O governador João Doria (PSDB) prorrogou a quarentena em todo o estado paulista até 28 de junho por causa da pandemia de Covid-19 que continua provocando internações nos hospitais paulistas e mortes. Porém, de acordo com as etapas definidas pelo Plano São Paulo de flexibilização de algumas atividades econômicas, a capital iniciou nesta semana a reabertura do comércio de rua, imobiliárias e shoppings centers. Cada setor tem normas sanitárias específicas a cumprir; deve funcionar em horário bastante reduzido, fora dos períodos de pico; e evitar aglomerações.
O Governo do Estado deixou claro que a flexibilização depende de critérios como a capacidade do Sistema de Saúde, taxa de ocupação de leitos, evolução da epidemia e número de casos e mortes, entre outros. O município pode avançar à etapa seguinte, como novos serviços retomados; ou retroceder à fase de alerta máximo, mais restritiva, como aconteceu nesta semana com grandes cidades do interior, como Ribeirão Preto, Barretos e Presidente Prudente.
Também ficou definido que, apesar da possibilidade de flexibilizar a quarentena, a decisão final cabe a Prefeitura de cada município. Na capital paulista, o prefeito Bruno Covas (PSDB) assinou nesta semana, em conjunto com entidades dos setores envolvidos, os protocolos que definem as regras de funcionamento parcial do comércio de rua, imobiliárias e shoppings centers:
Comércios de rua e imobiliárias
O comércio pode funcionar desde a quarta-feira, dia 10, das 11h às 15h. As imobiliárias também podem abrir quatro horas por dia, desde que o período (abertura e fechamento) não ocorra durante o horário de pico.
O termo para reabertura foi firmado com 27 entidades – 22 do comércio e cinco do setor imobiliário – que se comprometeram a adotar medidas de distanciamento social, higiene, sanitização de ambientes, orientação dos clientes e dos funcionários, compromisso para testagem de colaboradores e medição de temperatura dos clientes.
Também devem cumprir horários alternativos de funcionamento, redução do expediente, sistema de agendamento para atendimento, protocolo de fiscalização e monitoramento do próprio setor (autotutela) e, esquema de apoio para colaboradores que não tenham quem cuide de seus dependentes no período em que estiverem fechadas as creches, escolas e abrigos – especialmente as mulheres que são mães.
Shoppings centers
Hoje foi a vez dos shoppings reabrirem parcialmente – praças de alimentação continuam apenas para entrega ou delivery; e cinemas e outras atividades de lazer ou culturais seguem proibidos.
A Prefeitura assinou o termo de compromisso com cinco entidades representativas do comércio varejista de shoppings. Além de seguir regras rigorosas de higiene, inicialmente, os shoppings podem funcionar quatro horas por dia: entre 6h e 10h da manhã ou entre as 16h e 20h – este último está sendo o mais adotado entre os que estão anunciando a reabertura. A opção deverá ser seguida por todas as lojas estabelecidas no shopping.
Na assinatura do termo de compromisso, o prefeito Bruno Covas explicou que as lojas que estão dentro do shopping devem seguir o padrão de higiene e atendimento das lojas do comércio de rua.
Covas reforçou que São Paulo continua em quarentena e que o objetivo da Prefeitura com os protocolos é retomar a atividade econômica na cidade sem retroceder, sem piorar os índices de contaminação pelo novo coronavírus. “A expectativa é que a gente reabra com a segurança necessária para continuar a melhorar os índices na cidade”, disse o prefeito.