Quem precisa atravessar a pé de um lado para o outro da avenida Anhaia Mello em frente à estação Vila Prudente do Metrô já perdeu a conta de quantas vezes os semáforos e as faixas para pedestres mudaram de lugar. Com a longa e atrasada obra da Linha 15-Prata do monotrilho e do terminal de ônibus que ficará sob a estação do novo transporte, os transeuntes já foram surpreendidos várias vezes. A mais recente alteração aconteceu na metade da semana passada e é alvo de muitas queixas, desde o tempo insuficiente para a travessia completa da avenida até a falta de iluminação no corredor formado no canteiro central, entre os tapumes da obra. Para o trecho está prevista uma passarela que nunca sai do papel.
“A distância entre as calçadas da avenida ficou muito maior, mas o tempo de travessia nos semáforos não é proporcional. Estimo que estou gastando sete minutos para conseguir cruzar as pistas, pois é necessário esperar o semáforo abrir duas vezes. Nesse mesmo tempo, de metrô, vou da estação Vila Prudente até a Alto do Ipiranga, que deve ficar a uns cinco quilômetros de distância. Faltou muito bom senso para o pessoal que implantou esses semáforos”, argumenta Arnaldo Ratti.
A moradora da Vila Zelina, Audra Zizas, também ressalta o escasso tempo de travessia e o perigo que tal situação está gerando. “Tem muita gente que já percebeu que não dá para atravessar de uma só vez e está se arriscando para fazer na correria, mas, um farol fecha antes do outro. A CET tem que rever esse tempo urgente”, comenta.
Além do tempo insuficiente, muitos pedestres reclamaram do caminho no canteiro central formado entre os tapumes da obra do monotrilho. O piso tem desníveis e também não houve preocupação com a iluminação. “É um descaso absurdo com a população. Metrô, Subprefeitura e CET: ninguém está nem aí. Colocam um semáforo, abrem a passagem para um montão de gente e não se preocupam com o básico, a segurança. Faróis desregulados, obstáculos no caminho e uma penumbra à noite”, esbraveja o estudante Tiago Correia.
Rosane Morata escreveu para a redação na manhã de ontem contando que já presenciou dois tombos no trecho. “Vi uma moça cair na terça, dia 24, e outra na quarta, dia 25. Há desníveis nas calçadas que ninguém consegue ver à noite. Será que o Metrô, a Subprefeitura e a CET poderiam ter um pouco mais de respeito com a população?”, indaga. Outra moradora da região, Tania Rivera, também está preocupada: “Não tem iluminação adequada e há desníveis perigosos nas calçadas. Toda noite tem alguém levando grandes tombos. Vi um idoso tropeçar e ir de cara no chão. Tudo isso com uma multidão se atropelando para chegar do outro lado da avenida. Está muito complicado”.
A Companhia de Engenharia de Tráfego foi questionada pela reportagem na segunda-feira, dia 23, sobre o tempo insuficiente para a travessia, mas não se manifestou até o fechamento desta edição na noite de ontem. A Folha também aguarda um pronunciamento da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô e da Subprefeitura de Vila Prudente sobre os desníveis nas calçadas e a falta de iluminação.
Já escrevi e enviei fotos algumas vezes reclamando dessa passarela, que consta no orçamento e nunca saiu do papel. Alguém tem contato com os meios tele visíveis? Vamos nos reunir e enviar matérias para a televisão para que se faça uma matéria. A Folha VP já nos ajuda e muito com matérias e cobranças mas acho que temos que tomar atitudes mas drásticas em relação a isso, inclusive com as enchentes. Como pode construir obras desses portes em um local de enchentes…
l.d.j@ig.com.br
A noite não é possível atravessar neste trecho, pois é muito perigoso, escuro, com desníveis, as pessoas saem correndo para conseguir atravessar, o que me incomoda é ver que ninguém faz nada, existem varias pessoas caindo pois nem uma faixa amarela sinalizando os desníveis colocaram no chão.
O povo sofre com estes (des)governos….cadê os políticos???…dos direitos (des)humanos……..acorda BRASIL!!!!!!!
Uma vergonha essa travessia. Desrespeito total com os usuários do transporte público. Para os carros o semáforo fica quase quatro minutos aberto.
VER-GO-NHA
Eu sou a moça que caiu na terça dia 24 estou com a mão machucada estou afastada do serviço por causa da queda por favor vamos ilumina melhor o trajeto do metro como eu outras
Se pensarmos que uma passarela poderia resolver todo esse problema ficamos ainda mais indignados. Não me lembro de nenhuma outra estação situada em uma via de grande circulação que não tenha uma passarela ou saída nos dois lados da mesma.
Mas, sobre a nova mudança da faixa de pedestres, concordo com tudo descrito na matéria e eu mesmo quase fui atropelado por um caminhão que ignorou o semáforo vermelho avançando sobre a faixa, talvez pela maior distância entre a faixa e o semáforo alterados recentemente, por sorte tenho o costume de verificar se os carros pararam mesmo com o semáforo de pedestres verde.
Fica o desabafo de mais um cidadão e pedestre que se sente desrespeitado diariamente.
Sempre me perguntei pq esta é a unica estação q não tem diversas saídas, por exemplo, saída ibitirama, anhaia melo lado par e impar…isso é resultado de falta de planejamento, não se preocupam em medir o impacto no transito e na segurança dos pedestres. Uma passarela lá além de dar segurança aos pedestres melhoraria o fluxo da avenida….enfim esta cidade está sem liderança…fora PT da cidade e do país!
Boa noite
Sou eu a moça que caiu na terça dia 24 na calçada do metro eu não notei que havia um desnível da calçada por isso cai a iluminação esta ruim a noite
O pessoal passa correndo ai corremos o maior risco de cair o ser atropelado
E o ponto de ônibus então? Primeiro, mudaram para o lado da faixa de pedestres; ficava tão cheio de pessoas que a calçada era totalmente bloqueada. Voltaram então pro lugar anterior (embaixo da estação do monotrilho). Agora, resolveram dividir o ponto em duas paradas, sendo que uma delas é lá na esquina da Ibitirama com a Anhaia Mello. Longe, sem iluminação nem proteção contra sol e chuva – sem contar que agora temos de escolher que ônibus pegar, pois alguns param em um ponto e outros param no outro, distante.