Pais de alunos da escola municipal Marechal Mascarenhas de Moraes, na rua Augusto Lobo de Moura, no São Lucas, estão preocupados com a falta de sinalização viária nas proximidades da unidade e revoltados com a justificativa da Companhia de Engenharia de Tráfego para não resolver o problema. Após várias solicitações, o órgão de trânsito respondeu por ofício que não faria a revitalização da sinalização por causa das obras do monotrilho que acontecem na avenida Anhaia Mello.
Em novembro do ano passado a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) implantou cerca de 1,5 quilômetro de faixa exclusiva para ônibus no sentido Centro da avenida Álvaro Ramos, entre a rua Demétrio Ribeiro e a Radial Leste, na Água Rasa. A medida vale de segunda a sexta-feira das 6 às 20h e aos sábados das 6 às 14h. Com isso, das três pistas da via, apenas em uma é permitida a circulação de automóveis durante o período – já que na faixa sentido bairro funciona um antigo corredor exclusivo de ônibus. A situação prejudicou bastante o comércio local, pois os clientes não conseguem estacionar.
Dias após a forte chuva que castigou a Vila Prudente na semana passada, moradores ainda contabilizavam os prejuízos. Além de perdas materiais, existe o sentimento de indignação de pessoas que sofrem com as enchentes há anos. “É revoltante todo ano sofrermos com alagamentos em nossas casas”, declara a moradora da rua Limeira, Ana Veiga Jollo, 73 anos. Na chuva do último dia 25 a água invadiu a garagem de sua residência e danificou um veículo e uma geladeira. “Já perdi as contas de quantas vezes a enchente me causou prejuízo”. Ela conta que colocou o imóvel à venda há anos e não consegue concretizar o negócio. “Se um dia aparecer um comprador terei que vender pela metade do valor que minha residência valeria se não estivesse em área de alagamentos. Mas a vontade é sair logo daqui”, completa.
Não foi apenas a água que causou danos na região. Na Vila Diva, 20 residências, na junção das ruas Grecco e Maria Rosa, ficaram sem o fornecimento de energia por mais de 48 horas após a tempestade do último dia 25. Para piorar, antes de ficar “no escuro”, a energia dos imóveis oscilou para 220 volts, queimando diversos aparelhos eletrônicos, além de dezenas de lâmpadas.
Na noite do domingo, dia 1º, policiais militares encontraram dois cadáveres de homens enterrados em terreno baldio na rua Forte de São Bartolomeu, na Vila Prudente, divisa com São Caetano do Sul. Como os corpos estavam em decomposição e sem documentos, apenas o laudo da perícia poderá apontar a idade e auxiliar na elaboração de retratos digitais que possa ajudar na identificação. Também não foi possível definir a causa das mortes, mas as vítimas apresentavam sinais de agressão.
O prefeito Fernando Haddad (PT) reservou a manhã de ontem para visitar obras na Mooca e depois almoçou com lideranças e empresários da região. Apesar de estar acompanhado do secretário municipal de Cultura, Nabil Bonduki, não ocorreu o anúncio mais esperado – a data para a reabertura do teatro Arthur Azevedo, cujas obras enfrentam atraso de mais de um ano.
Usuários de transporte público e pedestres reclamam da água empoçada após as chuvas na altura do número 1000 da avenida Anhaia Mello, sentido bairro. O trecho fica do outro lado da estação Vila Prudente do metrô e justamente por isso, tem grande concentração de transeuntes. Eles contam que as sarjetas viram “rios” de água suja e que a enorme poça demora para escoar.