Prefeitura não se entende para resolver infestação de taturana

A aposentada Elvira Faissola, de 91 anos, mora desde 1953 na rua Orfanato, em uma pequena vila de casas em frente à praça Ana Maria, na Vila Prudente. De acordo com ela, há alguns meses as árvores da praça Ana Maria estão infestadas de taturanas que acabam entrando nas residências. Apesar das solicitações de providências registradas na Prefeitura, o problema segue sem solução. Para piorar, há  mais de 15 dias a Folha tenta auxiliar a moradora e a reportagem é “empurrada” de uma secretaria para outra da Prefeitura.

“Todos os dias encontro taturanas nos cômodos da minha casa. Até no sofá já peguei algumas. Procuro a Prefeitura, peço uma dedetização na praça e nada é feito”, declarou Elvira.

A demora para providências pode ser explicada justamente pelo desentendimento entre os órgãos públicos. Após receber a denúncia no final do mês passado, a Folha entrou em contato com a Prefeitura Regional Mooca, a qual informou que o caso deveria ser transmitido ao Controle de Zoonoses, sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde. A reportagem questionou o órgão que no último dia 31 informou que a demanda deveria ser encaminhada para a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. Mas, nesta semana, esclareceu ao jornal que o problema deve ser solucionado mesmo pela Secretaria de Saúde, por meio da Zoonozes, pois as taturanas fazem parte do grupo de animais sinantrópicos, tratados pelo órgão.

A Folha voltou a questionar a Secretaria Municipal de Saúde, mas não obteve um posicionamento até o fechamento desta matéria. (Gerson Rodrigues)