Para os visitantes do Museu da Imigração, na Mooca, a memória da chegada de imigrantes na capital já começa do lado de fora. O muro em frente ao museu, que pertence à Oficina Roosevelt da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), exibe cartazes lambe-lambe com fotos históricas do acervo do museu, facilitando ao público o acesso a esses registros.
São 26 imagens que retratam a história da imigração em São Paulo, as diversas nacionalidades e o desenvolvimento do processo migratório. Quem passar pelo final da rua Visconde de Parnaíba, na Mooca, pode parar uns minutos na calçada e admirar os cartazes com as fotografias, que registraram a chegada dos imigrantes de trem e de navio, as acomodações e dormitórios da época, assim como o retrato da busca por oportunidades e recomeço.
Imigrantes de diferentes etnias aportaram no estado de São Paulo entre os séculos XIX e XX, e deixaram marcas de acordo com seu processo de adaptação. Atualmente, o fluxo migratório na grande São Paulo é composto, principalmente, por haitianos, latinos e africanos, e além do aspecto estético para a região, as fotografias promovem a reflexão sobre o deslocamento de estrangeiros e as características incorporadas à cultura regional.
Segundo o Museu da Imigração, a ideia é fomentar a discussão sobre o patrimônio relacionado aos processos migratórios ligados aos bairros da Mooca e do Brás, inserindo o valor sobre questões relativas à memória da cidade. A ação integra o projeto de revitalização dos espaços ao entorno do museu.
Além de promover a valorização da arte por meio desta parceria, a CPTM reitera a posição de que seus muros e estações se transformem em grandes galerias de arte urbana.