Após o Governo do Estado apresentar na última segunda-feira, o plano de imunização contra a Covid-19 para São Paulo; a Prefeitura afirmou que também está com o seu plano de vacinação estruturado para a capital. O planejamento segue a programação estadual, com início previsto para 25 de janeiro de 2021, caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) libere a utilização da vacina Coronavac, que será produzida em larga escala pelo Instituto Butantã (foto).
A Secretaria Municipal da Saúde informou que utilizará todas as 468 Unidades Básicas de Saúde (UBS) para a vacinação e disponibilizará ainda cerca de 150 postos satélites pela cidade, em locais estratégicos e com grande movimentação de pessoas como estações de metrô, terminais de ônibus, praças, entre outros, visando facilitar o acesso ao público-alvo da campanha. A vacinação será em duas doses, com intervalo de 21 dias entre uma e outra.
A partir da liberação da vacina pela Anvisa, o primeiro grupo a ser vacinado é o de profissionais da Saúde, juntamente com as populações indígena e quilombola. A primeira dose será aplicada a partir de 25 de janeiro e segunda dose, a partir de 15 de fevereiro.
Na sequência, serão imunizadas as pessoas maiores de 75 anos, a primeira dose será aplicada a partir de 8 de fevereiro e a segunda a partir de 1º de março. A vacinação será dividida por faixas etárias. O calendário da primeira fase será concluído com as pessoas com idades entre 60 e 64 anos (veja o quadro). Foi ressaltado que esses grupos foram escolhidos prioritariamente porque concentram 77% dos óbitos por Covid-19 no estado paulista. Ainda não foram divulgadas as próximas etapas de imunização.
A Prefeitura anunciou também que já realizou a compra de insumos (seringas e agulhas), bem como elaborou a logística de transporte refrigerado da vacina.
Segundo dados apresentados pelo Governo do Estado, estudos das fases 1 e 2 da Coronavac com mais de 50 mil voluntários demonstraram que 94,7% não tiveram evento adverso. E 99,7% dos eventos adversos observados foram de baixa gravidade, como dor no local da aplicação e dor de cabeça. Foi ressaltado que a vacina produz anticorpos contra o coronavírus em 97% dos casos.