Interditado há mais de três anos pela Prefeitura por várias irregularidades na construção que impediram a expedição do Habite-se e da Licença de Funcionamento, o prédio do Shopping Capital, na avenida Paes de Barros, 2.761, na Mooca, foi ocupado na madrugada do último dia 11 por famílias de sem-tetos. O imóvel de 59.433 m² e oito pavimentos é alvo do movimento Luta Diga por Moradia (LDM), que estendeu uma grande faixa vermelha na fachada do imóvel.
A Folha esteve nas imediações do prédio ao longo desta semana e presenciou várias pessoas, inclusive crianças, no seu interior. Um homem, que se apresentou como um dos líderes do movimento e prefere não divulgar o nome, afirmou que até a terça-feira, dia 15, 80 famílias já estavam instaladas no local, totalizando cerca de 200 pessoas. Mas, o número deve aumentar. Ele esclareceu que a ocupação ocorreu devido à ociosidade do enorme espaço enquanto muitas famílias não têm onde viver. “Sabemos que este prédio é particular e tem problemas judiciais. Enxergamos um potencial para servir de abrigo para muitas pessoas. Estamos esperando a chegada de mais famílias. Continuaremos aqui até que ocorra alguma ação de reintegração de posse”, afirmou. A reportagem pediu para entrar no imóvel para conversar com algumas das famílias, mas os ocupantes não permitiram.
Questionada sobre o caso, a Subprefeitura Mooca se limitou a responder por e-mail que “o local foi vistoriado e não foi encontrado nenhum vestígio de ocupação no prédio, portas e grades não tinham sinais de violação”.
O 21º Batalhão de Polícia Militar informou que uma viatura foi acionada por volta da 1h20 da sexta-feira, dia 11 e, ao chegar no imóvel, os policiais constatam que barricadas foram montadas para impedir o acesso da polícia. Foi ressaltado que, uma vez que a ocupação já havia sido concretizada, tentou-se a negociação com o grupo, o que não teve êxito. O Batalhão ressaltou ainda que foi feito registro policial e a PM aguarda agora uma posição judicial.
Conforme consta nos anúncios de tentativas de leilão do imóvel, a proprietária é a Instituição Luso-Brasileira de Educação e Cultura (ILBEC). O prédio foi a leilão pela última vez em dezembro de 2013 e o valor estipulado na época para a venda era de mais de R$ 135 milhões. O processo deixava claro que o arrematante seria o responsável pela regularização da área construída, que excedeu quase o dobro do permitido. O alvará inicial para a execução da edificação previa construção de edifício com 31.546 m² e seis pavimentos. O Ministério Público defende a demolição dos andares excedentes.
O shopping chegou a ser inaugurado em 2006, mas nunca atingiu a plena capacidade de funcionamento e público, o que provocou prejuízos financeiros para quem montou comércios no imóvel. Antes da última interdição, em 2012, travou-se uma batalha de liminares e a sucessão de abre-e-fecha afastou lojistas e clientes. Por diversas vezes, a Folha tentou contato com a ILBEC, mas não obteve retorno.
Sei que há irregularidade o correto não seria interditar na construção . deixa fazer um prédio desses para depois interditar
O melhor não seria o shopping funcionando gerando empregos e agora fica um lugar para drogados
Verdade Odair,pensei a mesma coisa…o bom senso deixou de existir ,e esse mundo está de ponta cabeça mesmo…
O predio deveria ser interiamente demolido. Leis são para serem cumpridas e nao discutidas
E enquanto isso, imóveis de parentes de secretários com irregularidades são liberados na canetada pelo digníssimo alcaide.
Quantos empregos e quanta riqueza deixou de ser gerada por este vai e vem de ações? Até o hoje o prédio, que era tão irregular está de pé, e não causou dano a ninguém! Por que não liberar e deixar a economia local se desenvolver?
Pronto , só faltava essa na Mooca …um novo “Treme Treme” podem esperar o aumento dos assaltos na região , drogados e mendigos perambulando pelo bairro.
O problema todo está no dinheiro. Vamos deixar inaugurar este Shopping irregular para depois ir até lá e lacrar. Aí ganharemos o que pedirmos!!! Acredito que é mais ou menos assim que as coisas acontecem nesse país com cultura corrupta.
Um prédio bonito desse parado virar entulho é brincadeira
se não tiver problema estrutural tem que ser feito alguma adaptação para que funcione.
Se o problema é incendio instala uma brigada permanente gera emprego, engenheiros inteligentes deem idéias não é possivel…
Falando em Mooca, Correo da mooca que passa na anhaia mello quando será desviado? Pessoal que orçou a abra está paralisada prejudicando paulistanos Cade o ministério publico???