No final da tarde da segunda-feira, dia 20, ocorreu mais um trágico acidente no Largo de Vila Alpina. O terapeuta ocupacional Alex Fernandes Sobral, 40 anos, foi atropelado na altura do número 256 da praça Cel. Melo Gaia por um ônibus da empresa Publix e morreu horas depois no hospital municipal Dr. Ignácio Proença de Gouvêa, na Mooca, por causa das lesões na cabeça.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 56º Distrito Policial, o motorista de ônibus, Antero Oliveira Carvalho, trafegava pela rua Costa Barros, sentido centro, e ao virar à esquerda para acessar a rua Barão de Tramandaí, atingiu Sobral que, conforme consta no relato policial, “supostamente estava fora da faixa de pedestre”. Em depoimento, o motorista alegou que não conseguiu frear a tempo e atingiu a vítima que atravessou olhando para o lado oposto. Carvalho declarou ainda que o acidente aconteceu a aproximadamente seis metros de distância da faixa de travessia.
No dia seguinte ao acidente a reportagem da Folha esteve no local e conversou com algumas testemunhas que contaram uma versão diferente da registrada no boletim de ocorrência. Segundo elas, a vítima atravessava pela faixa de pedestres quando foi atingida pelo ônibus. Outro fato que demonstra divergências nas informações são as marcas de sangue no asfalto, que estão a cerca de um metro da faixa de travessia e não a seis metros como informado pelo condutor do coletivo.
Comerciantes instalados há anos no trecho contam que o local é bastante perigoso e necessita de melhorias na sinalização viária, como um semáforo com tempo para os transeuntes. “Acontece pelo menos um acidente com vítima fatal por ano. Sem falar nas situações de perigo que ocorrem diariamente. O pedestre não tem vez. Quando o semáforo de um lado fecha, o do outro lado abre. As pessoas precisam correr para atravessar”, contou um dos comerciantes.