Jornal celebra a sua história e expõe novos projetos

Autoridades, lideranças comunitárias, anunciantes e amigos que a Folha conquistou ao longo de sua trajetória marcaram presença no farto café da manhã que a direção da empresa promoveu na quarta-feira, dia 11, no Salão Nobre do Círculo de Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente.

Convidado para o evento, o prefeito João Doria (PSDB) teve a gentileza de comunicar que estaria impossibilitado de comparecer por conta de compromisso oficial do cargo e indicou o prefeito regional de Vila Prudente, Jorge Farid, como seu representante. Estiveram presentes também os vereadores Claudio Fonseca (PPS) e Edir Sales (PSD) que em seus discursos ressaltaram a combatividade da Folha na conquista de melhorias para a região, como a Linha 2-Verde do Metrô, que correu o risco de ser desviada ao ABC, e a retomada das obras dos grandes hospitais estaduais de Vila Alpina e Sapopemba que ficaram paradas por anos, entre outras.

Também marcaram presença o ex-deputado Adriano Diogo e o ex-vereador Archibaldo Zancra; o recém nomeado diretor regional de Ensino, José Waldir Gregio; o superintendente da Associação Comercial Distrital Mooca, Francisco Parisi; o presidente do Clube Atlético Juventus, Domingos Sanches; autoridades da polícias Militar e Civil e da Guarda Civil Metropolitana; e presidentes de entidades e associações de moradores da região. O evento teve ainda a presença de importantes parceiros comerciais da Folha sem os quais o projeto de jornal comunitário não teria sucesso.

Foi exibido um vídeo institucional que contou brevemente a história do jornal e ressaltou os novos projetos da Folha, como os cadernos e páginas especiais editados no ano passado e o lançamento da nova plataforma digital (é possível assistir o vídeo na fanpage da Folha no Facebook: @folhavp). O presidente Newton Zadra, ao lado dos filhos Katia e Ricardo Zadra, fez emocionado discurso relatando a resistência do jornal que nasceu com tiragem de 20 mil exemplares e hoje soma cerca de 45 mil exemplares distribuídos gratuitamente todas as semanas. Apesar das dificuldades econômicas que cercam todos os meios de comunicação, Zadra concluiu seu discurso positivamente e citou Fernando Pessoa para ressaltar que apesar de um jornal comunitário sério não dar lucro, “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.

 

Farid afirma que conhece cada canto da região

O nome varia de acordo com a gestão. Já foram administradores regionais, subprefeitos e agora, são os prefeitos regionais no governo de João Doria (PSBD). Apesar do troca-troca de nomenclaturas, a função primordial é a mesma: ser o principal representante da Prefeitura em cada um dos 32 territórios administrativos da cidade. Na Prefeitura Regional de Vila Prudente, que também engloba o distrito de São Lucas, totalizando 246 mil habitantes, o responsável pelo cargo desde o primeiro dia do ano é Jorge Farid.

Nascido na rua das Giestas há 58 anos, residente da região deste então, formado em História e comerciante estabelecido na Vila Alpina, Farid tem outra particularidade com a Vila Prudente e arredores:  há mais de sete anos abastece o seu canal no YouTube, o Qual é a Bronca, que ultrapassou 2,5 mil inscritos e seis mil vídeos. Por ironia do destino, no canal, Farid dava espaço para moradores locais apontarem muitos dos problemas que agora terá a missão de resolver ou, pelo menos, dialogar com os responsáveis para agilizar a solução. Portanto, não cabe a alegação de que ainda está “conhecendo a região” como já fizeram ex-ocupantes do cargo.

No entanto, uma questão que Farid e os demais prefeitos regionais vêm enfrentando desde o início da gestão, é a falta da equipe de apoio, como chefes de gabinetes e coordenadores de importantes setores, entre eles, de obras, jurídico e assessoria de imprensa – os chamados “cargos de confiança”. Até a manhã de ontem, quando foi concedida a entrevista à Folha, Farid era o único nomeado na Vila Prudente e contava somente com funcionários de carreira. Na Mooca, por exemplo, a reportagem da Folha não conseguiu obter retorno da equipe de gabinete para o pedido de entrevista com o prefeito regional Paulo Sergio Criscuolo.

Farid contemporizou a falta de equipe e ressaltou que, enquanto não consegue tocar projetos mais complexos, vem enfatizando na zeladoria, um dos grandes problemas detectados por João Doria que chegou a chamar a cidade de suja. “O prefeito criou o Cidade Linda e, na medida do possível, estamos reproduzindo na região, focando na limpeza de bueiros, poda de árvores e tapa buracos, entre outros serviços”, afirmou. “Quando fez uma visita ao Sapopemba na primeira semana de gestão, Doria passou pela avenida Anhaia Mello e reclamou das pichações nas pilastras do monotrilho. Perguntou se podíamos pintar, mas cabe ao Metrô”, contou Farid. A Folha publicou matéria sobre o problema em novembro e o Metrô havia se comprometido a limpar.

Ainda seguindo as diretrizes de Doria na Prefeitura, Farid garantiu que não será um gestor de gabinete, prometeu estar nas ruas e nos equipamentos públicos. Também rebateu críticas que recebeu de que não estaria capacitado para o cargo. “Já fui assessor por um ano e meio desta unidade, na gestão dos subprefeitos Nelson Evangelista e Felipe Sigollo, e a minha rotina, na época, era de vistoria externas. Conheço cada canto desta região”, ressalta.

Entre os principais problemas locais, Farid ressalta que nem todos competem à Prefeitura Regional, como as enchentes que vem causando transtornos nos últimos dias. “Durante a transição, conversei com os antigos coordenadores e no que compete à nossa unidade, limpeza de bocas de lobo e galerias, os serviços foram executados. Precisamos ver como está a questão dos piscinões prometidos”, comentou. Matéria de capa desta edição ressalta que o Piscinão Guamiranga, nos baixos do viaduto Grande São Paulo, está atrasado há mais de dois anos. A responsabilidade é do Governo do Estado, do PSDB, mesmo partido no qual Farid milita há anos e atualmente é presidente interino do Diretório Municipal. A região torce para que a propagada parceria Estado-Prefeitura seja de valia para resolver essa e outras importantes questões que dependem de intervenção estadual.

Árvore despenca sobre carros na rua Chamantá

A forte chuva que caiu na região na tarde da quarta-feira, dia 11, causou estragos. Além dos costumeiros alagamentos em importantes vias, como a avenida Anhaia Mello, uma árvore despencou sobre dois carros na rua Chamantá, em frente ao número 727. Os galhos também atingiram as fiações elétricas, provocando corte de energia na redondeza. O Corpo de Bombeiros foi acionado para remover a árvore e liberar o trânsito na via, que ficou com uma das mãos de direção interditada.

Segundo a proprietária de um dos carros atingidos, que se identificou como Cristina, a árvore já apresentava problemas. “Era fácil perceber que a espécie estava tomada por cupins. Trabalho em um escritório em frente e fizemos reclamações na Prefeitura, mas nenhuma providência foi tomada”, afirmou a proprietária que acionará a Justiça para conseguir ressarcimento.

Piscinão Guamiranga: Governo do Estado não cumpre prazo de conclusão

Enquanto a região continua enfrentando alagamentos a cada chuva mais forte, o Governo do Estado não explica porque a obra do Piscinão Guamiranga sofreu novo atraso. Em construção desde 2012 entre os baixos do viaduto Grande São Paulo e a avenida Doutor Francisco Mesquita – justamente um dos pontos mais críticos da Vila Prudente; o equipamento tinha  previsão de conclusão para o final de 2014. O prazo foi prorrogado para outubro de 2016 e mais uma vez, não foi cumprido.

O piscinão ocupa área de 70 mil metros quadrados, dividida em três células conectadas por galerias, distribuídas no entorno do Centro de Detenção Provisória existente no local. Terá 23 metros de profundidade e a promessa é que, quando ficar pronto, vai contribuir para a retenção de água do rio Tamanduateí no pico de tempestades.

Em fevereiro do ano passado, questionado pela Folha, o DAEE não esclareceu o motivo da extensão do prazo de conclusão das obras e informou que 70% dos trabalhos haviam sido executados. Na época, segundo o órgão, as máquinas estavam concluindo a escavação do reservatório, a implantação de paredes em todo perímetro e construção da estrutura de captação de água do Tamanduateí. E a conclusão estava prevista para outubro do ano passado.

Nesta semana a reportagem cobrou esclarecimentos do DAEE sobre o atual estágio da obra, nova data de entrega e o motivo do não cumprimento do prazo, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.