Projeto de urbanização da rua dos Crépis continua engavetado

Enquanto não sai do papel o projeto com melhorias importantes na rua dos Crépis, na Vila Bela, os moradores continuam convivendo com uma série sem fim de problemas. A proposta prevê a eliminação de riscos de deslizamentos com construção de encostas, implantação de galerias para drenagem de águas pluviais e execução de pavimentação.

E a situação no local piora a cada dia. A via não possui passeio, pavimentação, sistema de drenagem e iluminação suficiente. A falta de infraestrutura gera na população grande preocupação, pois eles temem que o esgoto a céu aberto, a poeira dos cascalhos, a terra batida, as poças de água formadas pela chuva e nascentes, além do acúmulo de lixo, podem ocasionar diversas doenças.

“A situação está cada vez pior. Devido ao abandono do local e do esgoto que corre a céu aberto, ratos, aranhas e muitos mosquitos invadem as residências do entorno. Meu imóvel tinha uma entrada e uma saída pela rua dos Crépis que foi inutilizada com o desmoronamento ocorrido há sete anos”, afirma o aposentado Odair Sanches, que reside na rua das Ipoméias.

Em janeiro de 2010 um desmoronamento de terra misturada com entulho originário da rua das Cobéias fechou o acesso de cerca de 20 residências da rua dos Crépis e ocasionou rachaduras em várias casas. Muitos moradores pagam IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) duplo por terem duas entradas em seus imóveis, mas a da Crépis não existe mais.

Aguardada há mais de 50 anos, a obra para reurbanizar e viabilizar a rua foi licitada no final de 2014 e mesmo com verba empenhada, não foi colocada em prática. A alegação da Prefeitura foi que a contenção projetada nessa primeira proposta não seria suficiente para proteger a encosta.

Na tentativa de solucionar o problema, no ano passado, o então subprefeito de Vila Prudente Miguel Gianetti, com o auxílio do chefe de gabinete André Kuchar, conseguiu abrir nova licitação para reavaliar o projeto. A vencedora da concorrência foi a empresa Soleil, que além de pavimentação e drenagem da via, apresentou detalhado estudo incluindo intervenções geológicas para conter a encosta. O valor estimado da obra foi orçado em R$ 2,2 milhões.

Mais um fator positivo foi conquistado no ano passado. Durante os debates para definir a previsão orçamentária para este ano, graças ao pedido da vereadora Juliana Cardoso (PT), a Câmara Municipal aprovou a indicação da rua dos Crépis para ser incluída na dotação de obras emergenciais em áreas de risco da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras. “A nossa luta agora com os moradores da Vila Bela é a liberação da verba para essa tão aguardada obra. Temos o projeto completo, falta pressionar pelo recurso e pela vontade política da atual administração em atender essa legitima reivindicação”, afirmou Juliana Cardoso.

Questionada pela Folha, a Prefeitura Regional de Vila Prudente se limitou a informar que há projeto elaborado na Coordenadoria de Projetos e Obras da unidade e que ainda não há novidade quanto à execução.

Automobílias criativas fabricadas na Santa Clara

Mesa de bilhar em um veículo Mustang, traseira de Cadillac transformada em sofá, frente de Kombi como aparador e geladeira retrô personalizada são alguns da centena de itens produzidos pela empresa TecArt, que existe há quase 30 anos e atualmente está localizada na rua Visconde de Goiana, 53, Santa Clara. De forma inovadora e criativa, os produtos são todos construídos com fibra de vidro e com detalhes minuciosos preservados.

“Desenvolvemos um trabalho artesanal. Tudo é feito manualmente e respeitando as particularidades solicitadas pelos clientes. Levamos de 15 a 20 dias para desenvolver as peças porque nos atentamos muito aos detalhes”, comenta um dos sócios proprietários Glaucio Luiz Ortega, 48 anos, que atendeu a reportagem em meio à linha de produção. “Não sou apenas um administrador, meu forte é colocar a mão na massa e participar das produções. É o que gosto de fazer desde que era moleque. Comecei a trabalhar nessa personalização de peças automotivas aos 18 anos e nunca mais parei”, completa.

O trabalho da TecArt já é reconhecido e seus produtos estão em vários lugares do país, principalmente os itens da linha Vintage, que remete ao passado. “Desenvolvemos peças para clientes de vários estados. A maioria dos itens são destinados para restaurantes, barbearias, bares, lojas, buffet e residências. Há algum tempo produzimos a réplica de um carro antigo para a fachada de um restaurante de Porto Velho, em Rondônia”, conta a sócia Fabricia Marcolongo.

Embora o foco atual seja a produção de automobília, a TecArt não deixou de lado suas origens e continua com a fabricação de réplicas de veículos antigos em fibra de vidro e de Hot Rods – carros geralmente das décadas de 1920, 1930 e 1940 modificados e personalizados com pinturas geralmente de chamas.

Para conhecer mais sobre o trabalho da empresa e fotos dos itens acesse o site: www.tecartcustom.com.br.

Mesa de bilhar em formato de uma Kombi

 

Traseira de Cadillac transformada em sofá

 

Domingo tem futebol americano na Javari

O campo do tradicional estádio Conde Rodolfo Crespi, na rua Javari, será mais uma vez transformado para receber uma partida de futebol americano. No próximo domingo, dia 11, o Mooca Destroyers enfrenta a equipe Blue Birds São Caetano, às 14h, pela quarta rodada da São Paulo Football League. Essa será a segunda partida da equipe na Javari.

Assim como ocorreu no primeiro jogo realizado na Javari, o Mooca Destroyers está organizando um evento para toda família. O estádio terá Food Trucks, música ao vivo, sorteio de brindes e narração de comediantes, entre outras atrações.

No dia também acontecerá uma preliminar entre o Palmeiras Locomotive e o Diadema Diamond Futebol Americano, com início marcado para as 10h. Os portões estão previstos para serem abertos às 9h.

Líderes de torcida

Na ocasião também haverá a apresentação do novo grupo de Cheersleaders da equipe mooquense. “Há algum tempo pensávamos na ideia de ter um time de Cheerleaders, buscamos algumas instituições de dança que pudessem representar a nossa equipe e acabamos conhecendo a do Colégio Fereguetti que agora passará a fazer parte da nossa ‘famiglia’”, comentou o presidente Diego Perri.

Os ingressos estão com valores promocionais para compras antecipadas. A cadeira coberta está R$ 35 e a arquibancada descoberta R$ 20. Os pontos de venda são: DK Academia – Rua Itaqueri, 1226; Quicksilver Mooca – Avenida Henry Ford, 1255 (Mooca Plaza Shopping); Barbearia Sport Club – Rua Itaqueri,1328; Santa Mooca Tattoo – Rua da Mooca 3749 ou Rua Juventus, 892; Inspire Fit – Rua Itaqueri, 1262; Titular Bar – Rua Juventus, 125; Camiseteria di Mooca – Rua Visconde de Laguna, 171; X Car Multimarcas – Rua da Mooca, 3980.

Aprovado projeto de faculdade para área do Moinho

A histórica área que abrigou os Grandes Moinhos Minetti-Gamba, mais conhecido como Moinho Santo Antônio, na rua Borges de Figueiredo, 510, na Mooca, está fechada desde 2013, quando a empresa Moinho Eventos, locatária do espaço na época, encerrou suas atividades. Agora, a proprietária do imóvel, a empresa Crefipar Participações e Empreendimentos pretende construir um campus da Faculdade das Américas (FAM) no local e, conforme a FolhaVP apurou, os trâmites para o início das obras estão adiantados.

Documento emitido recentemente pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento concedeu o alvará de aprovação de reforma do espaço à empresa Vidal & Sant´Anna Arquitetura, contratada pela Crefipar para o projeto da faculdade.

No documento consta que a empresa pretende erguer no espaço oito prédios, sendo dois de seis andares, um de quatro, cinco de um andar cada e espaços no subsolo, que totalizarão 42.223 m² de área total construída. Atualmente, de acordo com a escritura, o imóvel possui 18.667 m². Para o início das obras ainda é necessário o alvará de execução, em análise na Secretaria de Urbanismo e Licenciamento, conforme o órgão confirmou à FolhaVP na última quarta-feira, dia 24.

Como o conjunto possui duplo tombamento – pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico de São Paulo (Conpresp) em 2007 e pelo Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artísitico e Turístico (CONDEPHAAT) em 2013; a notícia preocupou as pessoas que lutam há anos pela preservação do histórico prédio. “Além de ser tombado duplamente, o Moinho foi contemplado, depois de muita persistência, na Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí como edifício de interesse de preservação histórica. Por tudo isso, esse espaço precisa ser respeitado e qualquer intervenção dos proprietários deve ser discutida com a comunidade”, comenta uma das responsáveis pela Associação dos Amigos do Moinho, criada em 2014 justamente para defender as características e valor histórico do imóvel.

Para a Associação, antes de liberar qualquer tipo de intervenção, a Prefeitura deveria ter convocado a comunidade. “Obras no local têm que ser discutidas de forma transparente e participativa. O Moinho faz parte da paisagem e da identidade de São Paulo e da Mooca. Não pode ser descaracterizado. Se construírem uma faculdade no local, o acesso será restrito a alunos. O nosso projeto é para que seja criado no imóvel um espaço multicultural, o qual poderá abrigar diversas atividades sustentáveis, a exemplo do SESC Pompéia, sem agredir o patrimônio”, explica a representante da Associação.

A FolhaVP questionou as Secretarias de Cultura estadual e municipal e a única que se pronunciou até o fechamento da matéria foi a do Estado, a qual informou que o CONDEPHAAT autorizou a realização de obras no Moinho Santo Antônio, mas detalhes sobre o projeto deveriam ser consultados com a empresa responsável.

A reportagem conversou por e-mail com o responsável pela Vidal & Sant´Anna Arquitetura, o arquiteto Silvio Stefanini Sant´Anna, o qual informou que não está autorizado a dar muitas informações, mas fez alguns esclarecimentos. Segundo o arquiteto, todas as edificações dos moinhos de trigo e de arroz, sala da guarda, balança, galpões principais e demais edificações tombadas estão sendo preservadas e recuperadas para o bem patrimonial da cidade. Foi ressaltado que o Moinho “será um espaço de exposição de cultura de usufruto da população da Mooca e da cidade e a biblioteca poderá ser acessível a demais estudantes”. O arquiteto esclareceu ainda que o projeto foi aprovado pelo Conpresp e CONDEPHAAT, assim como o Depave para a preservação das árvores existentes. Para finalizar, afirmou que as edificações que atualmente apresentam estado de calamidade e com patologias de risco de queda serão recuperadas para benefício da cidade e arquitetura. Quanto ao início efetivo da obra, informou que não há previsão. (Gerson Rodrigues)

Grupo quer resgatar monumento histórico da Mooca

Em julho próximo completa 103 anos que o intrépido piloto Eduardo Pacheco Chaves, o Edu Chaves, a bordo de um Bleriot de 80 cavalos de potência, realizou um “raid” de 450 quilômetros vencidos em seis horas e meia, saindo do Prado da Mooca para pousar no aeroclube do Rio de Janeiro, onde demais pilotos e uma multidão o aguardavam. Pelo feito, um ano depois, em 1915, Chaves ganhou a “Coluna Pioneiros da Aviação” na área do antigo Hipódromo da Mooca. O monumento ficou no bairro até 1950, depois foi transferido para o prédio do Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) da Prefeitura e atualmente, chamado de “Heróis da Aviação”, está desmontado em quatro partes num depósito municipal.

“Queremos que o monumento volte à sua origem, que era a área do Hipódromo, hoje o complexo da Prefeitura Regional Mooca (na rua Taquari). A ideia é instalar próximo da biblioteca existente no local. Será um resgaste da memória e da identidade do bairro”, defende a jornalista Elizabeth Florido, uma das idealizadores da transferência ao lado da Associação Amigos do Moinho, da Associação Comercial – Distrital Mooca, do morador Pedro Perduca e do arquiteto Alexandre Martins, com o apoio institucional do portal São Paulo Antiga.

“O objetivo agora é sensibilizar a comunidade da Mooca que pode nos ajudar assinando o abaixo-assinado que vamos entregar no DPH pedindo o retorno do monumento”, explica Elizabeth. Além da versão física que já circula pela Mooca, também é possível assinar o documento através do link: http://bit.ly/2rE7nmG. (Kátia Leite)

Em julho de 1914 o piloto Edu Chaves saiu do Prado da Mooca e pousou no aeroclube do Rio de Janeiro
Muda Mooca salva árvore removida ilegalmente

No último sábado, dia 20, integrantes do movimento Muda Mooca, que defendem a ampliação de áreas verdes na cidade e organizam mutirões de plantio de árvores na região, conseguiram evitar a morte de uma espécie plantada na calçada de um imóvel na rua Rui Martins, Mooca.

Segundo o responsável pelo movimento, Danilo Bifone, o dono do imóvel foi flagrado removendo a árvore para a realização de uma obra irregular no passeio. “Por coincidência passava pelo local no exato momento em que um guanandi estava prestes a ser cortada sem qualquer autorização da Prefeitura para o rebaixamento de uma guia, também sem aval do poder público. Tentei argumentar que a árvore não obstruía a entrada da garagem, mas, mesmo assim, o proprietário determinou que o pedreiro prosseguisse com a remoção”, contou.

Indignado com o ocorrido, Bifone acionou a Polícia Militar, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) Ambiental, a Defesa Civil e a Prefeitura Regional Mooca. “A PM chegou em poucos minutos e depois de algum tempo quem apareceu foi o chefe de gabinete da Mooca acompanhado de um agente vistor, o qual lavrou uma multa por rebaixamento da calçada sem alvará e informou que o proprietário seria conduzido para a Delegacia de Crimes Ambientais por conta da remoção da árvore sem autorização”, comentou.

No entanto, depois de concordar em plantar a árvore novamente em sua calçada, o responsável pelo imóvel não foi levado à delegacia e não responderá criminalmente. “Apesar da confusão, a ação teve um caráter educativo sem igual, já que foi a primeira vez em muitos anos de plantio que pudemos presenciar a iminência de uma prisão por um crime dessa natureza”, completou Bifone.

É proibido remover qualquer árvore da cidade, em locais públicos ou privados, sem avaliação e autorização da Prefeitura. Quem flagrar uma ação irregular pode acionar a Guarda Civil Metropolitana (GCM) Ambiental pelo telefone: 153

Lideranças apontam as principais necessidades da região

A FolhaVP conversou com presidentes de associações, líderes comunitários e pessoas atuantes na comunidade que apontaram as demandas da Mooca e Vila Prudente que necessitam de urgente atenção do poder público. Entre as prioridades levantadas estão: melhorias na pavimentação; aumento e preservação de áreas verdes; criação de espaços culturais; revisão das ciclovias; investimentos nas unidades de saúde; aumento da segurança; e revitalização de sinalização de trânsito, entre outras.

Asfalto

Uma das questões mais citadas pelos entrevistados foi a precária condição asfáltica de importantes vias da região. “Ao andarmos poucos metros pelas ruas e avenidas da Mooca, Vila Prudente e arredores nos deparamos com um asfalto muito ruim. As vias públicas estão acabadas. É necessário investimento em recapeamento”, comentou o ex-superintendente da Associação Comercial de São Paulo Distrital Mooca, Francisco Parisi.

Quem também critica a condição das vias é o empresário da Mooca Rafael Eduardo Passos Arantes. “O asfalto da região é de baixa qualidade e está insuportável. Os serviços de tapa buraco são medidas paliativas que acabam gerando problemas, pois criam lombadas que atrapalham o tráfego”, citou.

Outro que se queixa é o presidente da Associação dos Moradores e Comerciantes do Bairro de Vila Zelina (Amoviza) e do Conseg de Vila Prudente, Victor Gers. “É necessário o recapeamento urgente de vias adjacentes e travessas da avenida Zelina. As ruas contam com muitos buracos e remendos. Essa é uma antiga reivindicação dos moradores”, afirmou.

Áreas Verdes

Também antiga entre a comunidade, a reivindicação pelo aumento e preservação de áreas verdes foi ressaltada por quase todos os entrevistados. “A Mooca tem carência nesses espaços e necessita de mais atenção nesse sentido, mas precisa também da conservação das áreas já existentes, como é o caso do Complexo da rua Taquari, que inclui o Clube Escola e a sede da Prefeitura Regional Mooca”, citou o atual superintendente da Associação Comercial – Distrital Mooca, Luiz Carlos Castan.

O Presidente do Círculo de Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente (CTC-VP) e da FolhaVP, Newton Zadra também clama por melhorias. “A região sofre com a falta de áreas verdes. Possui um dos piores índices da cidade. Por isso é necessário que o poder público de mais atenção às lutas pelos parques da Vila Ema e da Esso, na Mooca”, comenta.

O morador da Santa Clara e membro do Movimento Viva o Parque Vila Ema, Fernando Sálvio, classifica a insuficiência de áreas verdes na região como uma das mais emergenciais. “É necessário preservar e criar infraestrutura para a população poder usufruir dos últimos espaços restantes, como a área da avenida Vila Ema, o terreno da antiga Linhas Corrente e o terreno da Esso, na Mooca”, declarou.

O presidente do Rotary Alto da Mooca, Arnaldo de Barros Neto, também elegeu a falta de áreas verdes como uma das prioridades a serem tratadas. “Essa questão precisa ser levada mais a sério. Acredito que vários locais da região poderiam contar com um plantio ordenado de árvores, o que ajudaria muito”, comentou.

Segurança

Furto de veículos e roubo a transeuntes foram destacados por algumas das lideranças ouvidas pela FolhaVP. “É necessária mais atenção na segurança nas ruas da Mooca, onde acontecem furtos de rodas de carros constantemente”, declarou o empresário Rafael Eduardo Passos Arantes.

“A segurança pública na região é um dos maiores problemas. Assaltos nos pontos de ônibus logo cedo e à noite, roubos e furtos a residências, roubo de veículos e de rodas, principalmente em ruas da Vila Alpina são questões sérias que precisam ser resolvidas, apesar das constantes rondas da PM”, contou o presidente da Savalp Rubens Ribeiro.

O presidente da Amoviza, Victor Gers cita a necessidade de implantação de uma base móvel ou a presença de uma viatura da polícia militar 24 horas no Largo de Vila Zelina. “Essa é uma reivindicação antiga da comunidade que precisa ser tratada com urgência”, declarou.

Saúde

“Uma das principais necessidades que percebo é de mais investimentos na saúde. É preciso que a obra da UBS Vila Ema, que está parada, seja retomada e concluída o quanto antes. A comunidade luta por isso há mais de 30 anos”, declarou o líder comunitário da Vila Ema, Antonio Geraldo Bueno.

Quem também cita a saúde como prioridade é o presidente da Savalp, Rubens Ribeiro. “A UBS Vila Alpina atende mal a população e as reclamações nesse sentido são comuns. O hospital estadual de Vila Alpina, no pronto atendimento, está sempre superlotado, merecendo uma ampliação para poder atender tanta gente que o procura”, contou.

Outras demandas

Reurbanização da Favela de Vila Prudente; melhorias na sinalização de trânsito, revisão das ciclovias, ações voltadas para conter as enchentes, benfeitorias na iluminação pública e maior investimento em cultura e espaços de lazer também foram citados pelas lideranças ouvidas pela FolhaVP. (Gerson Rodrigues)

Área na Vila Ema aguarda renovação de decreto da Prefeitura
Comunidade já promoveu diversos “abraços” pela preservação da área

 

Em reunião realizada no último dia 15, a vereadora Juliana Cardoso (PT) solicitou ao secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Giberto Natalini, a renovação do Decreto de Utilidade Pública (DUP) da área destinada à implantação do Parque Vila Ema. O secretário se mostrou favorável a proposta, mas disse que, por prerrogativa de lei, tal decisão cabe ao prefeito João Dória (PSDB).

Natalini ainda se prontificou a encaminhar para o Executivo o processo administrativo que se encontra atualmente em análise no Departamento de Planejamento Ambiental da Secretaria. O DUP da área de 16 mil m² situada na esquina da avenida Vila Ema com a rua Batuns foi emitido em 2010, mas venceu em outubro de 2015. A renovação se faz necessária para a desapropriar o terreno. Antiga chácara de imigrantes alemães, a área abriga 477 árvores, algumas reconhecidas como espécies raras, além de nascentes de água.

Em julho do ano passado a Secretaria de Licenciamento da gestão Fernando Haddad indeferiu o projeto de construção de quatro torres residenciais da Tecnisa. A empresa havia protocolado o projeto em 2014, pouco antes da aprovação pela Câmara Municipal do Plano Diretor Estratégico (PDE).

Por iniciativa do mandato da vereadora Juliana Cardoso a área foi gravada no Plano Diretor Estratégico (PDE) da cidade como ZEPAM (Zona Especial de Proteção Ambiental), confirmada depois na aprovação da Lei de Uso e Ocupação de Solo e reservada para a criação do parque. Como ZEPAM a empresa só pode utilizar 10% para construção de seu empreendimento.

“Vencida a etapa da renovação do DUP o foco da luta com o movimento é viabilizar os recursos para desapropriação”, comenta a vereadora. “Com o indeferimento do projeto de construção a área deixou de ser Zona Mista para ser agora ZEPAM e seu valor de mercado sofre significativa redução”. A vereadora também é autora do Projeto de Lei de 2010 que destina essa área para parque público.

Nova diretoria do Conseg Vila Prudente
Ricardo Corregiari, Gilberto Ferreira, Marlene Martins, Mario Campos, o presidente Victor Gers e o ex-presidente Renato Chiantelli

 

A delegada titular do 56º Distrito Policial – Vila Alpina, Silvana Françolin, membro nato do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Vila Prudente, indeferiu o pedido de impugnação da nova chapa que tomou posse em cerimônia realizada no último dia 8. O recurso foi apresentado pelo advogado Osmar Lemes dos Santos alegando entre outras coisas, irregularidades no processo eleitoral.

De acordo com a delegada, não foi possível vislumbrar qualquer fundamentação legal para acatar o pedido de impugnação e citou ainda que o recurso foi intempestivo, uma vez que não respeitou o prazo previsto no regulamento. O indeferimento foi encaminhado à Coordenadoria Estadual dos Consegs de São Paulo.

Assim, a nova diretoria do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) de Vila Prudente para o biênio 2017/2019 fica constituída com: Victor Gers, presidente; Mario Campos, vice-presidente; Marlene Martins, primeiro secretário; Ricardo Corregiari, segundo secretário; e Gilberto Ferreira, diretor social e de assuntos comunitários.

Passarela e terminais devem ser entregues até dezembro

 

Desde a inauguração da estação Vila Prudente da Linha 2-Verde do metrô e o início das obras da Linha 15-Prata do monotrilho – sete anos atrás, os transeuntes sofrem para fazerem a travessia da avenida Anhaia Mello no trecho. Neste período, as faixas para pedestres já sofreram sucessivas mudanças de locais, os semáforos não atendem o tempo necessário para cruzar a Anhaia Mello e o fluxo de pessoas e veículos aumentou consideravelmente por causa das paradas de metrô e monotrilho.

O projeto de passarela estava previsto desde a construção da Linha 2 e inicialmente seria subterrâneo, mas foi abortado por causa do córrego da Mooca sob a Anhaia Mello, pois exigiria que a passagem fosse mais profunda que o programado e encareceria demais a obra. Nesse meio tempo, o Governo do Estado anunciou o monotrilho, o que provocou a demolição do antigo terminal de ônibus existente no trecho e a alteração do próprio traçado da avenida. Assim, a construção da passarela sobre a Anhaia Mello ficou para depois.

“Esse trecho não pode ficar sem uma passagem segura para auxiliar os pedestres. Está muito perigoso”, comenta o advogado Osmar Lemes dos Santos, morador das imediações. “Pelo cruzamento com a Ibitirama é impossível fazer a travessias dos dois sentidos de uma só vez. Só se for correndo. Senão tem que fazer em dois tempos e os semáforos demoram”, comenta. “Por causa disso, estou atravessando no cruzamento da rua Itamumbuca e da rua Dr. Roberto Feijó, mas nos horários de pico, acumula uma multidão que se tromba no meio da avenida. A passarela é fundamental”, reforça.

O aposentado João Quirino, que também faz a travessia da Anhaia Mello com frequência, acha a situação um absurdo. “O poder público é insensível. Não se preocupa com a segurança e o bem estar da população. Nesse período de obras no trecho, já fomos jogados de um lado para o outro, tivemos que passar em meio a tapumes, com o risco de escorrer na areia da obra, cair nas calçadas esburacadas. E essa promessa da passarela sempre fica para depois”, reclama.

Atualmente a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô está construindo os três terminais de ônibus que serão integrados com as estações existentes no trecho. O maior, chamado de Central, fica sob a parada do monotrilho, e os outros dois, Norte e Sul, estão nos dois lados da Anhaia Mello. Após a conclusão das obras, serão entregues para operação da São Paulo Transportes (SPtrans) da Prefeitura.

Questionado pela FolhaVP sobre os prazos, o Metrô informou que a estimativa para a entrega dos três terminais está mantida para o final de 2017, bem como a passarela para pedestres sobre a Anhaia Mello. (Kátia Leite)

Projeto do Metrô divulgado anos atrás já previa a passarela interligada aos terminais de ônibus e a estação do monotrilho