No final de março, durante vistoria às obras da Linha 5 – Lilás, no Ibirapuera, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, declarou que o trecho de menos de três quilômetros entre as estações Vila Prudente e Oratório da Linha 15 – Prata do monotrilho teria o funcionamento ampliado para 12 horas diárias, das 7 às 19h, no fim de abril, quando também seria iniciada a cobrança de tarifa. Mas, abril terminou e o transporte continua operando apenas cinco horas por dia, das 9 às 14h. Questionada, a Companhia do Metropolitano – Metrô, responsável pelo projeto do monotrilho, não soube informar a nova previsão para expandir o funcionamento.
Aberto ao público em agosto do ano passado, o transporte permanece bastante ocioso. Os trens que saem das estações com intervalos médios de 10 minutos, circulam praticamente vazios. Conforme a Folha apurou, a situação também gera problema aos funcionários da linha que não conseguem ter seus turnos e escalas definidos por conta da indefinição do Governo do Estado.
Em março, para justificar os sucessivos atrasos para ampliar do funcionamento da linha, o secretário Pelissioni afirmou que enfrentavam dificuldades com a questão do fornecimento de energia, que é um contrato entre as empresas Siemens e MPE. Explicou ainda que como a MPE foi citada na Operação Lava Jato, a Siemens assumiria os serviços para a linha funcionar comercialmente das 7 às 19h até o final de abril. De acordo com ele, após essa etapa, haveria outro aumento do horário de funcionamento em agosto.
Indagada sobre mais um prazo não cumprido, a Companhia do Metropolitano informou que “já notificou as empresas Bombardier e MPE pelo descumprimento do cronograma de trabalho nas obras da Linha 15- Prata”. Não foi justificado o problema com a Bombardier. O Metrô ressaltou ainda, sem citar qualquer tipo de prazo, que a linha seguirá de Oratório a São Mateus, com 10 km e mais oito estações, e que neste trecho as obras prosseguem, incluindo o remanejamento de partes e canalização do Córrego da Mooca, com mais de 1.220 operários trabalhando. Explicou ainda que o trecho entre São Mateus e Hospital Tiradentes tem seu andamento atrelado à duplicação da avenida Ragueb Chohfi, que cabe a Prefeitura.
A assessoria da Bombardier entrou em contato com a redação e encaminhou a seguinte nota: “A Bombardier esclarece que trabalha para atender as necessidades do Metrô de São Paulo, mesmo considerando as limitações de infra-estrutura impostas por outras empresas contratadas pelo próprio Metrô e que não são de responsabilidade da Bombardier”.
Boa noite o monotrilho é desperdício de dinheiro e tempo, queria saber quem aprova essas obras, prazos não compridos, projetos alterados varias vezes, aumento do custo da obra, enfim dinheiro gasto numa obra inútil, por favor invistam em saúde, educação e segurança, fica a dica!!!
Ah é, e os usuários da região de São Mateus, Cidade Tiradentes e outros bairros da zona leste que se danem nos ônibus, não é?
Tudo que começa errado, termina errado. Aliás, essa obra não era nem pra ser feita. Se realmente quisessem fazer algo para atender plenamente a população, fariam uma linha de metrô, e, não, esse “engana que eu gosto” que é esse tal de monotrilho. À primeira vista, dá a nítida impressão de que não aguentará o empuxo quando for estendida até a Cidade Tiradentes (se é que ainda o será), pois já se mostra obsoleta antes mesmo de entrar em operação.
Outra obra Superfaturada, muita demorada, meus netos com 5 anos poderão usar quando forem adultos com 50 ou 60 anos, um absurdo a demora, e alegar que não sabiam que tinha um rio na avenida, ai é uma tremenda mentira e bando de malandros .
Ricardo, eu sou muito a favor do monotrilho:a população a ser servida por ele é colossal e não tem transporte de massa: muitos migram para pegar a superlotada linha vermelha. O monotrilho vai aliviar um tanto a linha vermelha. Numa zona metropolitana com mais de 20 milhões de habitantes, ainda precisamos investir muito mais em transporte em SP. Com as ruas lotadas, a saída é ter bem mais linhas de metro, de monotrilhos e de trens da CPTM. Finalmente temos agora um governo do estado que investe pesado no transporte. O grande problema deste governo é que está tudo atrasado, nada sai nas datas anunciadas. Ele faz tudo lento. Isto é frustrante para quem espera as novas linhas há anos. Para SP, o transporte de massa é absolutamente essencial, para a cidade funcionar, atrair empresas que trazem mais empregos. A cidade tem de ter uma mobilidade bem melhor que a atual. Só uma rede extensa e eficiente de metro fará com que muita gente deixe os carros em casa, como ocorreu em grandes cidades com ótimo transporte, como NY, Paris, Londres e Tokyo.
[quote name=”José Correa”]Finalmente temos agora um governo do estado que investe pesado no transporte.[/quote]
Um governo que está desde 95 e não fez nada. Investir em obra superfaturada, prometida para 5 anos atrás e ainda inoperante não é um exemplo de investimento pesado.