No dia 30 de outubro a Prefeitura iniciou a aguardada obra de drenagem da avenida Vila Ema, entre as ruas Maria Fett e Herwis. O serviço inclui a manutenção da malha viária, com melhoria do pavimento, reforma das calçadas, sarjetas e sarjetões, drenagem, além da construção de galerias e bocas de leão. No entanto, o trabalho tem gerado críticas. Moradores e comerciantes instalados no trecho apontam falhas e serviços mal feitos.
Um dos problemas é a construção das bocas de leão que foram implantadas na sarjeta para a absorção da água da chuva. “A proposta de utilizar este dispositivo é válida, mas não se atentaram para a sustentação correta. Essas bocas ficam no meio fio da sarjeta, por onde passam carros, o que demanda uma estrutura mais consistente. Em poucos dias uma dessas bocas de leão foi destruída e precisou ser refeita. Outra já começou a quebrar. A Prefeitura precisa fiscalizar os trabalhos da empresa contratada com mais eficácia. Estão sendo gastos quase R$ 2 milhões, não podem trabalhar de qualquer forma. Será inadmissível se aprovarem a entrega da obra na atual situação”, afirma o comerciante Antonio Geraldo Bueno, que fiscaliza o serviço diariamente para evitar a repetição de erros do passado e o desperdício de dinheiro público.
Outro problema relatado pelos comerciantes é a poeira proveniente do cimento utilizado na reforma das calçadas. “Faz 20 dias que o calçamento foi concluído e ainda solta muita poeira. A situação ameniza um pouco em dias de chuva, mas, mesmo assim, a sujeira continua. Sou obrigada a limpar várias vezes por dia as prateleiras da minha loja, pois ficam repletas de pó”, conta a lojista Maria Parente.
Quem também reclama da poeira é Thallyta Nascimento, responsável por uma pastelaria localizada no trecho em obras. “Trabalhamos com alimentação e estamos sendo prejudicados com este pó. Estou com crise alérgica desde que cimentaram a calçada. Isso não pode continuar assim. Deveriam ter utilizado um material melhor, que não ocasionasse esse problema”, comentou.
Outra situação questionada é a do asfalto da avenida. Embora a via esteja preparada para receber o novo recape, há vários buracos que precisarão de mais atenção. “Estamos observando várias lombadas e valas que antes não existiam. Esperamos que esses problemas sejam solucionados e a avenida recebe um pavimento adequado”, finaliza Bueno.
Subprefeitura de Vila Prudente se manifesta
Contatada pela Folha, a Subprefeitura de Vila Prudente, responsável pela obra, informou que funcionários da unidade fiscalizam com frequência os serviços. Foi ressaltado que a obra ainda não foi paga e o dinheiro só será liberado após a conclusão, avaliação e aprovação da Prefeitura.
A Subprefeitura afirmou que a obra ainda está em execução e, devido ao deslocamento de caminhões e máquinas pesadas, pode ocorrer algum tipo de dano em serviço já executado, como o que aconteceu na boca de leão.
Sobre as calçadas, a Subprefeitura esclareceu que foi utilizada a técnica chamada ‘Piso Vassourado’, que consiste na execução do piso sarrafeado e depois a aplicação de um vassourão texturizador, criando ranhuras no concreto. Além disso, o acabamento é antiderrapante, como um contrapiso e, depois dessa etapa, é dado um acabamento mais fino, através de argamassa de alto desempenho.
Em relação ao asfaltamento foi citado que o serviço encontra-se na fase do reforço na base do pavimento e o término da recuperação da pavimentação será antecipado – previsto para 15 de dezembro.