Forte chuva causa estragos na região

O temporal que caiu sobre a cidade na tarde ontem castigou novamente a região. Ruas e avenidas ficaram alagadas, imóveis foram invadidos pela água, moradores ficaram ilhados e motoristas presos nos congestionamentos. Ocorreram também muitas quedas de árvores e alguns bairros ficaram sem energia durante horas.

Os alagamentos começaram por volta das 17h30, bem no horário de pico, o que pegou de surpresa muitos motoristas e passageiros do transporte público. A avenida Anhaia Mello se transformou em um rio e uma volumosa aglomeração de pessoas tomou conta da saída da estação Vila Prudente de metrô. Carros também foram tomados pela água, assim como ruas das imediações. Há relatados de pessoas que “formou até onda” na avenida. Muitos motoristas tiveram que invadir o canteiro central e a ciclovia da Anhaia Mello para salvarem seus veículos.

A rua Limeira, na Vila Prudente, foi uma das vias que também foi fortemente atingida pela enchente. “A cena foi horrível. Mais uma vez vi a água envergando meu portão e invadindo com força a minha casa. Carros que estavam na rua ficaram boiando no alagamento. Fiquei até a madrugada tentando remover a lama que veio junto com a água. Todo ano é a mesma coisa e o poder público não faz nada que minimize esta situação”, comentou a aposentada Ana Jolo, que reside há mais de 30 anos na rua Limeira.

A forte chuva causou também a queda de muitas árvores. Segundo a Subprefeitura de Vila Prudente, a Defesa Civil local registrou até o final da noite de ontem 43 ocorrências relacionadas a quedas de árvores e de galhos na região.

Aglomeração na estação Vila Prudente de metrô

 

Veículos amontoados no canteiro central da Anhaia Mello
Rodízio suspenso por tempo indeterminado


O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou que a partir desta terça-feira, dia 17, o rodízio municipal de veículos está suspenso por tempo indeterminado. A intenção, segundo ele, é diminuir o fluxo de pessoas no transporte público da cidade durante o pico de proliferação do coronavírus.

“Não é a medida mais aconselhada do ponto de vista ambiental, mas estamos numa situação de emergência e precisamos diminuir o fluxo de passageiros nos trens, ônibus e metrôs da cidade, até o fim da expansão e do pico da doença, que pode durar até três meses”, avaliou o prefeito.

Bruno Covas também declarou que a São Paulo Transportes (SPTrans) vai orientar as empresas de transporte público da cidade sobre a necessidade de higienização de todos os ônibus com água sanitária, assim que chegarem ao ponto final da linha.

Mais medidas

A Prefeitura liberou desde ontem, dia 19, a circulação em período integral, por tempo indeterminado, dos veículos de carga das seguintes categorias:

– Transporte de produtos alimentares perecíveis.

– Caminhões do segmento de feiras livres.

– Transporte de materiais imunológicos, vacinas e kits de sorologia.

– Veículos Urbanos de Carga (VUCs).

Os veículos que já possuem autorização especial do Departamento de Operação do Sistema Viário (DSV) para realizar essas atividades podem circular livremente pela cidade. A medida, tomada em razão da pandemia do Covid-19, tem como garantir o abastecimento de mercadorias e os produtos na cidade de São Paulo.

Continuam valendo normalmente: Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e o rodízio de placas para os demais veículos pesados (caminhões); Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF); restrição de circulação de veículos de passeio em faixas e corredores exclusivos de ônibus; e a Zona Azul.

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