Muitos atletas buscam uma modalidade de ciclismo, conhecida como enduro, na qual o objetivo é transpor percursos com diversas irregularidades e obstáculos. Embora a prática geralmente ocorra em trilhas de morros, a ciclovia implantada pela Prefeitura na rua Professor Gustavo Pires de Andrade, em Vila Zelina, pode servir de treinamento para iniciantes.
Além da via ter trechos bastante acentuados, exigindo preparo físico, a faixa especial para ciclistas foi pintada há menos de um ano sobre buracos e trechos de paralelepípedos. Não bastasse o erro inicial de implantar a ciclovia antes de recapear a rua, a constante falta de manutenção só piora a situação.
“Está em estado deplorável, além de parte ter sido construída sobre paralelepídedos, piso impróprio para bicicletas, entre as pedra cresce um verdadeiro matagal, sem que a Prefeitura tome providências para retirá-lo. A ciclovia tem duas faixas, uma em cada sentido, mas uma delas está inutilizada”, comenta o motorista Marcelino Bedin que passa frequentemente pela via. “Também é comum ver caminhões estacionados na ciclovia, inclusive na contramão. Não existe fiscalização”, completa.
Em outubro, a Folha fez matéria sobre o mato e acumulo de lixo na mesma ciclovia. Na semana seguinte a Prefeitura removeu a vegetação. Agora, com as chuvas constantes, além do matagal que tomou trechos da via novamente, quem se aventurar pela faixa também encontra grandes poças de água e lama, principalmente na altura do número 880.
A reportagem cobrou a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.