De acordo com o Metrô, o acidente ocorrido no dia 8 de março, quando dois trens da Linha 15-Prata se chocaram no trecho entre as estações Sapopemba e Jardim Planalto, foi provocado por um dos condutores que, com a composição em movimento, estava de costas e usando o celular.
Ele e mais duas pessoas foram responsabilizados e serão demitidos, segundo a Companhia: o condutor do outro trem envolvido e o funcionário que estava no centro de comando e monitorava a circulação no momento da batida. Lembrando que os trens do monotrilho podem operar sem maquinistas.
Por sorte, o caso aconteceu por volta das 4h30, antes do início da operação comercial, portanto sem passageiros. As composições estavam sendo posicionadas nos trilhos.
As explicações do Metrô foram prestadas durante reunião com o Ministério Público (MP) de São Paulo na última segunda-feira, dia 3, que contou também com o consórcio responsável pela construção da via usada pela Linha 15-Prata. A Companhia e o consórcio estão sendo cobrados sobre reparos e correções. Em perícia realizada em janeiro, o MP concluiu que há irregularidades nas vigas do monotrilho e, mesmo sem risco de que as peças se soltem, prejudica a durabilidade da segurança do local.
Os peritos afirmaram ainda que foi usada uma composição de materiais desaconselhada em reparos estruturais e que há necessidade de revisar os métodos empregados. É mais um capítulo na saga de problemas da Linha 15 e requer toda atenção dos órgãos responsáveis.