Uninove adia início das aulas mais uma vez


Assim como outras responsabilidades no país, o ensino no Campus Vila Prudente da Universidade Nove de Julho (Uninove) só começa depois do Carnaval. Após dois adiamentos anteriores, os estudantes receberam novo comunicado na sexta-feira, dia 22, suspendendo o início das aulas previsto para a última segunda-feira, dia 25. A expectativa dos universitários agora é que a Uninove consiga cumprir o novo prazo: 7 de março. Outro motivo de muita indignação é que a universidade não informa se haverá ressarcimento da mensalidade de fevereiro.

Conforme a Folha mostrou na semana passada, o início do semestre letivo estava previsto para 11 de fevereiro, foi transferido para o dia 18 e depois, para o dia 25 para veteranos e dia 27 para os calouros. Nenhum dos prazos foi cumprido.

O prédio no número 1.363 da avenida Anhaia Mello está sendo ampliado de seis para dez andares. No último comunicado de adiamento do início do “calendário acadêmico”, como se refere à universidade, consta que os alunos terão novas salas, laboratórios, biblioteca e quadra poliesportiva, entre outras melhorias. O comunicado ressalta que “não haverá prejuízo pedagógico, pois haverá reposição de aulas”. No entanto, não faz menção sobre o ressarcimento da mensalidade de fevereiro ou descontos nas posteriores.

Nos muitos e-mails e mensagens via redes sociais enviados por alunos à redação da Folha, também constam várias reclamações sobre a informação da Uninove de que o conteúdo de estudo está disponível no Ambiente Virtual Aprendizagem (AVA). “Pago pelo curso presencial e não pelo EAD (sistema de ensino à distância)”, esbraveja Raphael Savot. “Quando questionamos sobre o mês pago, respondem apenas que o contrato é semestral e não teremos prejuízos de aulas. Porém, em nenhum momento, tivemos acesso à reitoria ou à administração da instituição para discutir a questão”, completa. Os alunos fizeram um protesto na unidade no início da noite da segunda-feira.

Nesta semana, alguns alunos informaram que receberam aviso online de que será concedido um desconto, mas não sabem o valor e também não constava no sistema da universidade.

A Folha tentou novamente contato com a Uninove, através da assessoria de imprensa, mas a única resposta que recebeu foi que a “diretoria preferiu não se manifestar”. (Kátia Leite)

Policial reage a arrastão na Doutor Francisco Mesquita

Motoristas que trafegam pela avenida Dr. Francisco Mesquita, na Vila Prudente, continuam enfrentando situações de muita insegurança, apesar de o comando do 21º Batalhão de Polícia Militar garantir que reforçou o patrulhamento no trecho após ocorrência de grande repercussão em dezembro passado. Na manhã da última segunda-feira, dia 25, não ocorreu um novo arrastão na via porque um policial militar do 3º Batalhão de Choque passava pelo local quando notou quatro homens roubando os ocupantes de veículos travados no congestionamento próximo ao viaduto Grande São Paulo. Houve disparos de revólver e o quarteto conseguiu escapar. Apesar do susto, não há registro de feridos entre os motoristas e passageiros parados no trânsito. Parte da ação foi filmada por um desses motoristas e o vídeo está circulando pelas redes sociais.

De acordo com a ocorrência policial, registrada como tentativa de roubo e legítima defesa, equipe do 21º Batalhão foi acionada para averiguar disparos de arma de fogo, por volta das 8h na avenida Dr. Francisco Mesquita com a rua Pindamonhangaba. Chegando ao local, os policiais não encontraram a ocorrência e nem suspeitos pelos arredores. Posteriormente, houve a comunicação do Batalhão de Choque do envolvimento de um policial no caso.

O policial informou que conduzia a sua motocicleta Honda, sentido centro da avenida, e se deparou com os quatro homens realizando roubos nos veículos. Ainda segundo o relato do policial, quando o grupo começou a ir em sua direção, um deles com um revólver nas mãos, ele sacou a sua arma particular e fez cerca de seis disparos em direção ao quarteto. Ele não sabe se conseguiu atingir algum dos suspeitos. Os quatro homens fugiram pela rua Pindamonhangaba, em direção da rua Padre Faustino.

Até o fechamento desta matéria, a polícia não constatou a entrada de suspeito ferido com tiro nos hospitais da região. O caso foi registrado no 56º Distrito Policial – Vila Alpina e a arma do policial foi apreendida. Ele foi conduzido à Correcional de Polícia Judiciária Militar e Disciplina. (Kátia Leite)

Uninove atrasa início do ano letivo no campus Vila Prudente


Nesta reta final de fevereiro a preocupação dos alunos matriculados no Campus Vila Prudente da Universidade Nove de Julho (Uninove) deveria estar girando em torno dos primeiros trabalhos, pesquisas e avaliações. No entanto, de acordo com eles, o início das aulas já sofreu dois adiamentos e temem atrasos ainda maiores por causa das pesadas obras em curso no prédio localizado no número 1363 da avenida Anhaia Mello, que está sendo ampliado de seis para dez andares. Outra queixa é sobre a mensalidade de fevereiro que foi cobrada integralmente.

Universitários que recorreram à Folha na tentativa de obter mais esclarecimentos da Uninove relataram que o início do semestre letivo estava previsto para 11 de fevereiro, foi transferido para o dia 18 e agora, a expectativa é começar dia 25 para veteranos e dia 27 para os calouros.

“Estamos apreensivos se irão adiar de novo. Tem muita obra acontecendo ainda. Da última vez foi em cima da hora: avisaram na sexta-feira que as aulas não começariam na segunda. De qualquer forma, fevereiro está perdido e na sequência vem o Carnaval que serão mais dias parados”, destaca Guilherme Augusto, aluno do quinto semestre de Serviço Social. “A coordenação, reitoria e diretoria não ficam nessa unidade da Vila Prudente. Nunca conseguimos discutir o que é melhor para os estudantes”, reclama Augusto.

Quem também está preocupado é o calouro Nicolas Araújo, de 17 anos. “Estava superanimado para o início das aulas, para essa nova etapa da minha vida, mas agora estou ficando muito desanimado com a postura da universidade. Ainda não tenho emprego fixo, dependo do suporte da minha família e pagamos a mensalidade de fevereiro que não foi correspondida com aulas”, conta.  Outros universitários que procuraram o jornal estão reclamando que a mensalidade de março também está sendo fechada com o valor integral.

Os alunos veteranos expressaram ainda preocupação com a estrutura do prédio que já teve problemas de infiltrações que provocaram a paralisação das aulas, além de rachaduras nas paredes e vãos nas junções dos andares. Sobre estas questões, a Prefeitura afirmou à Folha que não constatou risco iminente nas vistorias realizadas (leia mais abaixo).
A reportagem questionou a assessoria de imprensa da Uninove que não informou até o fechamento desta matéria se o início das aulas está confirmado para a próxima semana e também não respondeu questões sobre o projeto de ampliação do campus Vila Prudente.

Obra de ampliação da universidade

A Subprefeitura de Vila Prudente informou que a documentação da Uninove referente à construção no Campus Vila Prudente está regular, com aprovação de alvará na Secretaria Municipal de Licenciamento. Foi esclarecido ainda que a obra está amparada legalmente com o Termo de Compensação Ambiental e visto do Corpo de Bombeiros para o espaço já construído e utilizado.

Sobre os problemas de infiltrações e rachaduras relatados pelos alunos nos andares já ocupados do prédio, foi esclarecido que a Defesa Civil vistoriou o local nessas ocasiões e não constatou risco iminente. De acordo com a Subprefeitura, “as rachaduras que preocupam os alunos referem-se à junta de dilatação do prédio, justamente na junção dos blocos, devido ao fato de ser uma construção em estrutura metálica, onde naturalmente há movimentação que pode causar fissuras no arremate”. Foi informado que a Uninove já está promovendo os fechamentos desses vãos para não causar mais preocupação aos estudantes.

Por fim, a Subprefeitura ressaltou que o Campus Vila Prudente da Uninove está sendo vistoriado e monitorado semanalmente pela Defesa Civil e por técnicos da Coordenadoria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano. A última inspeção ocorreu na segunda-feira, dia 18.

Início das aulas estava previsto para 11 de fevereiro e já sofreu dois adiamentos; prédio na Anhaia Mello passa por obra de ampliação. (Agência Folha)
Sala principal do Arthur Azevedo só reabre no segundo semestre

Conforme a Folha destacou com exclusividade no final do ano passado, o forro da sala principal de espetáculos do Teatro Municipal Arthur Azevedo, na Mooca, cedeu na madrugada de 1º de dezembro, após grande volume de chuva e fortes ventos na região. Desde então, o espaço está interditado e as atrações ficaram restritas a públicos menores no saguão e na sala multiuso.  A previsão é que o teatro volte a receber grandes espetáculos somente no segundo semestre. A Secretaria Municipal de Cultura informou que o valor orçado para a obra de reparo é de aproximadamente R$ 216 mil. O problema acontece pouco mais de três anos após o teatro ser reaberto. Entre 2011 e 2015 o Arthur Azevedo passou por ampla reforma que contemplou a troca total do telhado, segundo a Prefeitura garantiu na ocasião.

Inaugurado em 1952, o Teatro Arthur Azevedo foi fechado às pressas em setembro de 2011. O prédio apresentava graves falhas estruturais, como infiltrações que colocavam em risco os funcionários, público, atores e demais membros das companhias teatrais. Na época, espetáculos foram interrompidos antes do final por causa de goteiras no palco e na plateia.

A reforma começou em julho do ano seguinte e durante uma vistoria em setembro de 2013, o então secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, destacou as trocas de todo o telhado e da parte hidráulica do teatro.  O projeto foi idealizado por uma arquiteta da Secretaria Municipal de Cultura e a realizado pela construtora Engetal.

Durante as festividades de aniversário da Mooca em agosto de 2015, o Arthur Azevedo foi reaberto totalmente requalificado e com recursos mais modernos de cenotecnia para teatro e sistema de projeção, nova cabine de controle de som e luz, melhorias na acústica, ar-condicionado e poltronas mais confortáveis, entre outras melhorias. A obra estava orçada inicialmente em R$ 5,4 milhões e de acordo com o divulgado pela Prefeitura na reinauguração, o investimento final foi de R$ 7,8 milhões.

Nesta semana, a Secretaria Municipal de Cultura informou que o processo administrativo referente aos reparos no forro foi concluído no final de janeiro. Apesar de a Folha questionar, não foi esclarecido se ainda existe garantia da reforma realizada pela construtora. Conforme a reportagem apurou, a Secretaria está tentando que a empresa arque com parte do conserto. (Kátia Leite)

Rua “sem inauguração” gera transtornos à vizinhança


Para a ligação da via elevada da Linha 15-Prata do monotrilho com o pátio Oratório, onde ficam os trens, foi reintegrada uma área pública que por muito tempo ficou invadida por um comércio no Jardim Independência. Com os términos das obras no pátio, o espaço que sobrou ao lado dos pilares de sustentação dos trilhos foi transformado em uma nova rua que ligará a avenida Secundino até a avenida Anhaia Mello, beneficiando moradores e motoristas da região. Porém, meses estão se passando e apesar de aparentemente concluída, a via continua interditada.

O problema foi apontado pela Folha em dezembro. Na época, a rua estava se transformando em ponto de despejo clandestino de lixo e entulho. Outra reclamação era a iluminação precária no trecho. O Metrô, responsável pela construção da rua, informou que estava em tratativas com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para definir os elementos de segurança necessários para abertura ao trânsito. Enquanto isso, reforçou o bloqueio da via com malotões de concreto para impedir a entrada de carroceiros e caçambeiros.

Porém, as barreiras não impedem o acesso a pé e a via serve agora como ponto de venda e uso de entorpecentes. A Folha recebeu fotos de grupos de usuários no local durante o dia e a noite. “Tudo acontece como se fosse uma feira livre de drogas”, comenta Tiago Hauk, que mora nas imediações. “A rua já está há tempos com a pintura das faixas e sinalizações de trânsito. O que falta para permitir a passagem de veículos? Com a liberação do trânsito, acredito que vai inibir um pouco essas pessoas”, completa.
Cobrado novamente pela Folha, o Metrô respondeu que, em entendimento com a Prefeitura, vai concluir até o fim deste mês a implantação do sistema de iluminação da avenida Secundino. Afirmou ainda que haverá nova limpeza no local, a cargo da Subprefeitura de Vila Prudente, e consequentemente a liberação da via para a CET.

O 21º Batalhão de Polícia Militar informou que o comando está ciente de que a via está com grande fluxo e permanência de usuários, além de servir de abrigo para moradores de rua. Foi ressaltado que o policiamento no local é frequente, mas também fica limitado pela interdição da rua. Mesmo assim, o patrulhamento será intensificado. O Batalhão também se comprometeu a reforçar com os órgãos responsáveis a necessidade de liberação da via, além de pedir o auxílio de equipes de saúde pública para atuar com as pessoas presentes no local. (Kátia Leite)

PM confirmou que está ciente da presença assídua de usuários de drogas no local, mas o patrulhamento também fica prejudicado pela interdição da rua.
Sem tetos voltam para o prédio de antiga padaria


No início deste ano, uma ampla ação da Prefeitura que envolveu vários órgãos, com amparo da Justiça, retirou as últimas famílias que ainda ocupavam o deteriorado imóvel da antiga padaria Amália, entre as avenidas Vila Ema e Salim Farah Maluf. O prédio estava invadido desde maio de 2016.

Após a remoção das pessoas, todos os acessos foram emparedados para evitar novas invasões e a Prefeitura enfatizou que a responsabilidade pela segurança do imóvel ficou a cargo do proprietário. No entanto, poucos dias depois da desocupação, as barreiras nos acessos começaram a ser destruídas.  A Folha comunicou a Prefeitura, por e-mail, há três semanas. Mas, de acordo com informações colhidas pela reportagem, cerca de 15 famílias já estão no local.

Vizinhos contam que a ocupação tem ocorrido gradativamente, principalmente à noite a aos finais de semana. “Percebemos que estão entrando novamente no imóvel de forma bem cautelosa para não chamarem tanta atenção, mas já vimos caminhões de mudança descarregando móveis e mães com crianças. A cada dia uma porta emparedada amanhece destruída e protegida por um tapume, o que maquia o arrombamento”, contou uma vizinha do local que não quer divulgar o nome.

Na época da remoção a Secretaria Municipal de Habitação informou que chegou a cadastrar 150 famílias que viviam no prédio e os responsáveis passaram a receber auxílio aluguel no valor de R$ 400 mensais. A vizinhança acredita que algumas pessoas que saíram do imóvel estão entre os ocupantes novamente. “A Prefeitura investiu tempo, equipes e dinheiro na ação, mas o local não foi monitorado após a desocupação. Pessoas que foram retiradas voltaram a morar no imóvel e, possivelmente, ainda estão recebendo o auxílio aluguel”, denuncia outro vizinho.

A Prefeitura salientou que o prédio é particular e o proprietário solicitou, junto à Justiça, a reintegração de posse no ano passado. Foi ressaltado que o município manteve tratativas para uma desocupação voluntária e pacífica das famílias, pois o edifício apresenta condições precárias de moradia e risco à vida. A administração municipal informou também que as pessoas que receberam auxílio-aluguel e voltaram a ocupar o imóvel perderão o benefício, mas não especificou se já fez essa averiguação. A Prefeitura acrescentou ainda que o proprietário será comunicado para que providencie segurança ao imóvel e evite novas ocupações.

A Folha tem procurado, através da Justiça, órgãos municipais e Cartórios, algum contato do proprietário do imóvel para questionar as novas ações que serão tomadas.

Polícia Militar

Desde a semana passada a Folha tem indagado o 21º Batalhão de Polícia Militar sobre as providências que podem ser tomadas quando os moradores do entorno flagram a ocupação, mas, de novo, não houve resposta até o fechamento desta edição.

Vizinhos do prédio afirmam que no último domingo, dia 10, por volta das 17h, acionaram a Polícia Militar através do 190 ao perceberem a movimentação de entrada no imóvel.

Novo subprefeito vistoria ramal ferroviário na Henry Ford


O ritual se repete há mais de duas décadas. A cada novo subprefeito na região, a Folha destaca a importância de promover a ligação das avenidas Henry Ford e Anhaia Mello, com o objetivo de desafogar o trânsito nas ruas Capitão Pacheco e Chaves e Dianópolis, em Vila Prudente. O trecho é interditado por um ramal ferroviário que, com o passar dos anos, foi perdendo a importância e atualmente recebe uma ou duas composições por dia, permanecendo ocioso por várias horas. Na manhã desta segunda-feira, dia 11, foi a vez do novo subprefeito de Vila Prudente, José Antonio Varela Queija, conhecer essa história in loco.

Acompanhado de sua equipe, Queija constatou o bloqueio entre a Henry Ford e a Anhaia Mello e a precária situação do trecho: o ramal está entre um matagal, que acumula lixo, entulho e animais mortos. Durante a visita do subprefeito, era possível avistar moradores da comunidade vizinha caminhando ou sentados nos trilhos. Também esteve presente o novo gerente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) responsável pela área Sudeste, Alexo Leopoldo Menezes, e auxiliares técnicos. A visita contou ainda com a participação da vereadora Edir Sales (PSD).

A favor de Queija para finalmente resolver o impasse de anos, está o fato de a CET ter o projeto de ligação das duas vias aprovado. “A medida também interessa bastante à CET. Falta somente acertar os detalhes da implantação da passagem com a operadora da linha férrea. É justamente essa conversação que depende do subprefeito”, ressaltou Menezes.

A equipe da CET ressaltou que não haverá necessidade de desapropriações para fazer a ligação – o que poderia criar resistências e encarecer o projeto. Outra novidade é que será mantido o duplo sentido de direção na Henry Ford, de forma que a ligação possa favorecer também o motorista que trafega pela Anhaia Mello e deseja acessar a avenida. Inicialmente a proposta previa apenas o inverso: facilitar o acesso da Henry Ford para a alça da Anhaia Mello sob o viaduto Grande São Paulo.

O subprefeito concluiu que o caso está bem encaminhado, com enorme chance de solução, e se prontificou a agilizar a reunião com os responsáveis pelo ramal. (Kátia Leite)

Trilhos entre matagal e muito entulho recebe recebe uma ou duas composições por dia, permanecendo ocioso por várias horas. (Agência Folha)
Novo subprefeito de Vila Prudente, José Antonio Varela Queija, conheceu o local e acredita que existe grande chance de solução. (Agência Folha)
Muito alarde, poucos boletins de ocorrências

Na semana passada, uma postagem no Facebook sobre assaltos ocorridos no cruzamento da avenida Anhaia Mello com a rua Ibitirama, na Vila Prudente, viralizou entre os moradores da região. Um internauta denunciava que presenciou no último dia 29, por volta das 13h, três homens abordando motoristas na Anhaia Mello enquanto o semáforo estava fechado. O denunciante citava ainda que outro caso aconteceu no mesmo dia no final da tarde. A postagem alarmou a comunidade que passou a compartilhar fazendo recomendações de alerta, criticando o policiamento e cobrando mais segurança no trecho.

A reportagem da Folha esteve no 56º Distrito Policial – Vila Alpina com o objetivo de apurar quantos casos de roubos e furtos ocorreram no trecho em questão nos últimos dias. Porém, nenhum boletim de ocorrência tinha sido registrado até a quarta-feira, dia 6. “Desconhecemos a denúncia porque não há registro. Para a polícia poder apurar e reforçar policiamento é necessário que os boletins sejam realizados. Formalizar a ocorrência na delegacia é muito mais eficaz do que fazer postagens na internet”, advertiu a equipe que fez o levantamento.  Foi explicado ainda que, mesmo que a vítima estivesse de passagem pela Anhaia Mello e tenha registrado o boletim em outra delegacia ou até mesmo pelo sistema eletrônico da Polícia Civil, o documento é enviado ao 56º DP para investigação.

Outro caso

Também repercutiu na internet o roubo ocorrido no último dia 28, por volta das 7h da manhã, na altura do número 1040 da rua José dos Reis, na Vila Prudente. A ação foi filmada por câmeras de segurança existentes no trecho e as imagens, que foram bastante compartilhadas nas redes sociais, mostram vários homens armados abordando, de forma violenta, uma motorista, que tenta fugir de marcha ré, mas colide com o veículo que vinha atrás. Mesmo com o acidente, enquanto alguns criminosos bloqueiam o trânsito ameaçando condutores que tentam passar pelo trecho, os outros roubam os pertences de dentro do carro da vítima. O bando conseguiu fugir e ninguém foi localizado. Nesse caso, segundo policiais do 56º DP, a ocorrência foi registrada e as imagens estão sendo analisadas na tentativa de identificarem os criminosos.

O 21º Batalhão de Polícia Militar ressaltou que “a sensação de insegurança que a comunidade está sentindo não reflete os indicadores criminais que estão sendo apurados”. De acordo com a nota enviada à redação,  “ocorreram alguns casos onde foram tomadas as providências imediatas para a resolução e para a prevenção de novos crimes, porém sabemos que há casos de subnotificação somente sendo relatados em redes sociais, o que prejudica o planejamento para o policiamento de forma adequada”. A Polícia Militar convida a comunidade a participar das reuniões do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da região. A próxima está marcada para segunda-feira, dia 11, às 19h30, no salão do Círculo de Trabalhadores de Vila Prudente, rua José Zappi, 120.

 

Laudo aponta falha humana na colisão de trens da Linha 15


O Metrô informou nesta terça-feira, 5, que o laudo da comissão de segurança concluiu que houve falha humana no acidente ocorrido no último dia 29, envolvendo a colisão de dois trens da Linha 15-Prata do monotrilho na estação Jardim Planalto. De acordo a Companhia, a ação de um operador tornou o trem M22, que estava estacionado na plataforma da estação, invisível ao sistema de comunicação e sinalização (CBTC), causando o choque com a composição M23 que fazia uma manobra.

Os trens do monotrilho não operam com maquinistas e os vagões estavam vazios no momento da colisão porque a estação Jardim Planalto ainda não foi inaugurada.

O Metrô ressaltou que “todos procedimentos de atuação do quadro operativo da Linha 15, principalmente aqueles que envolvem segurança, passarão por uma revisão rigorosa, com o objetivo de mitigar novas ocorrências”. 

Atualmente a Linha 15 opera com seis estações entre Vila Prudente e Vila União. De acordo com o Metrô, 45 mil passageiros são transportados nos dias úteis. A estação Jardim Planalto é a próxima parada após a estação Vila União e deveria ter sido inaugurada em abril do ano passado. Depois a abertura foi prorrogada para junho de 2018 e a informação agora é que deve entrar em operação “até o final deste ano” junto com as estações Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus.

O Metrô informou que rescindiu os contratos com a empresa Azevedo & Travassos por causa de sucessivos atrasos no cronograma de obras e atualmente faz licitação para escolher nova empresa para concluir os trabalhos na Linha 15. (Kátia Leite)

Prefeitura não dá conta de tapar buracos na região

Em resposta aos questionamentos da Folha, a Prefeitura afirmou que entre janeiro e dezembro do ano passado foram tapados 4.437 buracos na região da Subprefeitura de Vila Prudente e outros 2.017 na área da Subprefeitura Mooca. Embora os números pareçam consideráveis, a média diária do serviço fica aquém do necessário. Conforme os dados divulgados, na Vila Prudente, que compreende área de 19,80 km² de extensão, foram reparados 12,3 buracos por dia e na Mooca, que possui área de 35,92 km², foram consertados apenas 5,6. A escassez do serviço resulta na esburacada situação de muitas vias da região.

Na avenida Cassandoca, na Mooca, importante acesso à Radial Leste, motoristas são surpreendidos com buracos em diferentes trechos há meses. Nas proximidades do cruzamento com a rua Tobias Barreto a reportagem contabilizou quatro crateras. “Todos os dias atendemos clientes que caíram em um destes buracos, durante à noite principalmente. Um colega já viu um motoqueiro perder o controle e cair. Por sorte não se feriu gravemente”, contou o frentista de um posto de combustíveis localizado no trecho, Josualdo de Assis.

Na rua dos Trilhos, também uma das principais vias do bairro, há um perigoso buraco na altura do número 1397. Comerciantes locais contam que já cansaram de registrarem reclamações na Prefeitura e o problema não é resolvido. “Posso afirmar que essa cratera está aberta há cerca de seis meses. Eu já registrei duas queixas no 156 e sei que o meu vizinho também, mas ainda não fizeram nada. Está perigoso. Quando percebem, os motoristas freiam ou desviam bruscamente, o que pode causar acidentes”, relatou o comerciante José de Almeida Soares.

Ainda na Mooca, na rua Fernando Falcão, esquina com a rua Lituânia, os motoristas também estão sendo surpreendidos com um grande buraco.
A situação é a mesma na área da Subprefeitura de Vila Prudente. Em dezembro do ano passado a Folha fez matéria apontando vários buracos no caminho dos motoristas e a diferença de lá para cá é que aumentaram de tamanho, já que a Prefeitura não se preocupou em tapar. Um dos exemplos, é na rua Serra do Pereiro, no Jardim Independência, bem próxima da sede da Subprefeitura, onde cratera na altura do número 132 continua atrapalhando a circulação dos veículos.

Na rua Salvador Mastropietro, na Vila Prudente, que já foi alvo de matéria recente, vários buracos continuam espalhados pela via, apesar de uma ação de tapa-buraco ter ocorrido recentemente.

A Secretaria Municipal das Subprefeituras informou que a Mooca e a Vila Prudente trabalharam em 2018, em média, com uma equipe de 10 pessoas em cada regional, utilizando cerca de 250 toneladas de massa asfáltica mensalmente. Foi ressaltado que para este ano as duas subprefeituras dobrarão o número de equipes e utilizarão cerca de 400 toneladas de massa asfáltica por mês. (Gerson Rodrigues)