Somente quem mora ou trabalha em locais de alagamentos conhece os transtornos que a chuva pode causar. Na verdade, para muitos moradores, o pânico começa muito antes da água desabar: basta o céu estar carregado de nuvens negras. A reportagem da Folha percorreu vias que são pontos tradicionais de enchentes na região e conversou com moradores e comerciantes, que apesar de alterarem seus horários e hábitos nesta época de temporais, continuam sofrendo prejuízos com a força das cheias. Entre eles é quase unânime a constatação de que a cada ano, a água sobe cada vez mais rápida, mesmo quando a chuva não é tão intensa. Ressaltam também que a única medida tomada pela Prefeitura é a isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para quem teve a casa atingida por alagamento.
“Anos atrás precisava de cerca de 40 minutos de chuva para encher a via, agora bastam 15. Parece que com as obras do monotrilho a situação piorou. É preciso um trabalho de prevenção para minimizar as enchentes, mas a Prefeitura não faz. Não acredito que esse quadro vai mudar. Somente a isenção do IPTU não cobre os nossos gastos”, comenta o morador da rua Falchi Gianini, Marcos Pratero. “Antes gostava de dormir com o barulho de chuva. Hoje, tenho que correr para tirar o carro da minha garagem e levar para um lugar alto”.
O trecho onde se encontra a Falchi Gianini é um dos mais problemáticos. Além da via, as ruas Américo Vespucci, Torquato Tasso e Pinheiro Guimarães, assim como a junção das avenidas Anhaia Mello com a Salim Farah Maluf, sofrem constantemente com as enchentes que voltaram a se repetir na noite de quinta-feira, dia 13.
Quem também convive com o drama das cheias são os residentes da rua da Prece. “Todo ano é a mesma coisa. Nessa época não podemos viajar. Nossos filhos estão de férias, mas a casa não pode ficar vazia. Quando chove, ficamos até de madrugada limpando o quintal e a rua. Ao comprar minha residência não sabia dessa situação, agora não consigo vendê-la. Um dos meus vizinhos já perdeu dois carros. O valor do IPTU, do qual somos isentos, não equivale aos nossos prejuízos”, ressalta a dona de casa Neide Vieira Lima.
Outro local afetado constantemente pelos alagamentos são os baixos do viaduto Grande São Paulo e as vias adjacentes. “A construção de piscinões seria uma das saídas para essa situação, mas também deveriam solucionar o problema do descarte de lixo. A sujeira vem parar nas nossas casas com a chuva”, conta a moradora da rua Padre Faustino, Claudianete dos Santos. “Há 40 anos tive que sair de casa com ajuda do Corpo de Bombeiros por conta de uma enchente. Hoje a situação permanece do mesmo jeito”, ressalta Ana Veiga Jolo, que reside na rua Limeira e ligou para redação para reclamar que sua rua alagou na madrugada da segunda-feira, dia 10. A moradora voltou a entrar em contato com a Folha na quinta-feira, dia 13, relatando novo alagamento na via.
O caso se repete em outras vias da região, como na avenida Paes de Barros. “Temos que fechar a comporta, senão a água invade nossas casas”, relata a moradora de uma travessa da avenida, Nadir Rossi.
A reportagem cobrou da Subprefeitura de Vila Prudente/Sapopemba quais projetos estão sendo realizados ou estudados para minimizar o problema na região, mas o órgão não se pronunciou.
É UM ASBURDO A PREFEITURA NÃO SE PRONUNCIAR SOBRE ESSA QUESTÃO, ATÉ QUANDO VAMOS SOFRER COM ISSO??? GASTOS ENORMES NA CONSTRUÇÃO DO METRO VILA PRUDENTE, E NADA DE PISCINÃO? MORO NA RUA OLIVEIRA GOUVEIA NA VP E NÃO AGUENTO MAIS ESSA SITUAÇÃO. TORÇO PARA QUE ACONTEÇA ISSO DURANTE A COPA SE ESSA SITUAÇÃO NÃO FOR RESOLVIDA ATÉ LÁ…
Moro na Rua Limeira por obrigaçao e não por opção…Pois quando chega janeiro,fevereiro e março não podemos sequer viajar com medo das águas que virão ! isso é uma vergonha para todos os Vilaprudentinos !!!!!!!!!Até quando teremos que passar por isso??????????????