Fechado há cerca de dois anos, quando uma escola particular que funcionava no local foi despejada por falta de pagamento de aluguel, o grande prédio na esquina da rua Carlos Muller com a Dona Genoveva D’Ascoli, em Vila Prudente, está preocupando a vizinhança. O portão de um dos acessos foi destruído e, com isso, o imóvel passou a acumular entulho, sujeira e abrigar moradores em situação de rua. Há relatos de que já ocorreram até princípios de incêndio no local.
“É lamentável a situação deste prédio. Tem valor histórico para o bairro porque foi nele que funcionou durante muitos anos o Colégio José de Anchieta, onde muitos vilaprudentinos estudaram”, comenta o morador da rua Carlos Muller, Antonio de Assis. “A quantidade de ratos e mosquitos tem aumentado na redondeza e tenho certeza que é por causa da condição do imóvel”, completa.
Quem também está indignada com a situação é a moradora da região, Eliza Cristina Zuntini. “Uma das entradas, na rua Dona Genoveva D’Ascoli, já foi alvo de um incêndio. Este espaço está ocupado por moradores de rua. Além do mau cheiro e a presença de bichos, outros acidentes podem ocorrer. Os proprietários do prédio precisam ser acionados para tomarem providências”, reclama.
Procurada pela Folha, a Prefeitura Regional Vila Prudente informou que para o imóvel em questão consta ação fiscal e o proprietário foi intimado a colocar o prédio em condições de estabilidade e segurança sob pena de multas.
Sobre os moradores em situação de rua, a Folha encaminhou o caso para a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e o órgão afirmou que o prédio é particular, portanto não é permitida a entrada da equipe do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS). Foi ressaltado que na região há um Centro de Acolhida Especial (CAE) para famílias com capacidade de atendimento para 100 pessoas e, caso falte vagas, há o redirecionamento para outros serviços da rede socioassistencial.