A luta por melhor qualidade de vida deve ser uma constante e quando se trata da região onde moramos, não podemos esmorecer.
Tenho, há tempos, falado sobre a necessidade de criação de novas áreas verdes para os distritos do Brás e da Mooca por se tratar de regiões áridas e consideradas o centro da zona de calor da cidade. O efeito do aquecimento global potencializa ainda mais os efeitos das zonas de calor e são mais percebidos em grandes cidades, como é caso da região próxima ao
Nesta oportunidade, gostaria de destacar aqui, um importante estudo feito pelo Centro de Gerenciamento de Emergências – CGE da
Foram comparadas a média da Temperatura Mínima e Máxima diárias, a Média da Umidade Relativa do Ar diária, Médias Mensais de Temperatura, Umidade e Precipitação, Umidade Relativa do Ar e os óbitos diários no Município. O resultado é surpreendente!
Nos períodos de pico do ano o aumento de mortes chegou a mais de 1300 pessoas acima da expectativa. Apenas nos dias 7 e 9 de fevereiro de 2014, onde a temperatura ficou em 5,5ºC acima da média dos anos anteriores e umidade relativa do ar apontou diferença de 20% abaixo, houve um pico de mortalidade com 743 óbitos acima da média esperada.
Doenças do Sistema Nervoso, Doenças do Aparelho Geniturinário, Transtornos Mentais e Comportamentais, Doenças da Pele e do Tecido Subcutâneo e Doenças do Aparelho Respiratório foram as principais causa de mortalidades que registraram aumento de até 110% acima da média.
Com base nestes dados, gostaria de perguntar ao prefeito, por qual motivo a prefeitura apresenta um Plano Diretor para a cidade sem levar em consideração a necessidade emergencial de se criar nova áreas verdes no centro expandido? Quantas pessoas devem morrer para que os urbanistas que se debruçaram neste plano despertem para o problema?
* Eduardo Odloak é presidente do PSDB Mooca.