“São Paulo precisa ter um olhar diferente, de alguém que goste da cidade e queira ser prefeito só dela, como acontece em grandes metrópoles do mundo, onde o político se dedica exclusivamente à cidade e não fica cobiçando outros cargos. Meu sonho é poder ser uma referência de ter transformado São Paulo, afinal foi a casa que propiciou tudo que a minha família conseguiu e construiu”, afirmou o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) durante palestra na noite da segunda-feira, dia 17, no salão nobre do Círculo de Trabalhadores Cristãos de Vila Prudente, que recebeu autoridades, lideranças e moradores da região.
Matarazzo se inscreveu na sexta-feira, dia 14, para ser o candidato do PSDB à prefeitura em 2016, mas ainda deve disputar prévias com outros postulantes do partido. Ele já foi subprefeito da Sé, secretário municipal de Serviços e de Subprefeituras, secretário de Estado de Energia e da Cultura, ministro de Comunicação e embaixador do Brasil na Itália. Em 2012 se elegeu vereador com 117.617 votos. E destaca que toda essa experiência é fundamental para concorrer a prefeito.
“A gente percebe que transformaram São Paulo em espécie de vestibular ou cursinho para aprender administração pública, o que é um absurdo. Quando alguém vem ocupar uma cadeira de prefeito da cidade tem que estar pós-graduado em administração pública, senão temos alguns dos exemplos recentes”, critica. “O Celso Pitta, foi um ótimo administrador de empresas formado na universidade de Harvard, mas o primeiro cargo público da vida dele foi a Prefeitura de São Paulo e deu no que deu, não conseguiu nem articular com a Câmara dos Vereadores. A Marta Suplicy quebrou a cidade. Agora, temos o Fernando Haddad que foi ministro da Educação e se elegeu prefeito. Todos estão vendo a gestão que está fazendo. Quando estivemos na Prefeitura, logo depois da Marta, o orçamento era de R$ 13 bilhões, o Haddad pegou um orçamento de R$ 52 bilhões e já gerou déficit nesse ano furando a Lei de Responsabilidade Fiscal”, argumenta.
Para Matarazzo, a capital paulista precisa de prioridades. “São Paulo não é apenas aquela cidade que todos gostam de ressaltar. É moderna, contemporânea, se compara a Nova Iorque, Londres, tem uma vida cultural e gastronômica fantástica, mas para quantas pessoas? Só para quem vive no centro expandido. Temos que olhar como um todo e ainda temos lugares de extrema miséria na periferia, com palafitas de compensado de madeira, cheiro insuportável e outras situações que nos remetem a cidades africanas. Tem lugares que visitei mais de dois anos atrás, voltei recentemente e encontrei tudo igual”, comenta. “Citei isso para questionar: a cidade precisa de mais uma ponte estaiada, que custou bilhões? Podemos nos dar ao luxo de ter um marco de arquitetura? Com metade do valor gasto dava para urbanizar a Favela de Vila Prudente, por exemplo. Essa verba também poderia ter sido investida na pavimentação das ruas, serviço praticamente abandonado pelo governo”.
Outro problema na visão do político é que não adianta implantar a mesma política para toda a cidade. “Sabemos da importância do comércio de rua, mas tem corredor de ônibus que está obrigando os comerciantes a fecharem as portas porque impede o estacionamento o dia todo. São Paulo precisa ser analisada ponto a ponto, caso a caso”, defende. A mesma premissa vale para as ciclovias. “Nem passaria pela minha cabeça implantar ciclovias da forma como o prefeito está fazendo, em ruas onde nem existe tanto movimento de carros. Outra questão é que pelo mundo não se faz ciclovias segregadas dessa forma, porque não existe um fluxo de ciclistas o tempo todo, o que se faz é planejar corretamente para que possam conviver com pedestres e veículos, sem inibir o direito de ninguém”.
Matarazzo acusou ainda que a Prefeitura tem estimulado discussões para desviar a atenção de outros problemas maiores. “Enquanto ficam discutindo a velocidade nas marginais, se põe ou não põe sacolinha nos mercados, se fecha a Paulista aos domingos para os automóveis, ninguém questiona as grandes obras que foram abandonadas ao longo desta gestão ou a má qualidade dos serviços oferecidos”, concluiu.
haddad está a frente do seu tempo, melhor prefeito que SP já teve
Realmente o Sr. Haddad está a frente….a frente de nada..nada de ciclo via que preste, nada feito (correto) na cracolândia, nada de asfalto novo nas vias, nada de início do CEU vila Alpina, uma sujeira na Cidade e ainda acabou com o melhor estacionamento da cidade próximo ao Mercadão para DAR ao SESI ou SESC. É GRAVE dizer mas senti saudades da Martaxa (Meu Deus…) estamos perdidos