Morador da Mooca conduz tocha paralímpica

As Paralimpíadas do Rio de Janeiro começaram na última quarta-feira, dia 7, mas, antes do início da competição, a tocha paralímpica passou por São Paulo no domingo, dia 4, em um revezamento que contou com importantes nomes do paradesporte nacional, como o educador físico e morador da Mooca, José Amaury Russo, que desde 2013 é o presidente da Federação Internacional de Desportos para Deficientes Intelectuais (INAS).
Russo foi um dos condutores da chama na pista de atletismo do Centro Paralímpico Brasileiro, inaugurado neste ano na Rodovia dos Imigrantes, zona sul de São Paulo. “O incrível momento vivenciado no domingo foi a recompensa por mais de 30 anos dedicados ao paradesporto no Brasil e no mundo. Nos 200 metros conduzindo a tocha várias imagens vieram à minha mente. Lembrei-me das aulas de educação física, como estagiário na APAE, da primeira Olimpíada Especial que organizei, a paixão pelos alunos e atletas com deficiência intelectual e da responsabilidade em presidir a INAS, que representa mais de 130 mil atletas espalhados pelo mundo, nos cinco continentes”, declarou.
Solidariedança
Ainda no domingo, durante a cerimônia do revezamento da tocha pela cidade, a Associação Solidariedança de Arte e Cultura, com sede no São Lucas, fez apresentação em solenidade no Parque de Ibirapuera. A participação da entidade aconteceu com a dança em cadeiras de roda. Cerca de 25 bailarinos cadeirantes e seus parceiros andantes emocionaram o público com suas coreografias.

 

Cruzamento sem sinalização

Bastante movimentado, o cruzamento das ruas Pitinga e Baunilhas, na Vila Bela, está cada vez mais perigoso, segundo a vizinhança e moradores que passam pelo trecho. Por causa da ausência de sinalização de trânsito, vários acidentes têm ocorrido no local.
Um dos maiores problemas apontados por quem utiliza o cruzamento é a ausência da faixa de travessia. “A sinalização apagou e nunca teve manutenção por parte da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O fluxo de veículos aumentou e, com isso, o rico de acidentes também”, conta o morador da rua Baunilhas, João Carlos Gurtovoi.
Outro problema é a falta de sinalização de solo. Não existe a indicação PARE pintada no solo e a única placa no trecho está encoberta por galhos de uma árvore. “As autoridades de trânsito deveriam dar atenção especial ao local para evitar mais danos, inclusive físicos”, acrescentou Gustovoi.
Questionada pela Folha, a CET informou que o Departamento de Sinalização vistoriou o local e constatou a necessidade de revitalização da sinalização vertical implantada no trecho. Foi ressaltado que o trabalho será executado o mais rápido possível. O órgão acrescentou ainda que também será observada a possibilidade de elaboração de projeto contemplando a instalação de outros equipamentos de segurança viária e que estudos técnicos estão sendo realizado no local. Por fim, a CET salientou que a Subprefeitura de Vila Prudente será comunicada a respeito da poda de galhos de árvores que estão atrapalhando a visualização das placas de advertência PARE e de logradouro, respectivamente.

 

Reunião discute preservação e ampliação do verde

A necessidade da região de ampliar o total de metros quadrados de área verde por habitantes, que consta entre os índices mais baixos da cidade, foi alvo de reunião na tarde da última terça-feira, dia 6, no gabinete da Secretaria de Governo, no prédio da Prefeitura. Na ocasião, foram apresentados ao secretário adjunto Weber Sutti os históricos dos terrenos na avenida Vila Ema esquina com a rua Batuns e na avenida Oratório, no Jardim Independência, onde funcionou a fábrica da Linhas Corrente. Também foi discutida a possibilidade de ampliar o Parque Professora Lydia Natalizio Diogo, o popular Parque de Vila Prudente.
Além do secretário adjunto de Governo, também participaram a secretária adjunta do Verde e Meio Ambiente, Raquel Lima; a vereadora Juliana Cardoso (PT); o ex-deputado estadual Adriano Diogo; o chefe de gabinete do Serviço Funerário do Município, Fulvio Giannella Jr., e o chefe de gabinete da Subprefeitura de Vila Prudente, André Kuchar; além de técnicos e assessores das secretarias de Licenciamento e Cultura e o presidente da Folha, Newton Zadra.
A primeira discussão foi sobre o terreno de 16.804 m² entre a avenida Vila Ema e as ruas Batuns, Manoel Vieira Pinto e Travessa São Frederico que abriga expressiva vegetação com mais de 470 espécies, algumas delas remanescentes da Mata Atlântica. O espaço pertence à Oregan Investimentos Imobiliários, empresa do grupo Tecnisa, e está projetado para receber um empreendimento imobiliário, mas há cerca de seis anos o Movimento Parque Vila Ema vem buscando maneiras legais de preservá-lo definitivamente.
Durante a reunião foi anunciado que o projeto apresentado pela construtora está em vias de ser indeferido na Secretaria de Licenciamento. Um dos motivos é justamente a importância ambiental do terreno – definido como Zona Especial de Proteção Ambiental (Zepam) no Plano Diretor Estratégico e incluído no novo mapa do Plano Municipal de Mata Atlântica (PMMA) anunciado pela Prefeitura no último dia 30 de junho. Outra justificativa foi que as ruas do entorno não comportam o empreendimento residencial proposto. Após o indeferimento, caberá recurso à empresa proprietária.
Ainda sobre o terreno da avenida Vila Ema, o secretário adjunto de Governo se comprometeu a fazer um novo Decreto de Utilidade Pública (DUP) no próximo mês. Antes disso, caberá à Secretaria do Verde e Meio Ambiente realizar os trâmites necessários.
Na sequência foi abordada a área remanescente da antiga Linhas Corrente, que também se tornou Zepam. No passado, o terreno somou 180 mil m², mas 100 mil m² foram desapropriados pela Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô para construção do pátio Oratório da Linha 15 – Prata do monotrilho. A área restante está totalmente arborizada e contava inclusive com um lago, que atualmente está seco. Na reunião, Adriano Diogo reforçou que a empresa proprietária, o Grupo Zaffari, está interessada em permutar a área transferindo o potencial construtivo para outro empreendimento na cidade. O secretário Weber Sutti se comprometeu a estudar o caso.
Por fim, foi apresentado oficialmente aos representantes das secretarias de Governo e do Verde e Meio Ambiente a proposta de ampliar o Parque de Vila Prudente utilizando parte do terreno do Crematório de Vila Alpina. O Serviço Funerário já se mostrou disposto a fazer a cessão da área. Também foi discutida a situação atual do CDC Parque Ecológico que no passado invadiu um trecho do terreno destinado ao Parque de Vila Prudente. A intenção da Prefeitura é retomar o espaço.
Sobre a união das áreas do parque e do crematório, o secretário adjunto de Governo ressaltou que embora seja uma alternativa bastante viável, demanda verba e obras para cercar o espaço que ficará restrito ao equipamento funerário e de mudança de viário, já que o projeto prevê a alteração da entrada do crematório para onde atualmente funciona a saída. Ele irá avaliar os custos. O presidente da Folha aproveitou para manifestar à secretária adjunta do Verde e Meio Ambiente o descontentamento do Conselho Gestor e de usuários do parque com a equipe de manutenção e limpeza da área verde, que sofreu corte drástico de funcionários. Muitos defendem que antes de aumentar a área do parque, seja restabelecido o quadro de trabalhadores.