Além de proporcionarem mais verde para as áreas urbanas, as praças públicas da cidade têm a finalidade de servirem de local de convivência e integração social. No entanto, sem a atenção devida, ao invés de proporcionarem bem estar, esses espaços viram fontes de problemas à vizinhança. A situação tem ocorrido com frequencia na região, onde várias áreas verdes não recebem serviços básicos de zeladoria, inclusive praças que foram reformadas recentemente.
Na praça do Centenário, uma das mais importantes da Vila Prudente, que passou por revitalização há cerca de quatro meses, é evidente a falta de manutenção por parte da Prefeitura. Além do lixo espalhado pela área, equipamentos recém implantados de ginástica para a terceira idade já estão danificados. “Costumo trazer os cachorros dos condomínios da redondeza para passearem por aqui. É triste ver que, poucos meses depois de uma grande reforma, o local já está largado novamente. Não adiante apenas reformar, é necessário que façam manutenção, limpeza. A Prefeitura tem que ficar mais atenta e ser mais eficiente nos serviços”, comenta Robson de Almeida, que trabalha e reside na redondeza.
Outro problema na praça do Centenário é a presença de usuários de droga. Na semana passada a reportagem da Folha esteve no local e constatou três pessoas usando entorpecentes em plena luz do dia. “A polícia precisa fazer rondas com mais frequência. Todos os dias se reúnem para usar drogas”, contou um morador das proximidades que reclama também da iluminação da área. “A praça fica muito escura à noite. Reformaram, mas não fizeram nada em relação aos postes de luzes, que são insuficientes”, completa.
Nas praças Gonçalves Junior e Padre Lourenço Barendse, na Quinta das Paineiras, também está evidente a falta de manutenção. Vizinhos contam que os espaço estão sempre sujos e tomados por moradores de rua, que acumulam seus pertences nos locais, como colchões, roupas e restos de comidas. “Não sei para que existem praças se a comunidade não consegue usufruir. A única utilidade é de dormitório aos moradores de rua”, revelou o aposentado João Saldanha, que reside há mais de 40 anos no bairro.
Revitalizada em 2013, em meio a muitas queixas de vizinhos e usuários, pois grande trecho gramado acabou concretado, a praça Alcides Franco de Lima, no Jardim Avelino, em frente ao cemitério São Pedro, também soma problemas. “Quase todos os aparelhos de ginásticas implantados na última obra estão quebrados. Com isso, as pessoas que frequentavam o local deixaram de ir. Hoje em dia, quem utiliza a praça são moradores de rua, que já montaram até abrigos no espaço. Esse problema acontece por causa da falta de manutenção. Nunca ninguém apareceu para consertar ou trocar os aparelhos de ginástica. Não adianta colocar, se não cuidam”, afirmou o aposentado Lourival Bento Costa, que reside no Jardim Guairacá e três vezes por semana costuma utilizar a praça para caminhadas.
A Subprefeitura de Vila Prudente informou que, devido à grande quantidade de praças a serem fiscalizadas e limpas, foi realizada uma reunião para discutir a logística da operação. Foi ressaltado que as praças já possuem um cronograma de limpeza e fiscalização, mas será estudado um método de intensificar os trabalhos para sanar os problemas o mais rápido possível.