Depois de mais de seis anos inacessíveis ao público, as piscinas social e infantil do Clube Educacional e Esportivo (CEE) Arthur Friedenreich (ou Clube Escola Vila Alpina como é chamado pela Prefeitura) foram reabertas no final da semana passada. A unidade semiolímpica que também integrava o complexo aquático do CEE foi transformada em uma quadra.
As piscinas foram interditadas no início das obras de construção do CEU Vila Alpina, em janeiro de 2016, por questões de segurança, assim como outros equipamentos do clube municipal. A alegação na época é que haveria riscos aos usuários por causa dos pesados trabalhos no local. Porém, as piscinas enfrentaram grande período em situação de abandono e depois precisaram passar por reforma.
De acordo com a Secretaria Municipal de Esportes, os interessados em frequentar as piscinas devem se dirigir à administração do clube para obter informações detalhadas sobre a utilização do espaço. O CEE Arthur Friedenreich tem acesso pela avenida Jacinto Menezes Palhares, 148.
Outro balneário aberto na região é o do parque Ceret, no Tatuapé. Famoso por ter uma das maiores piscinas públicas de São Paulo, com 100 metros de comprimento e 50 de largura, possui ainda mais duas unidades infantis. O Ceret fica na rua Canuto de Abreu, s/nº.
Mooca
A grande decepção ficou por conta do Centro Esportivo Mooca. A Secretaria Municipal de Esportes se limitou a informar que as piscinas “entrarão em reforma” e a “previsão de reabertura se dará no próximo ano”. O espaço funcionava normalmente na temporada de 2019/2020, antes de ser interditado por causa da pandemia de Covid-19. Conta com duas piscinas e toboágua.
“É um absurdo a Prefeitura deixar para reformar agora, quando a população seria liberada para voltar às piscinas. Tremenda falta de planejamento e de respeito”, reclama Moacir Vilares que pretendia usar o balnerário com o filho. “E os funcionários ainda têm má vontade de explicar o motivo do fechamento”, completa.
Mães cujos filhos têm autismo e são atendidos no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Mooca também estão indignadas. O CAPS fica no mesmo complexo onde está o CEE. “A terapia na água faz um bem enorme às crianças e elas já ficaram privadas durante a pandemia. Insensibilidade enorme da Prefeitura deixar para reformar agora”, afirma uma mãe que pediu para não ser identificada.
A Folha cobrou duas vezes a Secretaria Municipal de Esportes nesta semana, mas não obteve as explicações. (Kátia Leite)
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