Cidade ganha a Praça Ayrton Senna do Brasil

Com a presença de muitos admiradores do tricampeão de F1 Ayrton Senna, que chegaram a entoar o “Olê, olê, olê, ola Sennaa, Sennaa!” como se tivessem voltado no tempo e estivessem no autódromo de Interlagos, foi inaugurada na manhã de 1º de maio a Praça Ayrton Senna do Brasil. A data marcou também os 23 anos da morte do piloto. O espaço de cerca de 15 mil m² fica no Centro Esportivo Modelódromo, na rua Curitiba, próximo ao Parque do Ibirapuera.

O evento contou com a presença do prefeito João Doria e de Viviane Senna, irmã de Ayrton e presidente do Instituto Ayrton Senna.  A atração central da praça é o monumento “Velocidade, Alma e Emoção”, da artista Melinda Garcia. A peça em bronze fundido e de 2,5 toneladas foi totalmente restaurada e recebeu uma réplica da bandeira que a compunha originalmente e foi furtada em 2004. Antes de ser removida para a nova praça, a estátua ficava na entrada do Complexo Viário Ayrton Senna, em ponto inacessível ao público.

A praça conta ainda com uma réplica do capacete do piloto feita também em bronze fundido. A Prefeitura informou que as peças contarão com iluminação especial.

O prefeito destacou que a revitalização da praça e do monumento foi possível graças a uma ação conjunta entre a iniciativa privada e o poder público. O espaço deve se tornar um ponto turístico para fãs do mundo todo que visitem São Paulo.

Em seu discurso, Viviane Senna emocionou o público ao lembrar do profissionalismo e amor do irmão pelo Brasil. “Ele foi o primeiro piloto a dar uma volta com a bandeira do seu país ao vencer um Grande Prêmio”, destacou. O feito aconteceu no GP de Detroit de 1986. “Naquela época o país andava para trás, com inflação e desemprego, algo semelhante ao que vivemos hoje, e a única coisa que dava certo era o futebol. Mas, um dia antes da corrida, o Brasil perdeu na Copa para a França. Então, quando venceu a prova, com um carro que não tinha condições de ganhar e enfrentando pilotos mais experientes, o Ayrton viu uma bandeira do Brasil. Parou e insistiu para conseguirem entender o que ele pedia, até que finalmente lhe entregaram a bandeira e ele seguiu com ela, pela primeira vez na história da F1”, contou Viviane sob aplausos. “Quem venceu o GP naquele dia, não foi o Ayrton Senna, foi o Brasil. Mostrou que o Brasil podia vencer, mas não pela trapaça, pelo jeitinho, pelo roubo; podia vencer pela dedicação, pelo trabalho duro, pela disciplina. E era isso que meu irmão fazia”, completou. Viviane destacou ainda que é só com muito trabalho que o Brasil voltará crescer.

O evento contou ainda uma exposição sobre o piloto e a venda de produtos exclusivos, cuja renda é revertida ao Instituto Ayrton Senna. (Kátia Leite)

Em seu discurso, Viviane Senna emocionou o público ao lembrar do profissionalismo e amor do irmão pelo Brasil

 

Integrantes da Torcida Ayrton Senna (TAS) marcaram presença na inauguração, que contou também com o Senninha

 

Após a cerimônia oficial, o prefeito João Doria foi presenteado com uma tela pintada pelo morador da região e fã de Ayrton Senna, Renato Chiantelli