Prefeitura admite rever trajetos de ciclovias

Implantadas na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), as ciclovias da cidade serão analisadas pelo novo governo municipal. A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes vai revisar o plano cicloviário de São Paulo com o objetivo de dar maior utilidade às faixas e corrigir eventuais problemas na instalação. Foi garantido ainda que a comunidade e os principais interessados, os ciclistas, serão ouvidos e que será prioridade da atual gestão buscar a integração da bicicleta com o sistema de transporte público.

Na região, as faixas exclusivas para ciclistas, que começaram a ser implantadas em maio de 2015, seguem com problemas e criando polêmicas. Há trechos em que houve recape do asfalto e não houve nova pintura, causando confusão se a ciclovia ainda existe. Também há pontos em que o mato tomou conta da ciclovia e outros repletos de buracos. Outro grave problema são os locais mal planejados que já provocaram até colisões.

Um dos pontos problemáticos é na rua Professor Gustavo Pires de Andrade, Vila Zelina. Além da via ser íngreme, o que dificulta a passagem de ciclistas, a faixa exclusiva está repleta de mato e com buracos. “Estou aposentado há três anos e fico bastante em casa. É possível contar quantos ciclistas passam por aqui: não deve passar de três por mês”, conta o morador da via, Josué de Assis.

Na avenida Francisco Falconi, Jardim Avelino, no trecho onde a via faz uma curva devido a rotatória existente próxima à esquina com a rua Mario Augusto do Carmo, foi feito o recape da ciclovia há cerca de seis meses, mas a Prefeitura esqueceu de repintar. “Antes os motoristas não respeitavam muito e invadiam a faixa de ciclistas, mas, desde que asfaltaram, o problema piorou bastante. Carros e caminhões simplesmente ignoram a existência da ciclofaixa”, relata o funcionário de um comércio no ponto.

A Associação dos Moradores e Comerciantes do bairro de Vila Zelina (AMOVIZA) está se mobilizando e, através de um abaixo assinado, solicitarão ao prefeito João Doria a remoção da faixa da avenida Francisco Falconi. Segundo a entidade, a implantação da ciclovia estrangulou as pistas de tráfego, tornando o local bastante perigoso. Moradores da região, embora concordem com a iniciativa da entidade, solicitam a inclusão de outras vias na reivindicação. “A ação deve ser para a revisão e remoção da maioria das ciclofaixas mal projetadas na região e não apenas de um trecho de interesse específico de poucos”, comenta o morador da Vila Zelina, Pedro Sinkevicius Neto.

Também há quem defenda a permanência das faixas exclusivas. “Utilizo a ciclovia da Franscisco Falconi quase que diariamente. Substituir por vagas de estacionamento, como já escutei, é um retrocesso. Ela está próxima do parque e cumpre muito bem seu propósito. Vamos dar uma chance ao progresso. Vamos deixar o carro em casa de vez em quando”, afirma o morador da região Ramom Vallente.

Indagada pela Folha, a CET informou que elaborou projeto que prevê a pintura e demarcação da ciclovia da avenida Francisco Falconi, mas não deu uma previsão de quando o trabalho executado. Também não se posicionou sobre o manifesto que está sendo elaborado. O órgão de trânsito ressaltou que problemas referentes à limpeza e buracos são de responsabilidade da Prefeitura Regional de Vila Prudente, a qual afirmou que efetuará inspeções e programará serviços de manutenção para a primeira quinzena deste mês.

Anhaia Mello

Construída pela Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô como parte de compensação ambiental das obras da Linha 15 – Prata do monotrilho, a ciclovia ao longo do canteiro da avenida Anhaia Mello, entre as estações Vila Prudente e Oratório, tem apresentado alguns problemas de conservação. Há relatos de trechos com água empossada, outros com acúmulo de lixo e mato e de galhos de árvores invadindo a pista. Embora tenha sido construída pelo Metrô, a responsabilidade pela manutenção é da Prefeitura Regional de Vila Prudente que, após ser questionada pela Folha, informou que trabalhos de manutenção e limpeza ocorrem periodicamente, mesmo assim, programará uma ação para os próximos dias com a intenção de localizar e sanar irregularidades.

 

Vereador Toninho Vespoli fala sobre os seus projetos para a região

Morador do São Lucas, Toninho Vespoli, do PSOL, está iniciando o segundo mandato na Câmara Municipal. Professor de matemática da Rede Municipal de Ensino, sempre esteve engajado aos movimentos sociais da região e apesar de ser filiado a um partido conhecido pelo radicalismo, acha que o diálogo é a melhor maneira para resolver um impasse. “É até engraçado o Toninho, do PSOL, reclamar que o prefeito João Doria está sendo radical na questão do grafite e da pichação em São Paulo”, comentou durante a entrevista à Folha na tarde da última quarta-feira, dia 8. “Mas, acho que antes de partir para o enfrentamento, ao menos os grafiteiros deveriam ter sido chamados para uma conversa”, alega o vereador que mandou grafitar uma coluna em seu gabinete na Câmara.

Toninho Vespoli foi um dos 11 vereadores que votou contra o próprio aumento salarial no final do ano passado e confessa que foi pressionado pelos colegas da Casa por causa de suas decisões. “Os vereadores queriam fechar o popular ‘acordão’ dos partidos e eu fui ao microfone defender a votação nominal (como acabou ocorrendo). Recebi muita pressão daqueles que não queriam se expor perante a sociedade”.


Folha – A Câmara encerrou 2016 de maneira polêmica ao aprovar em votação no plenário o aumento salarial de mais de 26% dos vereadores. O reajuste está suspenso pela Justiça. Mas, o senhor foi um dos poucos vereadores (11 entre 55) que votou contra o aumento. Como baseou a sua decisão?

Toninho Vespoli – Estamos vivendo uma crise no Brasil que impacta no orçamento municipal. Também vemos vários cortes em projetos sociais do Governo Federal. Então, se a sociedade está fazendo o sacrifício, acho que as autoridades precisam dar o exemplo. Essa foi a questão mais relevante para mim: temos o dever moral de mostrar à sociedade o caminho, que, no momento, é o de se sacrificar. Com toda essa grave questão social, com 12 milhões de desempregados, a classe política e também o Judiciário, onde vemos holerites de 60, 80 mil reais de juízes, precisam dar a sua contribuição. Também não vou ser hipócrita: os vereadores recebem aumento a cada quatro anos e o valor aprovado ficou inclusive abaixo da inflação (que foi de 32%). Então, nesse aspecto, o aumento é legítimo e eu até poderia ter ficado quieto, mas o grande problema é a situação atípica do Brasil e o lado moral da questão. O aumento está suspenso, mas caso a Câmara derrube a decisão judicial, aqui no gabinete já tomamos a decisão que a diferença salarial será doada para entidades sociais. Ainda estamos pensando como será o rodízio dessas entidades e vamos expor publicamente os nossos depósitos. Seria muita hipocrisia eu votar contra, ficar bem com a comunidade e depois aceitar o dinheiro. Minha posição precisa ter coerência.

Folha – Com o início do ano Legislativo, a Câmara está formando comissões. Quais delas o senhor pretende integrar?

Toninho VespoliPor enquanto, vou estar na Comissão de Educação, Cultura e Esporte. O PSOL tem direito nessa comissão e a outra vereadora do nosso partido, a Sâmia (Bomfim), vai ficar na Comissão de Saúde. Ainda estamos discutindo a constituição das comissões permanentes da Casa, somente depois vamos poder propor a abertura de novas comissões.

Folha – O senhor nasceu no Parque São Lucas e ainda reside na região. Quais os principais projetos que pretende defender para a comunidade local?

Toninho VespoliTivemos algumas emendas que não foram efetivadas na área da Vila Prudente, São Lucas e Sapopemba na gestão passada e vamos batalhar de novo agora, como a reforma de algumas praças. Também vou insistir no asfaltamento da rua Vitor Hess, que é de terra ainda, fica atrás de uma escola, então em dias de chuva as crianças precisam passar pela lama (o mandato destinou nova emenda de R$ 300 mil para a via). Uma questão que o nosso mandato, embora não exclusivo, teve grande participação foi na construção da UBS Vila Ema. Estamos sempre em contato com o Movimento de Saúde do bairro, que faz acompanhamento mensal da obra. Também estamos batalhando por uma UBS na Vila Tostoi, que atende tanto a Prefeitura Regional de Vila Prudente como a de Sapopemba. É uma luta importante porque com os novos empreendimentos imobiliários, aumentou a população local e outras unidades da região estão ficando saturadas. Outra reivindicação é a ampliação da UBS Iaçape, no Madalena, que está com o quadro médico completo, mas não tem espaço físico. Ao lado tem um terreno e estamos destinando R$ 1 milhão para essa UBS. Acho importante brigar pela região do Parque São Lucas e Vila Industrial, que fica entre a Vila Prudente e o Sapopemba. Por exemplo, o Sapopemba tem dois CEUs e a Vila Prudente tem um em construção. Então vamos cobrar a instalação de uma Casa de Cultura no São Lucas, porque as crianças e jovens não têm espaço, e infelizmente nossos CDCs (Clubes da Comunidade) nem sempre estão nas mãos de pessoas que têm essa visão. Precisa de uma nova legislação para redemocratizar os CDCs. Espero que nessa gestão ocorra menos interferência política nas prefeituras entregues para vereadores que barram emendas de outros. Sou matemático e não acredito muito em coincidências: havíamos pedidos em torno de 12 podas de árvores e ficaram três anos sem fazer, quando veio o subprefeito Miguel (Ângelo Gianetti) para a Vila Prudente, que era independente, as podas aconteceram. O órgão público é da comunidade e todos têm o mesmo direito.

Folha – Principalmente na sua rede social, nota-se a oposição ferrenha ao governo de João Doria (PSDB). É uma orientação do partido por ser oposição ou, por enquanto, o senhor não aprovou as ações do novo prefeito?

Toninho VespoliApesar de muita gente achar que o PSOL é um braço do PT, fui um dos vereadores que mais votou contra os projetos do ex-prefeito Fernando Haddad. Vou agir da mesma forma: coisas boas vou elogiar e o que entender que não está bem explicado ou não tem relação com as políticas públicas, vou criticar. Por exemplo, o Corujão, claro que eu acho bom zerar a fila para os exames, mas, o gestor tem que pensar todo o processo. Algumas pessoas estão indo fazer o exame às 3h da manhã e precisam esperar a condução até as 5h para voltar. Uma pessoa de mais idade não tem condições de enfrentar essa situação. Então acho que antes de inaugurar o programa, deveriam ter pensando uma rede de transporte em alguns dos principais terminais. Também estou questionando a Secretaria (de Saúde) se haverá um mutirão de especialistas para a pessoa não ficar com o exame nas mãos por meses aguardando a vaga no médico. Sobre a questão do grafite e da pichação também acho que o governo está agindo equivocadamente, não buscou o diálogo e já está partindo para a criminalização. O Haddad pagou para os grafiteiros fazerem murais na cidade, agora o novo prefeito gasta com tinta cinza para cobrir. Não é uma prioridade, poderia ter colocado esse dinheiro em uma questão mais emergencial. Além disso, acho que a tendência é aumentar a pichação pela cidade pela maneira como ele está tratando a questão. Mas, quero deixar claro que espero que o governo seja bem sucedido, porque senão é a população que vai sofrer mais quatro anos.

 

Reunião discute melhorias para complexo na Mooca

Alvo de muitas reclamações devido ao precário estado de conservação, o complexo da rua Taquari, onde ficam importantes equipamentos municipais, como a Prefeitura Regional da Mooca e o Clube Escola, além de unidade básica de saúde, biblioteca e uma escola de ensino fundamental, foi pauta de reunião ocorrida na manhã de ontem, dia 9, entre o Prefeito Regional Paulo Sergio Criscuolo, o coordenador de gestão dos clubes municipais da cidade, Dâmocles Eliezer Fernandes, o representante do Conselho Participativo, Rafael Eduardo Passos Arantes e o novo diretor do Clube Escola Mooca, Durval Luiz da Silva.

No encontro foram discutidas as melhorias necessárias para o espaço, como limpeza, manutenção de equipamentos e o encaminhamento dos moradores em situação de rua que utilizam o complexo como moradia. Após receber as reivindicações do Conselho Participativo, o coordenador dos clubes municipais garantiu que em três meses os problemas da área estarão solucionados.

Vagas de emprego atraem multidão para porta de hospital

Na manhã da quarta-feira, dia 8, cerca de 300 pessoas formaram uma extensa fila no entorno do hospital local de Sapopemba, conhecido como Sapopembinha, na rua Iamacaru, Jardim Planalto. O motivo da aglomeração foi o anúncio de vagas para auxiliar de limpeza e coletor de resíduos.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, esta foi a primeira etapa do processo seletivo que pretende contratar cinco pessoas. Ainda de acordo com o órgão, a seleção é realizada por uma empresa terceirizada contratada pela organização social administradora do hospital, o Serviço Social de Construção (Seconci-SP).

Nos panfletos espalhados pela região o salário oferecido para o cargo de auxiliar de limpeza é de R$ 1.078,36 e para coletor de resíduos R$ 1.144,77, mais benefícios como vales alimentação, refeição e transporte, além de participação nos lucros para as duas funções.

Alckmin fala sobre congelamento da Linha 2

Durante a inauguração do Piscinão Guamiranga em Vila Prudente na quarta-feira, dia 1º, a reportagem da Folha questionou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) sobre a suspensão das obras de prolongamento da Linha 2-Verde do metrô até o final deste ano. É a segunda vez que o Estado congela a expansão.

A partir da estação Vila Prudente está previsto o prolongamento de 14,5 km da Linha 2 chegando até a rodovia Dutra, em Guarulhos, com 13 novas estações. O problema é que há dois anos o Estado desapropriou diversos imóveis na região da Santa Clara, onde será construída a estação Água Rasa, e com o congelamento da expansão, restaram escombros, residências vazias e terrenos que constantemente acumulam entulho, causando grandes transtornos aos vizinhos que restaram.

O governador justificou que diante da crise econômica e da falta de liberação de verba de financiamento pelo Governo Federal, foi necessário priorizar o término das sete obras de metrô, monotrilho e CPTM em andamento, entre elas a Linha 15 do monotrilho que atualmente, segundo Alckmin, tem mais de 1.200 trabalhadores envolvidos no prolongamento até São Mateus.

“Ao invés de começarmos novas frentes de obras e não conseguirmos entregar, vamos finalizar todas as que já iniciamos e algumas estão bem adiantadas. Temos novos financiamentos no Ministério da Fazenda, na Secretaria de Tesouro Nacional, e a hora que liberarem, damos a ordem de serviço para continuar a Linha 2 e outras que estão na fila”, explicou Alckmin.
O governador confirmou que existe a possibilidade da operação da Linha 15 –Prata ser concedida à iniciativa privada, mas ainda não está fechado.  Se a proposta for adiante, a empresa que vencer a licitação terá parte da renda da bilheteria em troca de manter a operação e a manutenção do monotrilho.

 

 

Companhia da PM tem novo capitão

Na terça-feira, dia 31, o novo comandante da 4ª Companhia do 21º Batalhão da Polícia Militar, capitão Douglas Souza Campos, 44 anos, se reuniu com a diretoria do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Vila Prudente para conhecer as principais demandas e os problemas de segurança que afligem a região.

Responsável pelo policiamento ostensivo em vários bairros da região, como Vila Prudente, Vila Zelina e Jardim Avelino, entre outros, o capitão afirmou que está levantando as necessidades destas localidades para criar estratégias de policiamento visando à diminuição dos índices de criminalidade.

Um dos problemas citados pelos membros do Conseg foi o grande número de ocorrências nas proximidades das estações Vila Prudente do metrô e do monotrilho. “Quase todos os dias temos conhecimento de casos de furto ou roubo a transeuntes, veículos estacionados e residências nessa redondeza. Embora tenha colaborado muito com o crescimento da região, estes meios de transporte fizeram com que aumentasse bastante o fluxo de pessoas, o que acabou atraindo a criminalidade”, comentou o presidente do Conseg, Renato Chiantelli.

“Ainda estou conhecendo a localidade e, em curto prazo, começaremos a desenvolver nosso trabalho. Pretendo ficar por aqui por um bom tempo e conseguir ajudar na diminuição dos crimes”, afirmou o novo capitão, que está na PM desde 1993 e assumiu há uma semana a Companhia.

Outra questão levantada são os casos de furtos de rodas de veículos ocorridos com frequência em vias da região. Segundo Campos, a situação foi relatada em quase todos os encontros que participou. “Já estamos atentos a esta modalidade de furto e nos últimos dias conseguimos deter alguns elementos. Vamos continuar nesta luta”, completou.

Vila Prudente recebe o maior piscinão de São Paulo

Com as presenças do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do prefeito João Doria (PSDB), foi inaugurado na manhã de hoje, dia 1º, o Piscinão Guamiranga, entre a avenida Dr. Francisco Mesquita, rua Patriarca, viaduto Grande São Paulo e o início da rua Guamiranga, em Vila Prudente. As obras foram iniciadas em dezembro de 2012 e a previsão inicial de conclusão era para o final de 2014. De acordo com o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), responsável pela construção, o investimento do Governo do Estado foi de R$ 160 milhões.

O reservatório ocupa área de 70 mil m², dividida em três células de captação conectadas por galerias e distribuídas no entorno do Centro de Detenção existente no trecho. O piscinão em Vila Prudente é o maior da cidade. Tem 22 metros de profundidade máxima e consegue acumular 850 mil metros cúbicos de água das chuvas. Conta com quatro comportas e dois “stop logs” laterais, além de seis bombas de recalque com capacidade cada para 850 litros por segundo.

“Durante o pico da chuva, as comportas do piscinão são abertas para armazenar a água que depois da tempestade, através do sistema de bombas, será devolvida ao rio Tamanduateí. E o reservatório fica preparado para um novo pico de chuva”, explicou o governador Alckmin complementando que “vai ajudar muito a Vila Prudente que já foi bastante castigada pelas cheias”.

Alckmin ressaltou que a Prefeitura é responsável pela manutenção do reservatório. “Investimos 160 milhões de reais na construção e agora a Prefeitura passa a fazer a operação, que é superimportante e também não tem custo baixo, porque a cada tempestade é necessário limpar o piscinão. A água volta para o rio, mas com a água vieram pneus, armários e todo tipo de sujeira, que precisam ser retirados junto com a lama que fica acumulada”, disse o governador. Este é o terceiro piscinão da cidade entregue para operação da Prefeitura, os outros dois são o Olaria e o Oratório.

Além da Vila Prudente, a expectativa é que o Piscinão Guamiranga minimize as cheias na avenida do Estado, até parte da região central da cidade e na avenida Juntas Provisórias, beneficiando um milhão de pessoas, segundo o DAEE. Na Vila Prudente está prevista a construção de mais um piscinão na avenida Anhaia Mello, sob um dos campos de futebol do Clube Escola Vila Alpina, mas as obras ainda não foram iniciadas.

Cheias na Anhaia Mello

Apesar da capacidade recorde em São Paulo do Piscinão Guamiranga, o equipamento não deve resolver as cheias ao longo de todo o trecho da avenida Anhaia Mello na Vila Prudente, onde está canalizado o córrego da Mooca. Para minimizar o problema está prevista a construção de mais um reservatório no bairro, sob um dos campos de futebol do Clube Escola Vila Alpina, na esquina da Anhaia Mello com a avenida Jacinto Menezes Palhares. A Prefeitura já fez a cessão da área ao Estado e pelo acordo firmado, o campo seria refeito após a obra.

Questionado pela Folha, o DAEE informou que esse piscinão está inserido no Plano de Macrodrenagem da Região Metropolitana de São Paulo e estudos indicam que deverá ocupar área de 16 mil m² e acumular até 135 mil metros cúbicos. No entanto, não foi informada a previsão de início da obra.

 

A evolução das “Bruschettas”

Criada por camponeses italianos na antiguidade, a bruschetta (do italiano bruscato = tostado) foi inventada para aproveitar sobras de pão amanhecido.

Originalmente, as fatias eram tostadas na brasa ou em fornos a lenha e recebiam dentes de alho esfregados, alguns tipos de ervas e guardadas para matar a fome dos trabalhadores no campo.

Com o passar do tempo a bruschetta recebeu outras coberturas, desde um simples fio de azeite até combinações de linguiças, queijos e pescados, tornando-se uma iguaria sofisticada.

Atualmente existem as bruschetterias, casas especializadas que servem uma infinidade de sabores. Segue uma deliciosa receita para fazer em casa e saborear.

Bruschetta de Polvo

Ingredientes:

500 grs de tentáculos de polvo (fresco ou congelado);

01 cebola grande;

02 dentes de alho;

06 colheres de sopa de azeite extra-virgem;

01 colher de café de páprica doce;

01 pitada de orégano;

½ xícara de chá de salsinha picada;

½ xícara de chá de anéis de cebolinha;

01 xícara de vinho branco seco;

sal e pimenta do reino a gosto.

Preparo:

Lave bem os tentáculos e leve para cozinhar em água fervente por pelo menos 45 minutos. Se ainda estiverem borrachudos, deixe ferver por mais 20 minutos. Retire e mergulhe em água com cubos de gelo, até esfriar.

Com cuidado para não soltar a fina pele, corte em pedaços não muito pequenos e reserve. Doure a cebola e o alho e acrescente sal, pimenta e páprica.

Junte o vinho branco no refogado e deixe apurar para reduzir um pouco.

Corte o pão italiano amanhecido em 8 fatias largas com 1 centímetro de espessura. Pincele azeite e toste-as em forno ou em frigideira, mas cuidado para não endurecerem demais.

Enquanto isso junte os tentáculos no vinho reduzido e com fogo alto, tempere com os demais ingredientes a gosto, mexendo suavemente.

Disponha as fatias de bruschetta e distribua o preparo sobre elas. Regue com azeite extra-virgem e sirva como entrada, com salada de folhas.

Bom apetite!

* Receita cedida pela Cantina Dopo Lavoro, rua Cananeia, 509, Vila Prudente – WhatsApp: 98227-5175. 

Perigo na faixa de ônibus da Paes de Barros

Um grande buraco com pouco mais de um metro de comprimento e 15 centímetros de profundidade, que surgiu há uma semana na faixa exclusiva dos ônibus em frente a parada Chamantá, na avenida Paes de Barros, altura do número 3333, Mooca, está colocando em risco os motoristas que passam pelo trecho.

Pele dimensão da cratera motoristas de táxi ainda conseguem desviar, mas os condutores das sete linhas de ônibus que circulam pela faixa são obrigados a enfrentar o problema. Para isso, os motoristas têm que transitar com todo cuidado e lentamente no sentido bairro para ultrapassá-lo.

“O maior perigo é durante a noite e quando está chovendo, pois para aqueles que não sabem da sua existência o risco de não visualizar é maior”, comenta o motorista de táxi, Francisco B. Menezes. “Não sei se o problema é da Prefeitura ou da SPTrans responsável pela faixa?”, acrescenta.

A Folha entrou em contato com a Secretaria das Prefeituras Regionais e com a São Paulo Transportes e aguarda um posicionamento.

 

Obras do Metrô são paralisadas por mais um ano

Em outubro do ano passado a Folha publicou matéria sobre a caótica situação dos imóveis desapropriados pela Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô na região da Santa Clara, onde está prevista a construção da estação Água Rasa. Devido à falta de conservação dos espaços, que estão vazios, o cenário é desolador e piora a cada dia. Mato alto, acúmulo de lixo e entulho, proliferação de mosquitos e ratos, vandalismo são alguns dos problemas relatados pelos poucos moradores que restaram na redondeza. No final de dezembro tudo o que a comunidade menos desejava aconteceu. Após permaneceram paralisadas durante o ano passado inteiro, as obras de expansão da Linha 2 – Verde foram novamente suspensas até o final de 2017.

Conforme a Folha apurou, o governo federal decidiu excluir o projeto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e não destinar verba a São Paulo sob a alegação de que o governo estadual não conseguiu “formalizar a contratação das operações de crédito junto aos agentes financeiros do programa”. O anúncio foi publicado em portaria no Diário Oficial da União do dia 30 de dezembro de 2016. Já o estado alega que encaminhou à União todos os projetos para as obras de expansão. Enquanto o imbróglio entre Estado e Federação não é resolvido, a população é obrigada a conviver com antigos problemas.

“É uma enorme falta de respeito e de responsabilidade. Se o governo estadual não tinha o dinheiro para dar continuidade na obra porque desapropriou dezenas de imóveis, desamparou famílias e deixou tudo abandonado?”, questionou o aposentado João de Albuquerque, que reside na rua São Maximiano. “Agora que o estrago já foi feito o mínimo que deveriam fazer devidamente é a manutenção desses imóveis desapropriados e abandonados. É preciso que limpem e cerquem esses locais, além de destinarem vigilantes para esta área”, acrescentou Albuquerque.

Nesta semana a reportagem da Folha esteve novamente na localidade e constatou um cenário desolador. A área onde cerca de 15 imóveis foram demolidos em novembro de 2015, entre as avenidas Sapopemba e Adutora do Rio Claro está ainda mais crítico. O local foi cercado com placas de concreto, mas quase todas foram destruídas. O mato, lixo e entulho tomaram conta do espaço. “Semana passada duas vizinhas foram assaltadas ao passar por este trecho. Os criminosos se escondem dentro deste terreno e quando as pessoas passam eles atacam. Como aqui ficou um local ermo está mais fácil da bandidagem agir”, contou uma dona de casa que reside nas proximidades e não quis revelar o nome com receio de alguma represália.

A Folha levantou ainda que parte do projeto de expansão que depende do PAC é o trecho previsto para chegar até a Vila Formosa, para o qual estão projetadas as estações Orfanato, Água Rasa, Anália Franco e Vila Formosa. Para a concretização das obras, o Metrô depende da liberação de um crédito de R$ 2,5 bilhões, o qual seria financiado via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS).

Sobre a conservação e limpeza das áreas desapropriadas, o Metrô informou mais uma vez que mantém rondas motorizadas para a vigilância de todos os imóveis de sua posse e vai intensificar a limpeza dos terrenos que foram demolidos na primeira fase. Não foi divulgada uma previsão de quando esse serviço será iniciado.