Novas galerias na avenida Vila Ema

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Depois de muita insistência por parte da comunidade, finalmente a Prefeitura iniciou no último dia 30 a tão aguardada obra de drenagem da avenida Vila Ema, no trecho entre as ruas Maria Fett e Herwis. No local será realizada a manutenção da malha viária, que inclui a melhoria do pavimento, reforma das calçadas, sarjetas e sarjetões, drenagem, além da construção de galerias e bocas de leão. Os trabalhos, que estão sendo realizados durante a noite e a madrugada, estão orçados em R$ 1.996.566,74. A previsão de conclusão é final de novembro.

De acordo com a Subprefeitura de Vila Prudente, a finalidade da obra é de melhorar o pavimento e a microdrenagem do trecho, que, por conta da pouca declividade, acumulava águas pluviais ao longo da sarjeta, provocando danos no asfalto e prejudicando o acesso aos comércios instalados no local, os quais ficavam ilhados em dias de fortes chuvas por conta do represamento de água.

A intervenção da Prefeitura é uma antiga reivindicação da comunidade, tendo à frente o comerciante Antonio Geraldo Bueno, que tem fiscalizado o andamento das obras com o intuito de evitar a repetição de erros do passado e o desperdício do dinheiro público. “Depois de muita luta e cobranças, a comunidade está prestes a comemorar uma importante benfeitoria. Graças ao empenho do secretário de Governo da Prefeitura, Chico Macena, que é morador da região, esta importante obra saiu do papel”, declara Bueno. “Não aguentávamos mais o empoçamento de água em frente aos nossos comércios. Agora, 70% do volume de água que vinha em direção às nossas lojas terá outro fluxo”, explicou Bueno.

Outro que está esperançoso é o também comerciante que se identificou como Robério. “Em dias de chuva forte a água descia pela rua James Stolz, atravessava a avenida e vinha em direção ao meu bar. Agora, com esse serviço, espero que esse fluxo seja desviado”, relatou.

Obra viária na Radial Leste continua paralisada

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Em fevereiro de 2013 a Prefeitura anunciou a implantação de um corredor de ônibus e obras viárias em uma extensão de 12 quilômetros da avenida Radial Leste, na altura da Mooca, cujos trabalhos foram orçados em R$ 439 milhões. Os serviços chegaram a ser iniciados em outubro de 2014, mas desde maio do ano passado as obras estão paralisadas por solicitação do Tribunal de Contas da União. O órgão entendeu que houve restrição à concorrência na licitação, vencida pelas construtoras OAS e EIT Engenharia. Além disso, segundo o TCU, os orçamentos estariam com sobrepreço (valores acima do mercado) e o projeto básico era falho. No entanto, para a realização dos trabalhos, posteriormente suspensos, mais de 100 árvores foram cortadas do canteiro central da via, entre o viaduto Alcântara Machado e a avenida do Estado, o que causou muita indignação e culminou em protesto em maio do ano passado, quando o grupo Muda Mooca encravou cruzes de madeira no local. Por enquanto, a obra segue suspensa e não há previsão para retomada.

O corredor anunciado ligaria o Terminal Parque Dom Pedro e a estação Vila Matilde do metrô. Segundo a São Paulo Obras (SPObras), empresa da Prefeitura ligada à Secretaria de Infraestrutura Urbana, até o momento da paralisação foram investidos R$ 37 milhões. Para o TCU, todo este valor foi gasto apenas para concretizar menos de 1% da obra, que dependia de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para ser realizada – cerca de 90% dos recursos viriam do Ministério das Cidades.

A SPObras informou que já foram prestados todos os esclarecimentos às indagações do TCU e aguarda o posicionamento do Tribunal para a retomada da obra, que trata-se de um corredor estruturante que fará importante ligação com outros corredores na cidade.

Em maio de 2015, o grupo Muda Mooca, que defende a ampliação de áreas verdes na região, protestou no canteiro central. Os manifestantes encravaram cerca de 300 cruzes no local para demonstrar a insatisfação com a retirada das árvores para construção de túnel ligando a Radial, a avenida do Estado e o terminal Parque Dom Pedro. Na época da manifestação, o grupo esclareceu que o protesto não era contra intervenções na mobilidade da cidade, mas por causa da agressão às árvores.

“A Prefeitura argumenta que haverá compensação, mas essas ações não são satisfatórias. Alegam que plantarão sete árvores por cada espécie removida, mas esse trabalho é muito difícil de dar certo, não são todas que vingam porque simplesmente plantam e não fazem o acompanhamento correto”, comentou o criador do Muda Mooca, Danilo Bifone, na ocasião do ato. Procurado novamente neste mês, Bifone afirmou que a compensação prometida ainda não foi realizada e não consta no plano de governo do prefeito eleito. “Outras ações estão sendo programadas para o local. Não podemos deixar cair no esquecimento. É através dessas cobranças que a população exerce a cidadania”, ressalta.

Imóveis desapropriados pelo Metrô estão abandonados

metro-2Mato alto, acúmulo de lixo e entulho, proliferação de mosquitos e ratos, vandalismo, entre outros problemas. Este é o atual cenário dos imóveis desapropriados pela Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô na região da Santa Clara, onde está prevista a construção da estação Água Rasa. A caótica situação se estende há quase um ano, desde que o Governo do Estado suspendeu pelo período de 12 meses o início das obras de expansão da Linha 2 – Verde, que seguiria da Vila Prudente até Guarulhos. De acordo com o texto publicado em Diário Oficial no dia 31 de dezembro do ano passado, a paralisação se estenderia até o dia 21 de dezembro deste ano sob a justificativa de ajuste fiscal da União, que não liberou o financiamento de R$ 2,5 bilhões via o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS). Questionada pela Folha nesta semana, a Companhia não respondeu se as obras serão retomadas ainda este ano. Enquanto os trabalhos seguem paralisados, a vizinhança continua sofrendo com os transtornos causados pelo abandono dos locais desapropriados.

“Há alguns anos, quando anunciaram a vinda do metrô, a notícia foi muito comemorada. Não imaginávamos que este sonho se tornaria um pesadelo sem fim. Moro nas proximidades de onde está prevista a estação e não consigo mais viver com tranquilidade. Muitos imóveis estão vazios e repletos de mato e sujeira, o que tem criado muito mosquito e outros bichos. Temos receio de passar pelo trecho vazio, principalmente à noite”, relatou o morador da rua São Maximiano, Josué Figueroa dos Santos.
Outro local crítico é a área onde cerca de 15 imóveis foram demolidos em novembro do ano passado, entre as avenidas Sapopemba e Adutora do Rio Claro. O local foi cercado com placas de concreto, mas boa parte dele foi destruída. “Além de vandalismo, pessoas quebraram o muro para depositarem lixo e entulho no espaço. Há pneus, sofás e até privadas com água acumulada. Sem falar que moradores de rua e usuários de droga têm invadido o terreno. Está muito perigoso passar e esperar ônibus por aqui”, comentou o comerciante das proximidades, Luis Fernando.

A extensão da Linha 2 – Verde prevê a ligação da Vila Prudente à Via Dutra, na divisa com a cidade de Guarulhos. De acordo com o projeto, o novo trecho será construído de forma subterrânea, com 15,5 quilômetros de extensão, atendendo 13 estações e cerca de um milhão de passageiros por dia. O custo estimado da obra, incluindo obras civis, compra de trens e sistemas é de R$ 11 bilhões.

O Metrô informou ontem que concluiu a licitação para contratar a empresa que vai demolir o segundo lote de imóveis desapropriados para a ampliação da Linha 2-Verde e aguarda as garantias da empresa vencedora para assinar o contrato e iniciar os serviços. Foi ressaltado que esse trabalho compreende a demolição e retirada de entulho em mais de 100 imóveis, limpeza e sanificação dos terrenos, além do fechamento destas áreas com grades e a reconstrução de suas respectivas calçadas. A Companhia esclareceu ainda que todos os imóveis de posse do Metrô são vigiados através de rondas motorizadas ostensivas durante 24 horas por dia e será intensificada a limpeza nos terrenos que foram demolidos na primeira fase. Foi informado também que os oito contratos de execução das obras civis para a ampliação desta linha até Guarulhos estão suspensos até dezembro deste ano, em função da não liberação do limite de financiamento previsto para este empreendimento. Não foi esclarecido se as obras serão retomadas após dezembro

Javari lotada para assistir o Mooca Destroyers

futebol-americano-2O tradicional estádio do Juventus na rua Javari teve uma tarde inusitada no sábado, dia 15. A começar pelo próprio campo, que perdeu as conhecidas marcações do futebol brasileiro e ganhou jardas. Pela primeira vez, a Javari recebeu uma partida de futebol americano e não faltou a animação da torcida que compareceu em grande número, mesmo que alguns não conseguissem entender muito bem o que acontecia no gramado. O protagonista deste dia histórico foi o time nascido recentemente no bairro, o Mooca Destroyers, que enfrentou e venceu a equipe do Uberlândia Lobos por 10 a 7, em jogo válido pela quarta rodada da Liga Nacional. No entanto, mesmo com a vitória, o Mooca Destroyers não se classificou para a fase dos playoffs por causa do saldo de pontos.

A partida começou truncada, com um “three and out” para cada lado, que é quando um time tenta por três vezes avançar e tem que devolver a bola ao outro, pois não obteve sucesso. A primeira pontuação da partida saiu quase no fim do primeiro quarto, quando o Lobos conseguiu cruzar o plano de gol e anotar um touchdown (maior pontuação do futebol americano, vale 6 pontos), mais a conversão do extra point (chute de bonificação).

A torcida, que já apoiava o Mooca, começou a entender ainda mais a sua importância e “entrou em campo”. E, após um passe longo do quarterback #1 Stock, para uma belíssima recepção do recebedor #11 Gibi, garantiu que o Mooca tivesse a oportunidade do touchdown na linha de 4 jardas e na sequência, foi convertido o extra point, empatando o placar para o intervalo.

Somente no final do último quarto, faltando dois minutos, o Mooca entrou em uma campanha ofensiva e conseguiu avançar o placar em 10 a 7. Vale ressaltar que a equipe da Uberlândia Lobos já tem mais de oito anos de história e traz na bagagem a disputa de outros campeonatos nacionais.

Com o resultado, o Mooca Destroyers finalizou sua campanha na Liga com três vitórias e uma derrota. Mesmo fora do torneio nacional, o time da Mooca volta a entrar em campo neste domingo, dia 23, em Araçoiaba da Serra, para enfrentar o Cronos Football, em confronto válido pela Taça 9 de Julho.

Promoção
O Mooca Destroyers e a Folha fizeram uma promoção especial para o jogo na Javari. Os dez primeiros leitores que compareceram na sede do jornal na véspera da partida, ganharam um par de ingressos. Os premiados foram: Peterson Arduino, Airton Eurimar Vasconcellos, Leandro Santos DeVitte, Alessandra Martins , Paulo Losinskas, Andre Luis Palma, Edimilson Ananias, Ana Maria Pacheco, Vilma Campiello e Henrique Campiello.