Por volta das 6h25 da última segunda-feira, dia 9, o enfermeiro Josinaldo Belarmino da Silva, de 55 anos, foi abordado por dois criminosos enquanto manobrava o carro na porta de sua casa, na rua Etiópia, na Mooca. Ele acabou atingido por um disparo no pescoço, chegou a ser encaminhado ao Hospital de Vila Alpina, mas não resistiu.
A rotina do enfermeiro era sair ainda mais cedo de casa para os plantões na UTI do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Caetano do Sul. Na segunda-feira estava de folga e aproveitou para dar uma carona para o irmão com quem residia. Imagens de câmeras de segurança mostram os suspeitos se aproximando, ambos vestem moletons com capuz. Na sequência dos fatos Josinaldo chega a descer do carro, é revistado e os criminosos também vasculham o porta-malas do veículo. Eles voltam para a porta do carro e ocorre o disparo. Os dois fogem sem levar o automóvel e um deles corre mancando. Familiares afirmam que o celular foi roubado. O caso foi registrado no 18º Distrito Policial – Mooca.
Um dos irmãos de Josinaldo ouvido pela Folha não acredita que ele reagiu ao assalto. “O carro é segurado e não é do perfil dele reagir. Acredito que ele se preocupou com a possibilidade de levarem junto o nosso irmão, que estava no banco traseiro e tem dificuldade de locomoção”, conta. Ele reside na mesma rua e acordou com os gritos desesperados do irmão que presenciou todo o crime. “Não sei como ele conseguiu descer do carro sozinho e estava gritando Josinaldo, Josinaldo… Está em choque ainda”, completa.
A família mora na Mooca desde o final da década de 80 e se sentia segura no bairro. “Meu irmão era muito querido, uma pessoa que atendia e ajudava todos que precisavam. E acabaram com a vida dele dessa forma”, lamenta. A família doou todos os órgãos de Josinaldo. Ele foi sepultado no Cemitério de Vila Alpina.
Crime na Mooca: enfermeiro é baleado na porta de casa