiu para ser escolhido pela equipe de coordenação do governo municipal e, posteriormente, ser aprovado pelo prefeito.

“Sou engenheiro civil e trabalhei 35 anos na Sabesp. Sempre atuei em obras públicas de grande porte na área de águas e esgoto, onde adquiri muita experiência. Nesse período me especializei também em segurança do trabalho e em administração de empresas. Na década de 90 me formei em Direito. Assim que saí da Sabesp comecei a trabalhar na Coordenadoria de Obras da Subprefeitura de Vila Prudente. Nesta época o subprefeito era o Felipe Sigolo e aprendi muito sobre Subprefeitura. Quando encerrou o ciclo Serra/Kassab acabei sendo aproveitado na Companhia Paulista de Obras e Serviços do Estado, onde aperfeiçoei meu lado político”, contou Criscuolo em entrevista exclusiva concedida à Folha em seu gabinete.

Bastante influente na região e muito bem relacionado – durante a entrevista o prefeito regional sempre fazia questão de citar sua ligação com importantes e históricos nomes do bairro – o prefeito regional acredita que ser conhecedor da localidade onde irá atuar é um fator bastante positivo, mas faz aumentar ainda mais a responsabilidade e a obrigação de desenvolver um bom trabalho. “Ter o meu nome escolhido foi um grande presente. Foi fruto da linha de conduta que segui durante a minha trajetória profissional e pessoal. Agradeço muito ao Fabio Lepique, que foi um grande incentivador. Desde que meu nome foi anunciado não paro de receber mensagens e ligações parabenizando-me. Isso demonstra o quanto sou aceito e o quanto terei que trabalhar para corresponder a essas expectativas positivas”, declarou.

Ciente das distintas realidades dos seis distritos que irá administrar – Mooca, Água Rasa, Pari, Brás, Belém e Tatuapé, Criscuolo planeja atuar em integração contínua com as secretarias municipais. “Como as equipes da Prefeitura Regional ainda estão sendo formadas,  focamos os trabalhos apenas em zeladoria, mas, com o passar do tempo e com uma estrutura considerável, iniciaremos os serviços de acordo com a necessidade de cada região. A ordem do prefeito Doria é para que todos os setores e secretarias sejam interligados e trabalhem de forma integrada ”, explicou um pouco de sua estratégia.

Questionado sobre o estado em que encontrou a Subprefeitura Mooca no momento da transição de governo, embora tenha dito que não adiantava gastar energia com coisas passadas, Criscuolo revelou que a unidade estava em estado crítico. “Quando assumimos a Prefeitura Regional estava sem contrato, sem serviço, quase parando. Pelo o que percebi faltou muito serviço de limpeza, de zeladoria. Foi feito o mínimo necessário. Isso não é uma crítica ao governo passado, mas foi uma filosofia que tentaram implantar que não deu certo”, declarou.

Sobre antigas e importantes reivindicações locais que há anos não são solucionadas, o prefeito regional afirma que é favorável à maioria delas e irá buscar formas de tentar viabilizá-las. “Temos que melhorar o índice de área verde na nossa região, que é uma das mais carentes do município nesse sentido. Há algum tempo criamos o Parque da Sabesp na avenida Paes de Barros, experiência inovadora e interessante com o apoio do Governo do Estado. Este tipo de benfeitoria não conseguiremos sozinho. Precisaremos de parceiros para viabilizar esta melhoria e nos esforçaremos bastante para isso”, afirmou. Sobre o antigo terreno da Esso entre as ruas Barão de Monte Santo e Vito Antonio Del Vechio, Criscuolo classifica como uma questão delicada. “Sou totalmente favorável a transformar a localidade em parque, mas o problema da contaminação acaba travando muitas coisas, como uma possível desapropriação por parte do município, por exemplo, além da questão financeira. Este terreno está em uma área bastante valorizada, o que torna o metro quadrado muito caro”, comentou.

Outra questão problemática discutida foi sobre a situação do antigo prédio localizado na esquina da avenida Salim Farah Maluf com a avenida Vila Ema, onde durante muitos anos funcionou a Padaria Amália, cujo imóvel está ocupado por sem tetos desde maio do ano passado. “Temos que tomar muito cuidado com espaços particulares, mas como o local trata-se praticamente de massa falida tentaremos acionar as secretarias responsáveis para realizar algum tipo de intervenção, tomando providências legais. Um dos objetivos do prefeito é o de utilizar espaços ociosos para o funcionamento de creches, o que tem sido feito com agências bancárias. Temos quase certeza que se houver um esforço grande das autoridades públicas conseguiremos dar uma melhor utilidade a este prédio ocupado”, concluiu.

 

 

 

Estado promete concluir piscinão até o final do mês

Na semana passada a Folha publicou matéria relatando o não cumprimento dos prazos de conclusão das obras do piscinão Guamiranga por parte do Governo do Estado, que constrói o equipamento desde 2012 entre os baixos do viaduto Grande São Paulo e a avenida Doutor Francisco Mesquita – justamente um dos pontos mais críticos em relação à enchentes na  Vila Prudente. O reservatório tinha previsão de conclusão para o final de 2014. O prazo foi prorrogado para outubro de 2016 e mais uma vez não foi cumprido. Nesta semana o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), órgão do Governo do Estado responsável pelas obras, informou que a previsão é de concluir os trabalhos até o final deste mês.

Questionado pela Folha, o DAEE justificou a demora no andamento da construção – dura mais de quatro anos – em decorrência de sua complexidade. De acordo com o órgão, são três células interligadas, ocupando uma área de 45 mil metros quadrados, conjunto de seis bombas com capacidade de bombeamento de 850 litros por segundo cada. Foi ressaltado ainda que este reservatório será o maior da cidade de São Paulo, com capacidade para acumular 850 mil metros cúbicos de água das chuvas.

Reservatório na Anhaia Mello continua sem prazo

Além do piscinão Guamiranga, existe a antiga promessa de mais um reservatório em outro ponto bastante crítico da região: a avenida Anhaia Mello, sob a qual passa o córrego da Mooca. De acordo com o anunciado, o piscinão ficará na esquina da Anhaia Mello com a avenida Jacinto Menezes Palhares, sob o campo de futebol do Clube Escola Vila Alpina que será reconstruído após a obra. O terreno é municipal e foi cedido para o Governo do Estado.

No entanto, segundo o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), o piscinão seria realizado no âmbito de uma Parceria Público-Privada (PPP) que foi cancelada em 2014 porque um novo plano de macrodrenagem, o PDMAT-3, finalizado no final de 2013, revelou demandas e características que não estavam previstas no projeto original, feito com base nas projeções do PDMAT-2. Em março de 2015, o DAEE informou que o Governo do Estado e a Prefeitura estavam elaborando um novo pacote para a construção e manutenção dos piscinões na Capital.

Nesta semana, a Folha voltou a questionar o DAEE sobre a questão e a resposta foi que o piscinão da Anhaia Mello está previsto no Plano de Macrodrenagem da região Metropolitana de São Paulo, mas ainda não há previsão de quando será implantado.

Pilastras do monotrilho seguem sem limpeza

Desde o primeiro dia de mandato, o prefeito João Doria, do PSDB, vem mobilizando equipes para fazer grandes ações de limpeza na cidade, que incluem a remoção de pichações de equipamentos públicos. Enquanto isso, o seu principal padrinho político, o governador Geraldo Alckmin, também do PSDB, ao que parece, não impõe a mesma preocupação aos órgãos do Estado. Um exemplo é a Linha 15-Prata do monotrilho que além do enorme atraso nas obras e diversos problemas técnicos que atrapalharam o início da operação, ainda virou alvo de pichadores. Todas as pilastras ao longo da avenida Anhaia Mello que sustentam os trilhos do transportes estão vandalizadas. A Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, que está ciente e prometeu limpeza desde outubro, afirmou nesta semana que começou o serviço de remoção das pichações.

O problema no monotrilho já é de conhecimento de João Doria. Durante o trajeto ao Sapopemba, para uma vistoria em unidades de saúde, ele questionou a equipe local sobre as pichações na pilastra e foi informado que cabe ao Metrô promover a limpeza.

Quando o monotrilho foi anunciado pelo então governador José Serra (PSDB), em novembro de 2009, um dos principais questionamentos que os técnicos do Metrô tiveram que responder incessantemente foi sobre a possível degradação visual que a construção provocaria na avenida Anhaia Mello. Sempre foi prometido que, após as obras, os canteiros seriam reurbanizados e que pelo fato dos trilhos serem abertos, não provocaria escuridão ou possíveis ocupações como ocorrem em baixos de viadutos. A reurbanização no pequeno trecho entregue, entre as estações Vila Prudente e Oratório, realmente aconteceu, no entanto, as pichações nas pilastras acabam provocando a degradação visual prevista pelos moradores da região.

A ação dos pichadores se estende também pelo trecho ainda em obras, a partir da estação Oratório. Na ponte onde ocorre a ligação dos trilhos com o pátio de trens há marcas de pichação até nas alturas, o que leva a crer que existe fácil acesso aos trilhos suspensos.

Folha publicou matéria sobre o problema em novembro e na ocasião, o 21º Batalhão de Polícia Militar a Inspetoria Vila Prudente da Guarda Civil Metropolitana alegaram que nunca “houve flagrantes”. O Metrô respondeu que, por meio de equipes próprias, providenciaria mais uma vez a limpeza dos pilares pichados no trecho em operação na Linha 15. Nos locais ainda em obras, o Metrô esclareceu que acionou a empresa responsável para realizar a manutenção e limpeza das colunas com a maior brevidade possível. Nesta semana, a reportagem voltou a questionar o Metrô e o órgão afirmou que iniciou na semana passada a limpeza dos pilares e estruturas das estações da Linha 15 e deve prosseguir até o final deste mês. Além disso, foi ressaltado mais uma vez que o consórcio construtor foi acionado para remover as pichações dos trechos em obras.

Núcleo de Negócios da região faz encontro nesta quinta-feira

A segunda reunião do Núcleo de Negócios das regiões Mooca e Vila Prudente acontece na quinta-feira, dia 19, a partir das 18h30, no auditório da Escola Nova 4E, na rua Bresser, 2.701. Está prevista para o evento uma rodada de troca de experiências entre microempresários individuais (MEI) locais e empresas âncora, como o Hospital São Cristóvão e a Panificadora Cepam.

“A ideia é fomentar essa interlocução entre empresas locais que muitas vezes não se conhecem. De repente, preciso que me forneçam copos descartáveis e outros suprimentos para escritório e acabo recorrendo a empresas de fora, por condições nem sempre mais vantajosas”, comenta o superintendente da Associação Comercial de São Paulo – Distrital Mooca, Francisco Parisi, que idealizou o Núcleo em parceria com a DOC Contabilidade e a Folha. A iniciativa tem apoio do Sebrae-SP, Círculo de Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente, Agência Ópera Marketing, Acqua Academia e as consultorias empresariais e organizacionais da Master Mind e Thor.

Na pauta do segundo encontro, o consultor, engenheiro e advogado, José Milton Dallari, falará da importância de integrar grupos de negócios e a forte tendência dessas parcerias entre pequenos, médios e grandes empresários no cenário econômico atual. Na ocasião, a Caixa Econômica Federal disponibilizará linhas de microcrédito aos participantes e, no final, o Sebrae aplicará um diagnóstico empresarial exclusivo e personalizado.

O valor para participar do evento é R$ 100 – para cobrir as despesas do Núcleo. A organização estima a presença de 150 empresários de diversos segmentos.
Mais informações e inscrições pelos telefones: 3180-3092 e 3180- 3093. Vagas limitadas.

Maestro da Vila Bela assume regência e direção musical do Theatro Municipal

O anúncio do corpo diretivo do Theatro Municipal de São Paulo foi feito pelo prefeito João Doria (PSDB) e pelo secretário municipal de Cultura, André Sturm, em coletiva realizada no último dia 5 na sede da Prefeitura. O novo regente e diretor musical do Theatro é o maestro Roberto Minczuk, 49 anos, de tradicional família de músicos da Vila Bela e fizeram as primeiras apresentações na Igreja Russa do bairro.

Regente titular da Orquestra Sinfônica Brasileira por 10 anos, Minczuk estava no Canadá, onde era diretor artístico e maestro titular da Orquestra Filarmônica de Calgary, e voltou ao Brasil para aceitar o convite da nova gestão municipal. “O Roberto é, na minha opinião, o maior regente brasileiro. E olha que temos excepcionais regentes no Brasil. Então é um prazer tê-lo de volta”, declarou o prefeito.

Roberto Minczuk começou sua carreira como um prodígio da trompa e já com dezesseis anos de idade ocupava o posto de Trompista Solista da Sinfônica Municipal de São Paulo. Durante o período em que estudou na conceituada Juilliard School de Nova York, apresentou-se como solista da Sinfônica Juvenil da cidade no Carnegie Hall e da Filarmônica de Nova York na série Young People’s Concerts.

Em seu vasto currículo consta ainda a regência associada da Filarmônica de Nova York nos anos de 1990 e a direção artística do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, entre outros importantes cargos.

A Prefeitura optou por separar as funções de diretor artístico e a de regente do Theatro. Assim, a direção artística será assumida pelo diretor e cenógrafo Cleber Papa.
“Estamos felizes em poder investir na nossa São Paulo e torná-la melhor do que ela é. A gente acredita que também vai transformar a cidade, inspirar e impactar a vida das pessoas com a beleza da música, do balé, da dança, da ópera”, disse Minczuk durante a sua apresentação.

Durante a coletiva, também foi anunciado o novo slogan do Municipal: “A cidade no Theatro, o Theatro na cidade”. A Prefeitura pretende trabalhar com programas que levem a população ao Theatro e também ofereçam atividades do equipamento em outras regiões. Entre as iniciativas está o “Concerto Informal”, no qual, mensalmente, o maestro Minczuk irá reger a orquestra de uma maneira didática para o público, explicando cada um dos instrumentos e os movimentos que são realizados durante a execução de um concerto.

Jornal celebra a sua história e expõe novos projetos

Autoridades, lideranças comunitárias, anunciantes e amigos que a Folha conquistou ao longo de sua trajetória marcaram presença no farto café da manhã que a direção da empresa promoveu na quarta-feira, dia 11, no Salão Nobre do Círculo de Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente.

Convidado para o evento, o prefeito João Doria (PSDB) teve a gentileza de comunicar que estaria impossibilitado de comparecer por conta de compromisso oficial do cargo e indicou o prefeito regional de Vila Prudente, Jorge Farid, como seu representante. Estiveram presentes também os vereadores Claudio Fonseca (PPS) e Edir Sales (PSD) que em seus discursos ressaltaram a combatividade da Folha na conquista de melhorias para a região, como a Linha 2-Verde do Metrô, que correu o risco de ser desviada ao ABC, e a retomada das obras dos grandes hospitais estaduais de Vila Alpina e Sapopemba que ficaram paradas por anos, entre outras.

Também marcaram presença o ex-deputado Adriano Diogo e o ex-vereador Archibaldo Zancra; o recém nomeado diretor regional de Ensino, José Waldir Gregio; o superintendente da Associação Comercial Distrital Mooca, Francisco Parisi; o presidente do Clube Atlético Juventus, Domingos Sanches; autoridades da polícias Militar e Civil e da Guarda Civil Metropolitana; e presidentes de entidades e associações de moradores da região. O evento teve ainda a presença de importantes parceiros comerciais da Folha sem os quais o projeto de jornal comunitário não teria sucesso.

Foi exibido um vídeo institucional que contou brevemente a história do jornal e ressaltou os novos projetos da Folha, como os cadernos e páginas especiais editados no ano passado e o lançamento da nova plataforma digital (é possível assistir o vídeo na fanpage da Folha no Facebook: @folhavp). O presidente Newton Zadra, ao lado dos filhos Katia e Ricardo Zadra, fez emocionado discurso relatando a resistência do jornal que nasceu com tiragem de 20 mil exemplares e hoje soma cerca de 45 mil exemplares distribuídos gratuitamente todas as semanas. Apesar das dificuldades econômicas que cercam todos os meios de comunicação, Zadra concluiu seu discurso positivamente e citou Fernando Pessoa para ressaltar que apesar de um jornal comunitário sério não dar lucro, “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.

 

Farid afirma que conhece cada canto da região

O nome varia de acordo com a gestão. Já foram administradores regionais, subprefeitos e agora, são os prefeitos regionais no governo de João Doria (PSBD). Apesar do troca-troca de nomenclaturas, a função primordial é a mesma: ser o principal representante da Prefeitura em cada um dos 32 territórios administrativos da cidade. Na Prefeitura Regional de Vila Prudente, que também engloba o distrito de São Lucas, totalizando 246 mil habitantes, o responsável pelo cargo desde o primeiro dia do ano é Jorge Farid.

Nascido na rua das Giestas há 58 anos, residente da região deste então, formado em História e comerciante estabelecido na Vila Alpina, Farid tem outra particularidade com a Vila Prudente e arredores:  há mais de sete anos abastece o seu canal no YouTube, o Qual é a Bronca, que ultrapassou 2,5 mil inscritos e seis mil vídeos. Por ironia do destino, no canal, Farid dava espaço para moradores locais apontarem muitos dos problemas que agora terá a missão de resolver ou, pelo menos, dialogar com os responsáveis para agilizar a solução. Portanto, não cabe a alegação de que ainda está “conhecendo a região” como já fizeram ex-ocupantes do cargo.

No entanto, uma questão que Farid e os demais prefeitos regionais vêm enfrentando desde o início da gestão, é a falta da equipe de apoio, como chefes de gabinetes e coordenadores de importantes setores, entre eles, de obras, jurídico e assessoria de imprensa – os chamados “cargos de confiança”. Até a manhã de ontem, quando foi concedida a entrevista à Folha, Farid era o único nomeado na Vila Prudente e contava somente com funcionários de carreira. Na Mooca, por exemplo, a reportagem da Folha não conseguiu obter retorno da equipe de gabinete para o pedido de entrevista com o prefeito regional Paulo Sergio Criscuolo.

Farid contemporizou a falta de equipe e ressaltou que, enquanto não consegue tocar projetos mais complexos, vem enfatizando na zeladoria, um dos grandes problemas detectados por João Doria que chegou a chamar a cidade de suja. “O prefeito criou o Cidade Linda e, na medida do possível, estamos reproduzindo na região, focando na limpeza de bueiros, poda de árvores e tapa buracos, entre outros serviços”, afirmou. “Quando fez uma visita ao Sapopemba na primeira semana de gestão, Doria passou pela avenida Anhaia Mello e reclamou das pichações nas pilastras do monotrilho. Perguntou se podíamos pintar, mas cabe ao Metrô”, contou Farid. A Folha publicou matéria sobre o problema em novembro e o Metrô havia se comprometido a limpar.

Ainda seguindo as diretrizes de Doria na Prefeitura, Farid garantiu que não será um gestor de gabinete, prometeu estar nas ruas e nos equipamentos públicos. Também rebateu críticas que recebeu de que não estaria capacitado para o cargo. “Já fui assessor por um ano e meio desta unidade, na gestão dos subprefeitos Nelson Evangelista e Felipe Sigollo, e a minha rotina, na época, era de vistoria externas. Conheço cada canto desta região”, ressalta.

Entre os principais problemas locais, Farid ressalta que nem todos competem à Prefeitura Regional, como as enchentes que vem causando transtornos nos últimos dias. “Durante a transição, conversei com os antigos coordenadores e no que compete à nossa unidade, limpeza de bocas de lobo e galerias, os serviços foram executados. Precisamos ver como está a questão dos piscinões prometidos”, comentou. Matéria de capa desta edição ressalta que o Piscinão Guamiranga, nos baixos do viaduto Grande São Paulo, está atrasado há mais de dois anos. A responsabilidade é do Governo do Estado, do PSDB, mesmo partido no qual Farid milita há anos e atualmente é presidente interino do Diretório Municipal. A região torce para que a propagada parceria Estado-Prefeitura seja de valia para resolver essa e outras importantes questões que dependem de intervenção estadual.

Árvore despenca sobre carros na rua Chamantá

A forte chuva que caiu na região na tarde da quarta-feira, dia 11, causou estragos. Além dos costumeiros alagamentos em importantes vias, como a avenida Anhaia Mello, uma árvore despencou sobre dois carros na rua Chamantá, em frente ao número 727. Os galhos também atingiram as fiações elétricas, provocando corte de energia na redondeza. O Corpo de Bombeiros foi acionado para remover a árvore e liberar o trânsito na via, que ficou com uma das mãos de direção interditada.

Segundo a proprietária de um dos carros atingidos, que se identificou como Cristina, a árvore já apresentava problemas. “Era fácil perceber que a espécie estava tomada por cupins. Trabalho em um escritório em frente e fizemos reclamações na Prefeitura, mas nenhuma providência foi tomada”, afirmou a proprietária que acionará a Justiça para conseguir ressarcimento.

Piscinão Guamiranga: Governo do Estado não cumpre prazo de conclusão

Enquanto a região continua enfrentando alagamentos a cada chuva mais forte, o Governo do Estado não explica porque a obra do Piscinão Guamiranga sofreu novo atraso. Em construção desde 2012 entre os baixos do viaduto Grande São Paulo e a avenida Doutor Francisco Mesquita – justamente um dos pontos mais críticos da Vila Prudente; o equipamento tinha  previsão de conclusão para o final de 2014. O prazo foi prorrogado para outubro de 2016 e mais uma vez, não foi cumprido.

O piscinão ocupa área de 70 mil metros quadrados, dividida em três células conectadas por galerias, distribuídas no entorno do Centro de Detenção Provisória existente no local. Terá 23 metros de profundidade e a promessa é que, quando ficar pronto, vai contribuir para a retenção de água do rio Tamanduateí no pico de tempestades.

Em fevereiro do ano passado, questionado pela Folha, o DAEE não esclareceu o motivo da extensão do prazo de conclusão das obras e informou que 70% dos trabalhos haviam sido executados. Na época, segundo o órgão, as máquinas estavam concluindo a escavação do reservatório, a implantação de paredes em todo perímetro e construção da estrutura de captação de água do Tamanduateí. E a conclusão estava prevista para outubro do ano passado.

Nesta semana a reportagem cobrou esclarecimentos do DAEE sobre o atual estágio da obra, nova data de entrega e o motivo do não cumprimento do prazo, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.