Pais de alunos e moradores vizinhos da escola estadual Professor Andre Xavier Gallicho, na rua da Mooca, 4650, não conseguem entender o serviço realizado no muro da fachada da unidade. Segundo eles, a escola passou por reforma estrutural há cerca de dois anos, quando foram investidos cerca de R$ 1 milhão, mas o serviço na parte externa foi mal feito.
“Primeiro o muro da fachada foi pintado e depois colocaram azulejos por cima. Não entendi porque pintaram antes, acho um desperdício de verba. Além disso, o serviço ficou pela metade e foi mal executado, pois há trechos em que os azulejos já despencaram e em outras partes do muro, nem chegaram a colocar o material, ficaram sem acabamento. É visível que o trabalho ficou pela metade. Acabou a verba? A empresa responsável esqueceu de terminar?”, afirmou um vizinho da escola que se identificou como Marcos.
Quem também não entende o que foi feito é a mãe de um aluno matriculado no ensino médio. “Não sei o motivo de terem colocado azulejos na parede. Apenas uma pintura bem feita já deixaria a unidade com bom aspecto. Parece que sobrou material de alguma outra reforma e, para justificarem o excesso, resolveram usar na parede, mas a quantidade não era suficiente e fizeram pela metade. A imagem da fachada ficou bem feia”, declarou a mãe que preferiu não se identificar.
Questionada, a Secretaria da Educação do Estado informou que a escola passou por reforma e adaptação completa, pois foram investidos R$ 1 milhão para refazer as partes elétricas e de combate a incêndio, instalação de equipamentos de acessibilidade, além de reformulação do encanamento e reforma dos banheiros com instalação de pisos, azulejos e bacias novas. Foi ressaltado que na obra foi concluído o muro da unidade e, conforme projeto, foram assentados alguns azulejos com função estética. O órgão acrescentou que não houve perda na segurança ou funcionalidade do muro. Nada foi esclarecido sobre o suposto serviço pela metade e os azulejos despencando, nem sobre as providências que serão adotadas para melhorar a fachada.