O Governo do Estado admite a possibilidade de conceder à iniciativa privada a operação e possíveis extensões futuras da Linha 15-Prata do monotrilho. A proposta está sendo estudada pelo Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED), após manifestação de interesse de uma empresa através da plataforma digital de parcerias da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô. Como ainda está na fase inicial de estruturação do projeto, foi informado que não há previsão de quanto tempo pode levar a provável mudança de gestão e nem os termos da concessão.
Através da Secretaria de Comunicação, o Governo do Estado explicou que não se trata de privatização, quando um bem é vendido à iniciativa privada. A concessão, ainda em estudo, pode ter diferentes modalidades, algumas delas já adotadas em São Paulo, como as concessões das rodovias, da Linha 4-Amarela e da construção da Linha 6-Laranja, entre outras. Foi ressaltado que o poder público transfere à iniciativa privada a gestão do serviço e execução da obra e pode, inclusive, receber pagamentos do parceiro privado para investir em outro projeto.
O início das obras do monotrilho na avenida Anhaia Mello foi anunciado no final de 2009 pelo então governador José Serra (PSDB), em uma grande solenidade no São Lucas. Na ocasião, a promessa era que o primeiro trecho já entraria em funcionamento em 2010. No entanto, passados quase sete anos e muitos “novos prazos”, o Metrô conseguiu colocar em operação parcial apenas o trecho de menos de três quilômetros entre as estações Vila Prudente e Oratório. Elas ficam abertas ao público diariamente das 6 às 20h, enquanto a operação do metrô convencional é das 4h40 à 0h07 de domingo a sexta e das 4h40 à 1h aos sábados.
Embora negue erro de projeto, em dezembro de 2014, com as metas já atrasadas, o Metrô admitiu que, para construir as três próximas estações na avenida Anhaia Mello – São Lucas, Camilo Haddad e Vila Tolstoi – precisava desviar o Córrego da Mooca, complexa obra que se estendeu por mais de um ano. O novo prazo para entregar o monotrilho à população até São Mateus é no primeiro semestre de 2018.
A Linha 15 é a primeira de demanda elevada do Brasil no sistema de monotrilho. Os trens, com sete carros e capacidade para mil passageiros, operam de modo totalmente automático e trafegam a 15 metros de altura. O projeto previa 26,3 quilômetros de extensão, com 18 estações, ligando o Ipiranga à Cidade Tiradentes, no entanto, por falta de verba, o Governo do Estado congelou os trechos entre Vila Prudente e Ipiranga e São Mateus e Cidade Tiradentes.