Hospital estadual de Vila Alpina completa 15 anos

Foram anos de batalha para convencer o governo a implantar um grande hospital público na região e outros vários anos para conseguir retomar as obras que foram paralisadas após o início da construção. À frente desta luta estava uma das lideranças da Vila Ema, Henrique Altimeyer, que acabou falecendo antes de ver o hospital funcionando. Em sua homenagem, o Hospital Estadual de Vila Alpina ganhou o seu nome na ocasião da inauguração em 2001. A família Altimeyer também foi convidada para a cerimônia na manhã do último dia 9, que comemorou os 15 anos de atividades do hospital.

O filho mais velho de Henrique, Erich Altimeyer (no meio da foto), ganhou uma placa da direção do hospital e fez questão de lembrar de outro grande companheiro do pai na luta pela unidade, Avelino Toffano, falecido no último dia 20 de novembro no próprio hospital de Vila Alpina.

A cerimônia festiva também contou com a presença do engenheiro Sergio Porto (esquerda da foto), presidente do Seconci-SP (Serviço Social de Construção), entidade que participou do processo de planejamento e implantação do Hospital de Vila Alpina e administra a unidade desde a inauguração. A superintendente do hospital, a médica Maria Fernanda Lopes (direita da foto), destacou a história da unidade e o nível de excelência atingido nestes últimos 15 anos.

O evento teve ainda com a presença da vereadora Edir Sales (PSD), de várias autoridades e lideranças locais e a apresentação do coral lituano da Paróquia São José de Vila Zelina. Uma curiosidade foi a presença do primeiro bebê nascido na maternidade, em 6 de março de 2002, Carlos Eduardo Fortunato Francisco, que estava acompanhando da mãe, Gislene da Silva, que há quatro anos é funcionária do Hospital de Vila Alpina.

Números
De janeiro de 2014 a setembro de 2016 o Hospital Estadual de Vila Alpina “Henrique Altimeyer” realizou 59.333 consultas ambulatoriais e 486.128 atendimentos de urgência/emergência. Foram feitos 2.136.285 exames, 6.614 partos e 19.328 cirurgias.

Calçada de UBS continua intransitável

Construído em espaço anexo à Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Prudente, na praça do Centenário, o Hospital Dia da Rede Hora Certa está em funcionamento desde agosto. Para a implantação do equipamento municipal, o prédio da UBS foi ampliado e totalmente reformado, no entanto, um problema antigo e alvo de muitas queixas da comunidade não foi incluído nas obras. A estreita calçada na esquina com a rua Itamumbuca segue sem perspectivas de melhora.

Em abril do ano passado, ao vistoriar os trabalhos de construção do hospital, o prefeito Fernando Haddad viu o problema e cobrou providências da Secretaria Municipal de Saúde e da Subprefeitura de Vila Prudente. Mas, passado mais de um ano e meio da ordem do prefeito, nenhuma obra foi iniciada para readequar a calçada e os pedestres são obrigados a andar pelo meio da rua, se arriscando entre carros e ônibus.

Em abril deste ano, ao ser questionada pela Folha, a Secretaria Municipal de Saúde informou que foi realizada avaliação técnica no local e um projeto de adequação, com a respectiva proposta orçamentária, foi encaminhado à empresa responsável pela manutenção predial dos equipamentos públicos da região de Vila Prudente. Na época foi ressaltado que a pasta aguardava a liberação de recurso financeiro para a execução da obra. A Folha voltou a questionar o órgão nesta semana, o qual se limitou a afirmar que ainda aguarda a liberação de recurso financeiro.

Avenida Oratório segue esburacada

Em 2010 foram iniciadas as obras do Pátio Oratório da Linha 15 – Prata do monotrilho, na altura do número 1000 da avenida do Oratório, no Jardim Independência. Desde então o asfalto da via nunca mais foi o mesmo. Segundo comerciantes e moradores da redondeza, a intensa movimentação de pesados caminhões que entravam e saiam do terreno do pátio provocou os problemas no pavimento, que está repleto de ondulações, desníveis, rachaduras e buracos.

“O meu comércio funciona há mais de 30 em frente ao antigo terreno da Linhas Corrente, que agora abriga o pátio do monotrilho. Não me lembro de ter visto o asfalto tão ruim como agora. Para improvisar foram realizados alguns tapa-buracos, mas o serviço acabou piorando a situação. A via ficou repleta de ondulações. Precisa de recapeamento completo”, afirma o comerciante Silvério Ruiz.

Além dos buracos e ondulações, o trecho também já teve muita terra oriunda da obra e que tomava conta da via. “Sofremos bastante durante o período de obras. A terra e a poeira invadiam as casas e os estabelecimentos. Agora o asfalto está ruim. O mínimo que deveria acontecer era algum tipo de compensação, o recape da avenida”, comenta Carla Danov, moradora da rua Elísio Medrado, que fica quase em frente ao portão principal do pátio.

A Subprefeitura de Vila Prudente informou que o trecho tem que ser recapeado pela Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, por conta das obras do monotrilho. Foi ressaltado que a Companhia está ciente e as providências já foram solicitadas.

Nesta semana, o Metrô esclareceu que as obras de recuperação do pavimento da avenida, entre as ruas Santana do Araguaia e a confluência com a avenida Secundino, no entorno do pátio, serão realizados apenas entre os meses de março e setembro do ano que vem, assim como os serviços de recomposição da sinalização horizontal, drenagem e outras melhorias.